Capítulo 14

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        Matteo

      Ela estava linda naquele vestido, porém um pouco curto demais, odiava a ideia de terem outros olhando seu corpo. Mas estava me controlando, queria que ela curtisse um pouco.

     Estava do escritório junto Enrico observando as duas, aqui de cima. Elas nem imaginam que essa boate é minha, e que estamos aqui vigiando.

- Parece que tua fera, está mandando ver na bebida.- Diz Enrico observando.- E está bem mais solta.

  Olho e vejo ela na pista de dança, com um copo na mão e rebolando até o chão com Lorena. Começo a imaginar ela rebolando desse jeito em cima do meu pau, e só de pensar nisso meu companheiro lá embaixo já se anima.

- Só espero que não esteja de ressaca amanhã.- Digo tomando um pouco do meu whisky.

    Fico a olhando, simplesmente não conseguia desgrudar meus olhos dela, olhando ela assim, nem parecia aquele caos que ela costumava ser.

     Vejo um cara se aproximar das duas, ele sorri, indo até Katherine pegando na sua cintura, meu sangue ferve. Olho melhor para o cara, e eu o conhecia, era o desgraçado do Alejandro.

- O que aquele desgraçado, pensa que está fazendo?- Falo cerrando meus punhos.

- Calma irmão, não se esquece que temos um acordo com a máfia do pai dele.- Lembra Enrico.

     Alejandro era filho de Dmitry, o chefão da máfia russa. Porém o que seu pai tinha de gente boa, Alejandro tinha de mesquinho, nada se parecia com seu pai. Sua implicância comigo era antiga, desde a época que éramos garotos, no fundo sempre soube, que o que ele sentia era inveja.

    Desço furioso, e que se foda acordo, ele estava mexendo no que era meu, e não iria permitir isso. Caminho rapidamente no meio das pessoas, empurrando todos que apareciam no meu caminho.

- Larga a minha noiva agora.- Digo furioso, me aproximando.

    Ele me olha com seu sorriso sínico, me seguro para não dar um soco na sua cara.

- Matteo, quanto tempo.- Diz em tom de deboche.- Então essa é sua noiva? Bela escolha.

     Ele tenta tocar no cabelo de Katherine, a puxo para perto. Como se ele já não soubesse que ela era minha noiva, estava fazendo isso apenas para me atingir.

- Quanta possessividade.- Fala rindo, se afastando.- Deveria cuidar melhor dela, linda assim e sozinha, alguém pode rouba-la de você.

    Levo minha mão até a arma que estava na minha cintura, mas sou interrompido por Katherine que pega minhas mãos, e começa a dançar.

- Vem, vamos dançar.- Fala feliz, me puxando.

  A puxo para mais perto, a observando, enquanto Alejandro some de vista.

- Acho que já está na hora de ir pra casa.- Falo.- Você está bêbada.

- Ah como você é chato.- Diz manhosa, virando as costas e se esfregando em mim.

   Respiro fundo fechando os olhos, e sentindo meu pau pulsar com seus movimentos. Mas que merda!

- Por hoje já deu, vamos pra casa.- Falo a tirando da pista de dança.

    A seguro pela cintura, vendo ela tropeçar sobre os seus pés. Já podia imaginar a ressaca que essa criatura iria se encontrar amanhã.

- Deveriam melhorar esse chão, está cheio de buracos.- Fala fazendo beiço.

     Sorrio achando graça, pela primeira vez ela não estava me contrariando, e isso era algo único, o único problema é que estava bêbada.

    Saímos da boate, indo em direção ao meu carro, que estava no estacionamento privado.

- O que você foi fazer na minha despedida de solteira?- Questiona parando.

- Te buscar.- Digo parando a sua frente.- E pelo jeito cheguei bem na hora.

    Ela sorri, e nunca até agora a vi sorrir desse jeito, que sorriso lindo.

- Gostei de como você falou com aquele cara.- Fala tentando imitar minha voz.- Larga a minha noiva, agora.

- Só cuido do que é meu.- Digo arrumando seu cabelo.

- Sou tua, então?- Pergunta com um sorriso de canto se aproximando mais de mim.

- Sim, minha.- Confirmo, perdido em seu olhar.

   Ela me puxa pela camisa, mordendo os lábios, era tentador demais, mas ela estava bêbada, e além do mais, não poderia fazer nada com ela antes do casamento, por mais que quisesse.

- Me beija.- Diz me olhando nos olhos.- Eu quero te beijar, me beija.

   Por coincidência isso era tudo o que eu queria naquele momento também, e sem pensar mais, a prenso no carro a beijando. Apesar de ser virgem, tinha que admitir que a malvada sabia beijar, e pra piorar aquele beijo estava com gosto de álcool me deixando ainda mais excitado.

     Me afasto, precisava parar com aquilo antes que eu perdesse o controle, e a colocasse dentro desse carro e tiraria sua virgindade ali mesmo, no estacionamento da boate.

- Vamos para casa.- Digo abrindo a porta pra ela.

- Mas só isso?- Reclama fazendo bico.- Você deve preferir a loira siliconada mesmo.

     Olha só o álcool fazendo ela demonstrar o que lá no fundo ela sente.

- Não fala o que não sabe.- Falo pegando seu rosto.- Amanhã você terá muito mais, prometo.

      Ela entra no carro com um sorriso safado, estava começando a gostar desse seu lado bêbada. Entro no carro e era quase impossível não olhar para suas pernas, aquele maldito vestido era extremamente curto.

- Gostando do que vê, senhor Martini?- Questiona, me observando.

-Muito.- Admito.

    Antes que ela pudesse tentar me provocar mais uma vez, dou a partida no carro, precisava me controlar, e ela assim nessas condições, não ajudava em nada.

      Chegamos em casa e a vejo dormindo num sono tranquilo, desço do carro e a pego no colo, a levando para o seu quarto, e a colocando na cama. A observo por alguns segundos, dormindo assim tão calma, nem se parece aquele furacão que é quando está acordada, capaz de me levar a loucura.

    Olho no relógio, e já se passavam das três horas da madrugada. Me afasto lentamente, para não acorda-la, precisava ir descansar também.

- Matteo.- Ouço ela me chamar.

- Sim?- Paro e a olho.

- Não me deixa sozinha.- Diz com um olhar triste.- Eu odeio me sentir sozinha.

     Sinto verdade em suas palavras e um pouco de dor. Por um momento apenas queria curar suas feridas.

- Tudo bem.- Digo me deitando ao seu lado.- Estou aqui.

Ela se deita sobre mim me abraçando, e pela primeira vez me senti confortável ao lado de alguém.

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