.02.

122 18 12
                                    


As servas de Lady Lisghton estavam a todo vapor, Oque acontecera com sua senhora? Os cochichos já corrriam a solta pelos corredores do casarão. Embora Lady Lisghton estivesse confusa, sua fome e nervosismo era maior.

— O senhor está a me dizer que minha esposa sofrera um trauma? — Lady Lisghton se engasgou com seu chá ao ouvir as palavras minha esposa sair da boca do homem que ela achara ser atraente minutos atrás.

Aquele homem beirando a gostosura achava mesmo que ela era sua esposa?

O jovem Lorde Lisghton buscava entender o que de fato acontecia com sua amada.

— Possivelmente meu milorde, não há de ter outra explicação 

Olhares preocupados em direção a jovem mais pálida que repolho fervidos.

— E oque o senhor nos aconselha? acredito que Lady Lisghton precisará de cuidados.

Um longo suspiro.

— Não há nada que possa ser feito, Lady Lisghton há de se só recuperar sua memória. Torça para que isso aconteça milorde. Não há nada que não mude por causa do tempo.

Lorde Lisghton discordava daquela teoria, mas assentiu em silêncio. Para ele o tempo não muda as coisas, Oque se faz nesse meio tempo sim.

— Entendo. — Lorde Lisghton encarou sua esposa deitada na cama depois da sua queda de pressão. — Lhe acompanharei até a porta.

O senhor negou gentilmente limpando seu relógio de bolso.

— Não há de ser preciso, fique com sua esposa e reze para que ela fique bem logo.

Lorde Lisghton insistiu um pouco nervoso, não sabia oque faria de agora em diante com uma esposa que se quer lembrara de seus filhos.

— Eu insisto Doutor Mirco, hei de acompanhá-lo.

— Como quiser, Milorde. — O doutor Mirco se virou para Lady Lisghton e se despediu dela gentilmente. — Melhoras Lady Lisghton, Todos estão torcendo por sua recuperação. Há de ficar boa em breve.

Rebecca nada disse, apenas voltou a bebericiar seu chá de gengibre e limão, ao menos uma coisa era boa naquela tarde estranha e confusa.  Observando os dois homens sair de seus aposentos ela engoliu mais um de seus biscoitos servidos.

Lady Lisghton é?

Ela era casada com aquele homem nessa vida... Mas não é cedo demais para reencarnar? Acabara de sofrer um acidente e já acordou em outra vida? Rebecca encarou seu dedo e o anel que repousara nele, aquilo tudo era tão estranho, céus...

Mais um biscoito, e outro e mais um até alguém bater na porta.

— Entre. — Murmurou de boca cheia, Ela não esquecera que a casa não era dela, e que apesar disso tudo parecer um grande pesadelo ela estivesse lidando com pessoas fossem elas reais ou não.

Então ela há de ser gentil como sempre fora embora sua gentileza tenha a levado a está situação.

— Mamãe?

Oras, ela ainda olhara para trás para saber se havia de ter outra pessoa ali quando os olhos âmbar ainda insistiram em fitá-la, ela se deu por vencida e respondeu por fim.

— Ah, é comigo que você está falando.— Resmungou desconcertada e limpou a garganta tentando uma coisa melhor. — Eu?

A menina parecia ter um pouco mais de doze, e embora a chamara de mãe estranhou um pouco as idades e não deixou de pensar: Caramba, eu engravidei com quatorze? Tem como essa história ficar pior? Eu tinha vinte e seis e ainda assim morria de medo de engravidar na adolescência.

De volta à vida. Where stories live. Discover now