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Ares

Thalita veio o caminho todo dormindo, percebo as marcas roxas em seu pescoço, solto uma risada pensando como ela iria explicar aquilo pro coroa dela. Seu vestidinho tinha agora um rasgo na lateral esquerda, os cachos todos bagunçados quando a minha mão puxou eles, a respiração ofegante porque eu deixei ela assim.

Pego seu celular dentro do porta malas e coloco sua digital no mesmo, desbloqueando seu whatsapp, procuro a conversa de Isabele achando o contato salvo " Barbie Loira"

- Visão
- Ares aqui, tô na frente da casa do Amon, minha pretinha tá dormindo, deixo ela aonde?

-Ixi, dormindo? Kkakaka
- Tô na casa dele, pode deixar ela aqui comigo.

- Morô

Destranco o carro e abro a porta do passageiro pegando Thalita no meu colo e sendo recebido por Amon e Isabele na porta apenas de toalha, a risada de puto do Amon ecoa no meu ouvido.

Amon: Uma máquina, uma besta enjaulada.- Isabele encosta seu cotovelo na sua barriga como aviso pra ele parar- deixa ela no quarto do meu cria pô.

- Cria?- indago com minha sombrancelha esquerda levanta fazendo um " V" de cabeça pra baixo.

Amon: Futura, uma menina meu parceiro pode cravar- Isabele apenas revira o olho sem da importância pro sonho dele, ela entra pra dentro da casa e eu sigo ela até um pequeno quartinho que tinha uma cama e um ventilador.- bem vindo ao meu abate.- um tapa atinge a nádega esquerda de Isabele que revida em um soco em seu braço.

- Venho buscar ela amanhã bem cedo, morô? Se ela quiser ir embora antes, pode trancar ela dentro do quarto.- Amon apenas faz contenção com a cabeça e eu saio dando partida pra minha casa.

Tiro a roupa e vou pra debaixo do chuveiro,  minha mão circula minha ereção fazendo um movimento de vai e vem com os dedos. A imagem da preta invade minha mente fazendo meus movimentos acelerarem, aperto meu pau chegando ao meu êxtase imaginando ele dentro da boca da minha pretinha. Termino o meu banho e apenas coloco um short pronto pra passar a madrugada na boca.

Desço o escadão observando tudo tranquilo, mando mensagem para meu soldado de confiança, Salsicha, avisando que eu quero ele rodando as bocas principais.

Chego na casinha abandonada um pouco longe da minha casa, mas foda-se queria andar pra pensar nos meus bagulhos.

Dichavando minha maconha , lembro de uma parada que tira meu pensamento pra merda. A porra do Marola, nego criado do TCP, papo de homem pra homem mesmo, Marola era sagaz pra porra, articulava qualquer passo que dava, mas ele era exibido, gostava de ter vídeo dele na mídia. Quando a Rocinha era do ADA, ele era um dos gerentes daqui, mas aí o CV tomou de conta e a ADA se fundiu com o TCP, tô ligado que ele fez o nome, e hoje já comanda umas três favelas e é parceiro do Caranguejo.

Nenhuma gera lucro igual a minha, Rocinha é a própria cara do crime, aqui nós não para não, CV só faz cria e não criado.

Já nos trombamos quando ele tentou tomar o PPG, ia matar ele pô, mas algum filho da puta atirou no meu braço e ele fugiu tirando minha cara pra buceta. Esse dia foi louco, encontrei minha filha morta, esquartejada, aniquilada.

Mirian só tinha três anos tá ligado, achei parte do corpo dela do lado da mãe, Cida, que tava com os pulsos cortados, chorando agonizando com o sangue e o sofrimento. A cabeça de Mirian eles levaram e Cida teve salvação, mas depois essa mulher me fez passar por tanto inferno que era melhor ter deixado morrer. Ela ficou louca, sem caô, eu amava aquela filha da puta só que depois me estressei e mandei ela pra um hospital psiquiátrico.

É claro que eu fiz minha vingança cacei um por um, aniquilei um por um. Exceto um, Marola, esse tcputa corre de mim, não me enfrenta, não bate um lero comigo, ele se esconde. Mas meu instinto fala que ele tá preparando algo grande, pra tentar me acabar, mas isso ele nunca vai conseguir. Eu mereço o topo.

A madrugada cai, dando espaço pro nascer do sol que era do caralho, meu ouvido capta o rádio da Rocinha no mega fone perto da boca, na porta da boca olho criança, adolescente e adulto indo ganhar vida.

Deixo uns seguranças lá só vindo na minha cola o Salsicha, que como eu passou a noite aqui.

Dispio pra casa do Amon, encontrando o mesmo na porta de casa, com uma ak na mão.

Amon: Nega tá tomando um café com minha loira.— Faço toque com ele e entro pra casa.

A costa magnífica dela aparece na minha visão, o cabelo é um coque, ouço a risada dela e a vejo levar a pequena xícara na boca. Chego por trás dando um beijo molhado no seu pescoço. Ela se assusta mas reconhece que só eu tenho esse poder nela. Os pelos loirinhos estavam arrepiados. Ela passa a mão esquerda pelo meu esquerdo arranhando o local. Eu foderia ela aqui mesmo, maltrataria sua buceta em cima dessa mesma se não fosse pela sua prima que estava na pia olhando a gente com um sorrisinho sacana.

LANCE BANDIDO Where stories live. Discover now