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Rebecca nunca vira Londres tão bonita quanto aquela tarde, o ar lhe parecera fresco e saudável diferente de quando havia prédios carros e fábricas que intensificavam o cinza do seu costumero.  Era tudo dez vezes mais verde.

— Está a gostar do passeio mamãe? — Fora ian quem perguntara.

— Bem, Sim. E parece que a irmã de vocês também. — Ela mostrara o rosto pacífico de olhos curiosos da bebê. E avistou a árvore perfeita. — Podemos estender o pano ali, bem em baixo daquela árvore.

De onde eles caminhavam ainda podia se ver a grande propriedade dos Lisghton, Rebecca não se sentia pronta para sair e enfrentar a sociedade. De certo que lhe teriam muitas perguntas que nem ao menos ela saberia responder.

— Uma ótima sombra, e o lago tornara tudo mais fresco. — Elisa suspirou. — Uma pena que há de de ter muitos sapos por perto. — Seu nariz pomposo se encolheu.

— Não gosta de sapos? — Rebecca recebera um olhar que dizia; e quem gosta?

— Não mais do que pessoas. — Foi Ian quem falou pela irmã apenas para provoca-la.

Elisa lhe lançara um olhar mortal que foi correspondido com um dar de ombros do garoto.

— É um mal que eu sofro mamãe, não tenho paciência nem modos para lidar com elas.

Rebecca soltara um riso nasal, eram todos de certa forma muito parecidos com ela.

— Mas não se preocupe estou a aprender, papai paga tutoras para dar-me aulas de etiquetas, música e até mesmo francês.— A pequena Lisghton sorrira orgulhosa. — Já consigo controlar minhas ações.

— Mas não consegue controlar a cara.— Seu irmão voltou a alfineta-la. — Duas luas atrás fomos convidados para o piquenique da senhorita Lino, Elisa não soube disfarçar o riso quando ela chegara parecendo uma abóbora podre. Até mesmo eu que sou homem percebi que aquela cor não a valorizava.

— Aquilo não fora minha culpa, minha mente não me ajuda. — Elisa retrucou.

— Oque quer dizer com isso?— Rebecca perguntara claramente se divertindo com o rumo da conversa dos dois.

Elisa rodou seu guarda sol por cima de suas luvas delicadas.

— Devo dizer que tenho uma imaginação aflorada, ela me pareceu uma manga podre e quando tropeçou em um graveto não me segurei. — Suas bochechas coraram. — Fora vergonhoso, para nós duas já que a Sra. Lino nos ameaçou de ir embora na frente de todas as outras crianças.

— E oque vocês fizeram?

Ian sorrira presunçoso.

— Fomos embora oras, Os Linos não são conhecidos pela simpatia. E não estavam sendo simpáticos com Elisabeth depois do ocorrido embora ela se esforcara para ser. — Ele deu de ombros. — Se minha irmã não é bem vinda em um lugar eu também não irei.

Rebecca entendia bem o sentimento, apenas Ian podia humilhar a irmã mas nenhum outro ser. Irmão, sendo irmão até mesmo em outro século.

Assim que Elisabeth estendeu o pano sob a grama macia e mais verde que Rebecca recordava ser eles se acomodaram. Com um longo suspiro ela pôs o bebê sentado, seu chapeuzinho era uma verdadeira graça. Ian lhe entregou um brinquedo de madeira que estava dentro da cesta distraindo a pequena Sophie sob o pano florido. 

Rebecca erguera o rosto e as duas crianças crescida lhe observavam.

— Oque foi? — Perguntou um pouco constrangida.

De volta à vida. Where stories live. Discover now