Minha Doce Boneca

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Leticia mellins

Fui acompanhar a minha mãe no presídio pois ela é médica e foi chamada pra ser a enfermeira de lá, na verdade fui a força, ela disse que se eu não fosse iria me deixar sem meu celular. Eu obedeço nem tanto pela ameaça e sim por que sempre fui obediente a ela, minha mãe me criou sozinha desde que meu pai nos abandonou então por ela não devo ser rebelde. Claro não gosto de presídios, mas, fazer o quê.

- filha me espere aqui na sala, preciso informar o delegado sobre uma coisa. - disse se retirando, aguardei ansiosa, e pude ver que ela demoraria mais que o previsto então sair pra rodar sobre o pátio

- olha que gracinha, se não é a filha da Bianca. - um dos políciais se aproximou

- Ryan... - murmurei para que ele não viesse me incomodar

- vamos, sorria Lezinha você nunca sorrir de verdade sempre com esse sorriso forçado.

- meu Deus Ryan, eu só não estou a vontade aqui, você não entende? - indaguei por fim me retirando - cara chato! - sussurei

***

Ao voltar pra sala minha mãe já estava sentada com um sorriso no rosto, ela sempre voltava assim da sala do delegado, o que há de tão bom lá? Comecei a ficar inquieta pois a minha mãe não parava de suspirar de animação.

- o que foi mãe?

- nada filhinha, nada... Olha terei que sair mais tarde hoje e daqui irei pra outro lugar então pode ir pra casa ok? - disse e assentir

Sair correndo torcendo pra sair desse lugar e fui para a casa, chegando lá pesquisei sobre o tal delegado, mas não encontrei nada nas redes sociais, se talvez eu me lembrasse do nome do presido eu acharia no Instagram, ignoro meus pensamentos inúteis e desligo o celular indo fazer algo pra comer.

22:00 Los Angeles, EUA.

Já havia comido tudo do armário e nada da minha mãe chegar ela nunca demorou tanto mas ultimamente é assim, dez horas, onze, meia e noite e nada dela. Vou pro quarto e me aconchego nos meus lançois. Acordo sentindo lábios em minha testa e vejo de quem se trata.

- mãe...

- bom dia meu amor, cheguei tarde e só pude lhe dá um beijo hoje, mas já estou indo trabalhar novamente qualquer coisa só me ligar.

- mãe... Eu quero ir! - disse e ela me encarou

- quer mesmo? - assentir -  tudo bem, vamos. - me arrumei apressadamente e fui

***

Estava rindo com a Helena, a mulher que limpa os corredores e ela me contou como é trabalhar lá. Juro que eu não conseguia acreditar apenas ri.

- falando sério agora sinceramente, eunão sei o que procura aqui este lugar é um porre e a única coisa que salva é o delegado.

- nossa, todo mundo fala tão bem desse homem... - murmurei

- linda, ele não é um homem e sim um Deus grego fantasiado. - disse e sorrir

- mas por quê não vejo ele?

- Ah isso é fácil de responder, ele só sai pra emergências ou pra pegar as mu...

- HELENA!! O outro corredor - uma guarda se aproximou nos interrompendo - e você fedelha, vá pro pátio ou para de andar por aí.

- como é? Olha como você fala com a minha filha.

- Ah você também Bianca, acha que é alguma coisa só por que é enfermeirinha daqui?

- Alice! pro seu trabalho. - uma voz ordenou rispidamente, e então levantei o meu olhar, havia um homem forte e bem bonito próximo a minha mãe

- delegado Montenegro... Bom essa é a minha filha.

- Leticia prazer. - o comprimentei mas ele ignorou a minha mão

- Bianca, me acompanhe até a minha sala por favor. - disse ríspido saindo

- filha se comporte não se meta em briga com as guardas ok?! Já volto.

Minha mãe sempre tão protetora. Suspiro e volto a caminhar a procura de algo pra passar o tempo, mas minha mente insiste em pensar no homem. Eu não sei por qual motivo.

MEU DEUS!!!

ATÉ PARECE QUE SERIA NOTADA POR UM HOMEM DAQUELE, QUE MAL MAL PEGOU EM MINHA MÃO.

Obviamemte eu só devo ser uma piralha aos olhos dele. Volto pra sala da minha mãe e depois de algumas horas fomos embora. E mais uma vez lá estava ela com um pleno sorriso no rosto e tapando o pescoço com o cabelo. O que será isso? O que ela tanto esconde?

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