Capítulo 3

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— Alguém viu para onde Sam foi? — Questiona Jamie.

— Acho que foi chamado por um funcionário. — Explica Moses, lançando um olhar em direção à porta.

De repente, Sam ressurge, ainda com uma expressão preocupada e lábios pressionados. 

— Estou aqui, senhor. Desculpe-me, fui chamado e me avisaram que meu pai estava à minha espera. Já fui atendê-lo.  — Diz Sam, despertando minha curiosidade.

Sam entra na caixa e, assim como Diana, permanece imóvel. Fixo o meu olhar em Mary, que parece tão concentrada quanto Blaize nas aulas de matemática da escola. Sam, até o momento, parece o mais calmo durante a simulação, embora uma preocupação tenha se insinuado em seu rosto ao sugerir que eu deveria manter a calma. Ao término, Jamie se aproxima dele, acompanhado por outro funcionário e o parabeniza. A pequena tela revela nossas pontuações: Sam foi o destaque na execução da simulação, seguido por Diana, Moses, eu e Peter. Certamente, eu ficaria na última posição caso Peter não tivesse se desestabilizado. 

— Parabéns a todos. Não desanimem se não atingiram o desempenho desejado. —  Jamie nos conforta.

Sinto-me feliz pelo desempenho de Diana. Apesar de a Corporação de Segurança ser um pesadelo para mim, para muitos como ela, estar nessa posição é um sonho realizado. Diana estava animada com isso, mesmo compartilhando os meus receios, e o seu bom resultado reflete o seu esforço e dedicação. O jornais já falavam de sua alta capacidade. Jamie chama a nossa atenção e anuncia:

— Moses está encarregado de criar seus uniformes. — Ele aponta para o garoto. — Como portador da Superinteligência, quero que aprimore seu dom e use sua habilidade criativa demostrada na simulação. Temos uma equipe especializada para auxiliá-lo. Peter e Jane, precisamos que realizem seus testes novamente, mas dessa vez concentrem-se em utilizar seus dons para resolver os problemas que aparecerem na simulação. Não precisam ter medo, sei que parece muito real, mas não é.

Jamie nos concede um intervalo para descansar. Acredito que a simulação demande mais esforço do que os exercícios de combate, mas ainda teríamos aula à tarde, como na escola. 

Ao acordar, meu corpo protesta de dores em várias partes diferentes; nunca havia me esforçado tanto na vida como ontem

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Ao acordar, meu corpo protesta de dores em várias partes diferentes; nunca havia me esforçado tanto na vida como ontem. A claridade da varanda invade o meu quarto e é a responsável por despertar-me para mais um dia de treinamento. Sobre a cabeceira, um papel azul claro exibe letras desenhadas: "Querida Jane, peço que encontre-me no pátio. Diana". Pulo da cama imediatamente.

Diana está à espera, sem qualquer expressão de felicidade em seu rosto. Logo entendo que algo ruim aconteceu. Peter e Moses conversam entre si, e enquanto olho ao redor do pátio, percebo que a única pessoa que não encontro é Samuel.

— O que aconteceu? — Aproximo-me de Diana. Ela está sentada em uma cadeira branca e puxa uma outra, fazendo um gesto com as mãos para que eu ocupe o assento.

Caminho MortalWhere stories live. Discover now