14| Adams heart

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JACK ADAMS - 5 ANOS ATRÁS (13y)

Eu tinha acabado de chegar em casa, meu pai tava discutindo com a mamãe como sempre, gritos e gritos que merda.

- Mãe, pai, cheguei - Eu disse só por dizer e subi para o segundo andar para o meu quarto.

Eu tranquei a porta do meu quarto e fiquei ouvindo música alta pra abafar os gritos deles "Você é uma piranha" era a coisa que eu mais tava acostumado a ouvir.

Mas quem me dera apenas meu pai fosse assim, "Eu te odeio" era o que minha mãe sempre dizia, ela vivia em boates e boates, muito amada entres os homens, ela era uma verdadeira puta, que também adorava cocaína.

Meu pai? Um alcoólatra usuário de drogas, vive procurando emprego já que sempre é demitido pelo mesmo motivo, trabalhar bêbado ou drogado.

Depois de um tempo de gritos eu ouvi meu pai acertar minha mãe, e eles pararam de discutir por fim, o volume da TV em um jogo de futebol era alto, meu pai devia tá bebendo e assistindo futebol enquanto minha mãe devia tá se drogando pra ir dormir.

Eu me levantei por volta das 00:30 peguei uma grana do meu cofre e sai de casa encapuzado, meu pai tava dormindo de tanto beber no sofá, e minha mãe na cama.

Eu sai de casa e fui pra uma praça ficar um pouco ao ar livre numa boa.

JACK ADAMS - 4 ANOS ATRÁS (14y)

Com o tempo tudo só piorou, minha mãe começou a aparecer com homens diferentes todos os dias, meu pai começou a beber dobrado e as vezes me queimava com a ponta dos becks de maconha, odeio tanto eles.

Não são pais minimamente bons...Nem no meu aniversário.

- VOCÊ É UMA VERGONHA PARA ESSA FAMÍLIA MOLEQUE! - disse meu pai amassando e jogando uma prova minha na minha cara

- VOCÊ NÃO TEM VERGONHA DE TIRAR UMA NOTA DESSAS NÃO SEU MERDA?! - Ele disse gritando

- Vergonha eu tenho de ter você como pai - Eu disse seriamente

- COMO É?! - Ele gritou de novo e me acertou um soco na cara

Eu cuspi sangue e comecei a chorar mas mantive a postura rebelde

- EU ODEIO VOCÊ PORRA!! EU TENHO VERGONHA DE TER UM DROGADO ALCOÓLATRA COMO PAI INFERNO!! EU SÓ QUERIA SER UM GAROTO NORMAL, COMO QUALQUER OUTRO QUE OS PAIS TORCEM POR, E TRATAM COMO DEVERIAM TRATAR A MERDA DOS FILHOS!! - Eu gritei de volta, botando tudo pra fora

- Agora deu moleque - Ele pegou uma garrafa de cerveja e jogou em mim - VAI PRO SEU QUARTO!! - Ele apontou para as escadas enquanto eu sentia dor.

Eu me levantei e fui pro andar de cima, peguei uns algodões, esparadrapos, e curativos no banheiro social ao lado do meu quarto, logo me tranquei no meu quarto e tirei os vidros da minha perna fazendo curativos em todos os cortes.

Eu só esperei dar por volta de uma da manhã, e me levantei com meus fones de ouvido, eu desci as escadas furtivamente, e consegui pegar um maço de cigarros comuns do meu pai, logo sai de casa indo para a mesma praça de sempre onde eu ficava sozinho e em paz.

Fuja se PuderOnde as histórias ganham vida. Descobre agora