Minha Doce Boneca

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Leticia mellins

Los Angeles, EUA

....

Sair às pressas ontem e nem me despedir da minha mãe, eu estou mal com que ouvir mas pior ainda foi ter escutado aquelas coisas a respeito dela. Ele disse que come ela? Ela fica com o delegado? Fiquei triste por minha mãe se humilhar a esse ponto mas também, como não se humilha, se ele é disputado, como diz a helena. Porém ainda assim o que essas pessoas vêem nele? Por que eu só vejo um homem frio e arrogante.

Bom farei questão de não pisar mais lá. Voltei a fazer os meus cursos e irei focar nos meus estudos. Inclusive hoje tenho prova e preciso ir rapidamente.
Minha mãe não está em casa pra variar, olho pro celular e vejo que já é 21:30. Sair com pressa e avistei o Ryan na rua, ele me deu uma carona e acabei aceitando pois estava muito atrasada.

- nossa como roupas enganam, olha como você fica gostosa de vestido colado. - disse e revirei os olhos

- obrigada.

- mas por que não vai assim?

- não pode. Ou pode?

- claro que sim, inclusive você chamaria muita atenção assim... - disse e finalmente chegamos

- obrigada Ryan, mas já digo que não planejo ir mais no presídio, acho que a minha mãe já está fazendo bem o trabalho dela. - suspiro batendo a porta do carro

***

08:00 AM

- filha você precisa ir comigo hoje, ontem a noite ouve uma briga e tem pessoas feridas, preciso da sua ajuda.

- mãe!! Eu não quero. - me cobrir com a coberta

- vamos filha, me ajuda nessa.

- pra quê mãe ? Pra você passar a maior parte do tempo na sala do delegado?

- o quê? Do que está falando?

- nada mãe, vou te ajudar. Só espera eu me arrumar por favor.

- obrigada meu amor, sua arrumação não dura nada mesmo.

Tomei um banho, coloquei um vestido colado, tênis, deixei os cabelos como sempre solto e sair.

- Leh... Você está linda mas por que tanta arrumação? - me fitou e sorriu - Aaaah já sei é pra ver o Ryan não é ? - riu - uau!! - bateu palmas

- bom mãe... Podemos ir?!

- claro!

Não demorou muito pra estarmos em frente ao presídio bolhvards. Este lugarzinho horrendo. Descir do carro e fomos pra enfermaria. Ajudei a minha mãe a manhã toda depois fui andar pelo pátio. Não vir o Ryan hoje e soube que ele está de folga. Bem melhor assim, fiquei conversando com a Helena e logo depois voltei pra sala da minha mãe.

Ficamos aguardando os pacientes e conversamos como fazíamos antes, até falei a ela sobre a faculdade e que não quero ser médica.

- mãe...

- sim...

- eu queria poder ser mais social, afinal por que não tenho amigos?

- oh meu amor por que você mesmo sendo essa pessoa especial que é, é tímida. E isso acaba afastando você de muitos. Mas olha fique tranquila, mas sabe algo interessante?! - neguei - Vá em festas, saia com meninos da sua idade, isso vai te ajudar. - disse calmamente e concordei

Não que isso seja um problema, mas ultimamente vem sendo. O celular tocou e apressadamente ela atendeu

- filha faça um favor?!

- qual?

- fique em minha sala, vou ter que descer pro corredor de baixo pra ver um paciente, me espere volto já. - disse e já pude imaginar o paciente

Fiquei olhando a janela, vendo do alto os presos andarem e se "divertir" no pátio e então a porta se abriu.

- mãe, por que aquele delegado tem que ser tão grosso hein? - disse e me virei mas instantemente solucei assustada

- por que ele tem de ser grosso? - ele me encarou franzindo o cenho

- é... Eu... Bom eu...

- garota você sinceramente ama brincar comigo não é? - se aproximou e já pude ver a bronca

"Chega mãe, chega!!"
Pedir mentalmente.

- olha eu... Me desculpe, falei sem pensar, Mas olha só, a minha mãe não está então você pode sair. - olhei  para ele que é muito mais alto que eu

- pensando bem, você é sim igual a sua mãe sim, sabia? - se aproximou mais um pouco e me afastei saindo de perto

- olha, eu não quero saber o que o senhor acha sobre mim, e pode ficar por que eu vou sair.

- espere! - abrir a porta - você é surda ou se faz? Quando eu disser algo é pra mim ouvir e responder imediatamente.

- gente, o que está havendo aqui? - minha mãe indagou surpresa ao ver que ele esteva segurando meu braço

- sua filha essa abusada, me respondeu eu poderia  muito bem prender ela por descato a autoridade sabia? - mentiu e a minha mãe acreditou me olhando repreensiva

- LETÍCIA.

- mãe é mentira eu...

- desculpe Bianca sei que é sua filha mas vou colocar essa piralha no lugar dela.

- pra onde você vai levar a minha filha Delegado?! - disse mais assustada quanto eu

- você verá... Uma solitária talvez.

- mas ela não cometeu nenhum crime está louco?!

- calada você também. Só por ela me responder já poderia considerar desacato e levar ela á prisão. - disse e me puxou bruscamente até os corredores, e me colocou em uma cela.

- você não vai me deixar aqui não é?!

- você vai, e falarei com sua mãe que você ficará no máximo 2 semanas aqui, e agradece por não está com outros presos.

- você é maluco.

- oh não me diga. Eu sou o próprio diabo se for preciso. - disse me largando lá.

Ele só pode ser louco. Minha mãe precisa me tirar daqui antes dessa semana.