Capítulo XX

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Kara El |Point of view

Caminhei com a deusa até um bosque, nós duas estávamos em silêncio e seus felinos me avaliavam a cada passo que eu dava.

- Como Lena está? - perguntei angustiada.

- Mesmo sendo muito nova você a ama. - ela falou. - O que seria capaz de fazer por ela?

- Qualquer coisa.

- Você a trairia pra salvar os noves reinos e a própria Yggdrasil? - Frigga me perguntou.

- Sinceramente, eu conversaria com ela e iria expor a verdade. - falei séria. - Mas caso ela aceitasse, não haveria vontade em mim, cumpriria minha missão e voltaria a minha rainha e usaria todos os meus dias para fazê-la a mulher mais feliz dos nove reinos e além.

Frigga riu e eu fiquei sem entender o porquê.

- Você é mesmo filha do seu pai. - ela disse. - Ele me contou o que iria acontecer e eu não o impedi, mas não significa que não tenha doído.

- E o que ele fez depois?

- Seu pai sabe como me deixar mole. - ela disse com um sorriso de orelha a orelha.

Eu segurei o riso e ela se apoiou em mim para rir.

- Ela está ansiosa. - Frigga disse. - Sabe que sua ousadia fez vocês se encontrarem mais cedo.

- Posso lhe fazer uma pergunta além dessa?

- Vá em frente. - ela disse.

- O que mais eu mudei?

- Não se preocupe, a escuridão não vai se adiantar. - Frigga respondeu séria.

Assenti e ela fez carinho no meu rosto.

- Magoe aquela menina e eu vou matar você. - a deusa falou. - A decisão que seu pai teve que tomar não está no seu destino, mas se trair aquela moça…

- Eu Kara El, Filha de Odin, autorizo a deusa Frigga, senhora de Asgard a findar a minha vida caso eu falhe com o meu juramento matrimonial. - falei séria e firme. - Que assim seja com a benção do Pai de Todos.

Um trovão ecoou nos céus e eu senti meu peito queimar como se estivesse sendo marcada a ferro.

Abri minha túnica e um sigilo a Frigga estava marcado bem em cima do meu coração.

- Gostei de você Kara. - ela disse  com um sorriso. - Agora vamos ao que interessa, dentro desse bosque tem uma ninhada de felinos muito especiais, são da mesma raça que os meus.

Peguei minha lança e ela fez um gesto com a mão e todas as minhas armas apareceram na sua mão.

- Sem armas querida. - ela falou. - Você vai convencer a mãe deles que pode cuidar dos seus filhotes.

- Alguma dica?

- Não vou lhe dar nenhuma. - Frigga disse. - Ou é digna ou não é.

Assenti e entrei no bosque, alguns animais estranhos estavam circulando na área e eu fiquei apreensiva.

Foi quando eu ouvi um grunhido de dor muito alto e sem pensar eu corri, havia uma gata enorme toda ensanguentada lutando com gigantes de gelo.

- EI! - Eu gritei e eles se viraram pra mim. - Que tal uma luta justa?

Os dois sorriram diabolicamente e vieram pra cima de mim com suas lanças, esquivei e me defendi como pude, lutar de mãos desarmadas estava difícil e eu estava cheia de cortes.

Me movi e fiquei entre a gata e sua ninhada que dormia tranquila no ninho.

- Como chegaram aqui?

- Magia. - eles falaram juntos. - Escura.

Vikings - SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora