Fuja se Puder

59| Amor perturbador

JACK ADAMS

Depois desse caos estamos aqui novamente eu, Derick e Catherine, ela está meio ansiosa e principalmente assustada.

Cat estava ao meu lado, enquanto eu dirigia focado na estrada, eu vi sua perna que batia sem parar contra o porta luvas do carro, então coloquei a mão sobre a coxa dela na esperança de lhe acalmar mas ele segurou meu pulso não me deixando encostar nela.

— Você está bem Catherine...?- Eu disse sério tentando esconder a tristeza pela atitude dela

— Eu... vou ficar bem - Ela disse se virando pra janela, o clima tava pesado.

Eu voltei com a mão no ombro dela, querendo afagar seus cabelos, mas ela desviou da minha não segurando meu pulso mais uma vez enquanto ficava de cabeça baixa.

— Você está brava comigo?

— Brava não, mas chateada, você tem uma fodendo vida dupla, máfia, assassino de aluguel?! Você é um criminoso Jack... - Ela disse triste

Criminoso, não tá mentindo de fato, mas eu nunca quis que ela soubesse...ainda mais sabendo que ela poderia nunca mais olhar na minha cara por isso

— Preciso avisar meu pai que eu tô bem... - Ela disse passando as mãos pelo próprio rosto

Eu tirei o telefone dela do bolso, um iPhone 12 com capa transparente com glitter azul escuro e estrelas de lantejoula.

— Aqui, pega - Eu estendi o aparelho pra ela, então ela o pegou

— Sem querer incomodar o casal, mas o que vamos fazer com o Lucca? A Cat foi salva, mas quem garante que ele vai parar? - Derick disse se inclinando do banco de trás entre mim e Catherine que digitava respondendo mensagens no próprio celular.

— Matar ele.

— Como?! - Catherine disse levantando o olhar para mim

— Catherine, entenda uma coisa, eu nunca vou permitir que alguém que te fez mal permaneça vivo - Eu disse olhando pelo canto do olhar pra ela

Ela ficou estupefata, suas bochechas ficaram avermelhadas, e ela virou o rosto para que não a visse.

— Hector...? - Cat questionou com um tom hesitante

— Fui eu... - Eu admiti olhando para estrada

Ela parou por um instante, chutaria que estava processando aquela informação, mas não disse nem se posicionou em mais nada, ficando quieta enquanto olhava para janela.

Agora eu devo ainda mais para R.C, mas dessa vez farei questão de pagar tudo, depois de salvarem o amor da minha vida é o mínimo que posso fazer.

O caminho de volta para Chicago inteiro era demorado, e o silêncio entre nós três era muito perturbador, parecia que não havia nenhum som fora ao carro nas pedrinhas da rua.

[...]

Quando chegamos em Chicago um suspiro veio direto de Cat, talvez aliviada? Feliz? Triste? Não faço ideia...