Capítulo IV

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Kara El |Point of view

Dois meses se passaram e as meninas se adaptaram, terminamos a primeira pilha de troncos e fizemos as primeiras peças do barco.

- Kara, agora que pegamos o jeito e não precisamos mais ficar o dia todo esculpindo as peças do barco. – Alex disse sem jeito.

- Podemos iniciar a construção da cabana da Eliza. – falei com um sorriso.

- Sim. – ela disse.

- Essas terras são de vocês?

- Sim, meu pai nos deixou. – Alex falou.

- Como ele morreu? 

- Foi um naufrágio. – ela disse com os olhos marejados.

- Sinto muito.

Ela assentiu e eu resolvi mudar de assunto.

- Já sabe onde quer construir?

- Sim, naquele terreno do lado direito da cabana. – Alex falou.

- Vou começar fazendo a base de pedras.

Cavei e marquei a fundação da cabana nova, a noite para não chamar a atenção desnecessária, carreguei as pedras e as uni com argila.

Conforme o tempo foi passando as peças que o Dox desenhou foi tomando forma, assim como a cabana, apesar de poder terminá-la em um mês ou menos, fui prudente e decidi ser discreta.

Andy e Sam são duas pessoas maravilhosas e trabalham a noite no estaleiro, antes de dormir, as duas nos ajudam com o barco e depois vão pra taverna descansar.

Um mês depois eu terminei a cabana, era enorme e com três quartos, cozinha, sala e lareira enorme.

Alex estava radiante e a Eliza apesar da dificuldade em se locomover, estava feliz pela casa nova.

- Amanhã vamos começar a montagem do barco. – Dox falou.

- Graças aos deuses, já estava começando a achar que você me enganou.

- Nunca faria isso Berserker. – Ele disse.

- Quanto tempo até ele está na água?

- Um ou dois meses. – ele respondeu. – Providencie a vela e cordas.

- Farei isso amanhã, depois que terminar com você.

Ele assentiu e foi pra antiga cabana da Eliza, ela deixou o Dox se instalar lá, falou também que se ele quiser pode montar uma oficina e trabalhar consertando barcos.

Fiz minha oferenda ao meu pai como todas as noites e me ajeitei pra dormir perto da fogueira.

“O sonho começou normal, eu estava na minha antiga casa e de repente eu estava escalando uma encosta e o mar tentava a todo custo me derrubar.

Com muito custo cheguei ao topo e uma torre de pedras negras estava a minha frente, alguns soldados com armaduras reluzentes tentaram me atacar, mas isso não me impediu de entrar na torre.

Eu sentia a eletricidade percorrendo o meu corpo e quando cheguei ao último andar, derrubei a porta de madeira ornamentada.

- Você demorou, Berserker. – uma mulher branca com cabelos negros e olhos verdes afiados disse.”

Acordei sentindo a estática antes de um raio, foi o tempo de eu levantar meu machado para uma descarga elétrica vinda do céu me atingir.

Não consegui dormir de novo e fui trabalhar no barco, comecei a pregar as tabuas do casco e aquele sonho me perturbou, mas não sei o porquê.

Vikings - SUPERCORPWhere stories live. Discover now