Após a morte trágica de sua mãe, o rei Jacaerys Targaryen ascende ao trono, trazendo esperança e renovação para seu reino, dilacerado pela guerra.
Por anos, ele governa com sabedoria, implementando reformas e restaurando a estabilidade. Considerado...
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Eu não posso o amar como eu o amava a anos atrás.
Jacaerys, adornado com trajes reais que indicavam sua estatura real, segurava um pedaço de corda resistente nas mãos. Seus olhos, geralmente severos e autoritários, suavizaram-se ao encontrar os do filho. Daelon, um mero reflexo de seu pai em miniatura, observava com uma mistura de curiosidade e entusiasmo.
— Por que esses nós são tão difíceis de fazer? — Daelon perguntou, sua voz carregando frustração.
Jacaerys sorriu, uma visão rara para quem estava acostumado com o peso da coroa em sua testa. — Eles são fáceis, você apenas não tem muita prática.
Daelon assentiu, bufando impaciente. Os dedos do rei moviam-se com facilidade e prática, tecendo padrões intrincados na corda, cada nó uma prova de anos de experiência.
Daelon grunhiu irritado e apoiou a cabeça na mesa, jogando a corda longe de si. Jacaerys riu do jovem e pegou a corda novamente, a colocando na frente do filho.
— Você que pediu para eu te ensinar a dar nós nas cordas.
— Eu pensei que era mais mais fácil!
Daelon imitou atentamente os movimentos do pai, as mãos trabalhando diligentemente para replicar os nós. Ele falhou várias vezes, e já tinha vontade de morder a maldita corda. Mas a vitória em fim chegou. A cada tentativa bem-sucedida, um sentimento de realização e orgulho crescia dentro dele.
Ele bagunçou os fios bicolores de seu filho, achando graça do sorriso gigantesco que estava nos lábios do alfa mais jovem.
— Sempre pensei que você só se importava com Nyra e Rhaemon... — admitiu Daelon num sussurrou, seus olhos encontrando os de Jacaerys.
Jacaerys fez uma pausa, sua expressão suavizando ainda mais.
— Meu querido Daelon, você é meu filho, não menos importante que seus irmãos. Cada um de vocês carrega o legado de nossa casa. Seu caminho pode ser diferente, mas é igualmente significativo.
Daelon sentiu um calor no peito, uma garantia que dissipou as dúvidas persistentes que ele nutria.
O rei passou os dedos pelos fios ondulados do príncipe, descendo a mão para o rosto já maduro do filho.
— Não sou um bom pai e sei disso. Mas o meu amor por você é o mesmo que eu sinto pelos seus irmãos, nada muda. — Falou Jace sincero, fitando os olhos violetas de Daelon. — Eu sinto muito por não ser o pai que você merece. Você é um jovem esplêndido que merecia um pai melhor do que eu...
Daelon sorriu para o pai, e por um momento Jacaerys se sentiu desconcertado, o calor de ver o seu filho mais sério sorrir tão abertamente para ele era como um incêndio.