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[Nome] Sayori 24 anos, está noiva há dois anos, o noivado surgiu devido a uma dívida que sua família tinha, e pra se ver livre da dívida deram sua filha, no começo a mesma não aceitou de forma alguma, porém, acabou aceitando por se apaixonar por seu noivo, que talvez, não sentisse o mesmo pela garota, trabalha como secretária em una das melhores empresas de Nova York, mora em um apartamento meio afastado de seus parentes, não por opção, sim por ser mais perto de seu trabalho.

O relacionamento é agradável, mesmo com suas desavenças vez ou outra, seu noivo a trata bem, e a ajuda, o interesse do mesmo pela garota não é romântico, ele a vê de outra forma, mas não tem como fugir se seus pais o obrigam a casar-se com a garota. Amar por dois pode acabar machucando mais do que imagina.

Izana Kurokawa 27 anos, não namora, pois seu foco é apenas o trabalho, o mesmo é Filipino, pele bronzeada, cabelos platinados, olhos roxo opaco sem vida, que transmitem superioridade fazendo com que apenas com um olhar faz com que as pessoas ao seu redor se sintam inferior. Sendo um dos mais ricos entre as empresas de grande porte, e chefe da segunda maior empresa, seu rosto e conhecido por todos os lugares.

Leia para desfrutar mais da história...

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Você andava alegremente pelos corredores do apartamento de seu noivo, estava feliz, havia passado três dias sem ver o mesmo por estar muito ocupada em seu trabalho, mas hoje teria uma folga merecida, então resolveu vir passar o dia com o mesmo sem o avisar, parando em frente a porta do apartamento, respirou fundo erguendo a mão calmamente pronta para bater na porta, até que ouviu vozes, femininas que nunca haverá ouvido antes, então parou oque estava fazendo decidindo ouvir, era errado, mas sua curiosidade a mataria se não fizesse.

Gemidos, grunhidos, sons de tapas, sons de corpos se chocando, era possível ouvir facilmente, a voz de seu noivo e outras duas mulheres, não queria nem imaginar oque estava acontecendo ali, mas sabia exatamente oque estava acontecendo. Respirou fundo e pegou as chaves do apartamento, abriu a porta e entrou silenciosamente, de cara pode ver seu noivo com uma mulher em seu colo enquanto outra estava sobre seu rosto, enquanto o mesmo a chupava, a outra subia e descia no pau do mesmo.

As lágrimas escorriam por sua bochecha em um ato teimoso, porém, inevitável, choramingou baixo e respirou fundo limpando as lágrimas, ergeu a cabeça e então começou a bater palmas, chamando a atenção de ambos que se assustaram quase caindo do sofá, seu noivo entrou em desespero ao lhe ver ali, parada na porta com uma expressão de pura decepção.

— [Nome]..-

— CALA A BOCA! - Gritou furiosa, o mesmo se assustou, a primeira vez que você gritou com o mesmo. - Vou pegar minhas coisas...

E nada mais disse, não conseguira falar e não cair no choro, seria impossível, então seguiu para o quarto, pegou tudo oque se lembrou que era seu e saiu, e seu "noivo" apenas estava sentado no sofá enquanto as duas mulheres o encaravam furiosas, seu coração doia, pra caralho, mas não tinha oque fazer a não ser aceitar.

— [Nome]... - O mesmo lhe chamou, antes que você fechasse a porta. - Eu sinto muito.

— Sentiu mesmo enquanto uma vadia pulava no seu pau né. - Riu o encarando com desdém. - Vou cancelar tudo... ou tentar.

— Não temos opção. - Falou fazendo menção de se levantar.

— Fique aí! Não chega perto de mim seu cachorro! - Esbravejou, fechando a porta com toda a força que tinha, fazendo com que as paredes rachassem um pouco. - DESGRAÇADO!

Saiu as pressas se segurando ao máximo pra não chorar, estava doendo, pra caralho, levou a mão até o peito sentido doer, entrou no elevador e notou uma pessoa no canto, respirou fundo e as portas se fecharam, estava nervosa, a vontade de chorar igual a uma criança te matava por dentro, a dor em seu peito aumentava cada vez mais, insuportável.

Fincou as unhas sobre a palma da mão e fechou com força sentindo sua pele ser perfurada, seu corpo se escorou nas paredes do elevador, o ar faltou, e as lágrimas começaram a escorrer por sua face, estava tendo uma crise. A cena se repetia várias e várias vezes em sua cabeça, te matando aos poucos.

Sentiu braços fortes agarrarem seus ombros e chacoalharem levemente seu corpo, uma voz masculina ecoava por seus tímpanos, mas estava distante e não conseguia compreender oque era dito.

— Ei moça! Acorde! - O mesmo falou balançando seu rosto levemente. - Está tendo uma crise...

O homem pareceu pensar, e então olhou no fundo de seus olhos, as íris roxo opaco ficaram gravadas em sua mente daquele momento em diante, estava hipnotizada com tal brilho. Estava preocupado e sem saber oque fazer, até que se lembrou de uma série que assistiu, um cara estava em meio a uma crise e para ajudar o mesmo a voltar a realidade a menina o beijou, parece até maluquice, mas na mente do mesmo dará certo.

Olhou para você e analisou, estava ficando vermelha devido a falta de ar em seus pulmões, as lágrimas caiam e molhavam sua roupa, estava prestes a desmaiar, até que sentiu lábios macios repousarem sobre os seus em um carinho, arregalou os olhos sem entender oque estava acontecendo.

Aos poucos voltou a realidade, e então a atenção se voltou para os lábios grudados aos seus, não soube distinguir oque estava sentindo, nem oque fez, mas quando notou, seus dedos estavam na nuca do homem o puxando contra si, abrindo a boca e o aceitando, intensificando o que era pra ser apenas um selinho. O beijou com vontade, e o mesmo retribuiu, porém, não durou muito aquilo, pois estava sem fôlego.

Se afastou do mesmo deixando seu corpo ceder, ia de encontro ao chão quando o homem lhe segurou mantendo seu corpo de pé escorado ao do mesmo, puxou o ar várias vezes até regular a respiração, então olhou para o homem ao seu lado, um boné cobria boa parte de seu rosto, dificultando tudo. Ao notar que você já conseguia se manter de pé, o mesmo lhe soltou calmamente tendo a certeza de que não cairia.


— Sinto muito por ter invadido seu espaço, e ter lhe beijado, porém, foi a única forma que achei de lhe acalmar. - Falou calmo, e curvou o corpo fazendo reverência.

Não tinha palavras, estava confusa um turbilhão de pensamentos invadiram sua cabeça, e acabou pensando demais e não respondendo o homem, que suspirou frustrado. Voltando a si o encarou.

— Eu agradeço por ter me ajudado... - Se pronunciou, e o mesmo lhe encarou. - Não tenho oque falar, então fingiremos que nunca aconteceu, certo?

— Se e isso oque deseja, assim será. - Pode ver um pequeno sorriso nos lábios do mesmo. Estava tomando coragem pra perguntar o nome do mesmo, porém, demorou demais e o elevador se abriu. - Bem, vou indo. Melhoras, tome cuidado por favor.

Sorriu boba e acenou pro homem que saiu do elevador, que logo se fechou.

— Céus...

Continua...

𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓| 𝗞𝘂𝗿𝗼𝗸𝗮𝘄𝗮 𝗜𝘇𝗮𝗻𝗮Onde as histórias ganham vida. Descobre agora