- 052

489 36 22
                                    


- jacob, tem um homem na porta, querendo falar com você.

o quarto estava quente, indicando que era de manhã cedo, mas quem em sã consciência queria falar cmg a esse horário, em um dia de semana? maluco.

- quem é Sarinha?

- sei la, ele disse que era urgente.

- mas que caralho, manda ele esperar.

- beleza, aliás bom dia. - ela sorriu pra mim e eu a olhei com desprezo, aliás, ela quem acorda de mal humor, não sou eu, os papéis inverteram.

me arrumei e coloquei minha roupa da faculdade, fui em direção a porta tentando domar meus cabelos loiros que insistiam em ficar pra cima. abri a porta e uma cabeleireira loira escura conhecida entrou na minha visão.

- pai? tá fazendo oq aqui?

- podemos conversar?

- que merda, você não consegue ficar longe?

-jacob...

- entre logo porra.

ele assentou e entrou sentando no sofá, a casa estava vazia e em silêncio, mas logo sarah apareceu e sorriu para o homem, ela provavelmente não conheceu o mesmo. sentei em sua frente e o olhei encorajando ele a começar a conversa.

- olha, eu sei que fiz tudo de errado que um pai poderia fazer, mas eu quero consertar as coisas, quando te vi no bar eu... entrei em combustão, sabe, faz tanto tempo filho, você cresceu pra caralho.

- não graças a você.

- eu sei disso, será que posso tentar te mostrar que mudei?

- olha, eu prefiro que mantenha distância da minha casa, aliás como sabia que eu estava aqui?

- eu sei faz um tempo na verdade, peguei o primeiro vôo que consegui pra falar com você.

- você sabia, sabia que eu ia ficar sem ter onde morar, sem ter ninguém pra me apoiar, sabia da porra toda e ainda assim né deixou.

- te deixei pra seguir meu sonho.

- não usa isso contra mim, eu sou teu filho porra.

- sei disso jacob, mas, podemos recomeçar agora.

- eu... preciso ir pra faculdade, a gente se vê por aí, ou não. - levantei e peguei a mochila, as chaves da moto e deixei a do carro pra sarah, nem olhei para trás, sai rápido dali, acelerando pelas avenidas, cortando giro nas ruas para aliviar o estresse, precisava respirar.

- finalmente fedido, pensei que não ia mais vir. - jonh b se enfiou na minha frente enquanto eu entrava no campo.

- cala boca, eu tive uns contra tempos, treinador ficou puto?

- não, ele só disse que precisava de você no próximo jogo.

- ele sempre precisa de mim, se depender de vocês... - sorri de lado com meu amigo me chingando depois da minha fala, entrei em campo pra treinar e tentar esquecer tudo isso.

e lá estava ela, sentada na arquibancada com as meninas, eu estava cansado de tanto correr ao redor do campo, mas parece que meu corpo se recompôs assim que vi seus cachos lindos e seu sorriso presente no seu rosto, os meninos cumprimentaram suas namoradas e eu não sabia o que fazer, fiquei de cabeça baixa, só olhando para o campo e sentando em uma cadeira de distancia dela.
ela se virou pra mim e senti meu coração ser arrancado, quando ela sorriu meu corpo foi aos ares. sorri de volta, mas nenhuma palavra, apenas um sorriso e pra mim era suficiente. era suficiente ver ela toda linda na minha frente, apenas por ser ela.

cartas de amor • jiara!Where stories live. Discover now