✶﹕𝟎𝟐.

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𒀭࣪⋆ 💭 ׅ ࣪𓏲ּ 𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟸: 𝙾 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚕𝚎 𝚙𝚛𝚘𝚌𝚞𝚛𝚊𝚟𝚊?

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GETO SUBESTIMOU SUA RESISTÊNCIA E TEIMOSIA. Já faziam algumas semanas que ele havia colocado um de seus espíritos amaldiçoados para se manter grudado em você e consequentemente, te torturar. Era algo que com certeza estava acontecendo, ele só não esperava que você fosse teimosa o suficiente para preferir aguentar uma situação tão intimidadora e desgastante na pele do que ir até ele, rastejando, como o homem esperava que acontecesse pelo menos na primeira semana. Agora já faz pelo menos 3 semanas e embora você fosse a face do cansaço, não parecia apresentar qualquer sinal de desistência.

Na verdade, ele sequer tinha olhado na direção de seu rosto tempo o suficiente para gravar suas características, era algo relatado pelo cozinheiro do restaurante. Não era como se uma 'primata' incapaz de enxergar maldições o interessasse de qualquer maneira. Além do espírito que carregava, você era inútil para ele.

Porém, o feiticeiro do restaurante em que você trabalhava tinha uma teoria, algo um pouco mais desesperado — já que obviamente, ele não queria te ver morta. A teoria dele era que o espírito amaldiçoado que estava o tempo todo acompanhando você, de maneira sútil o suficiente para não te trazer mudanças notáveis, só desejava te perseguir e não se expandir, o que com toda certeza, era algo incomum. Contudo, por você e o o espírito, ambos serem estrangeiros e de certa forma desconhecidos, poderiam ser  desvendados com um pouco mais de estudo. O cozinheiro também acreditava que se Geto matasse você, o espírito amaldiçoado desapareceria já que teoricamente, ele era mais como um encosto, ou, uma sombra sem forma que vivia por você.

Quando você se sentou em um dos bancos do metrô, virando seus olhar na direção da janela. Seus olhos estavam bastante obtusos àquela altura. Você esfregou as próprias pálpebras, tentando distinguir se estava cochilando ou apenas alucinando, como esteve nas últimas semanas.

Seus olhos pararam do outro lado do metrô, onde havia um grande vidro que por míseros segundos te refletiu e você pode sombras ao seu redor. Ele achava mesmo que você era tão ingênua?

Você não queria ser uma pessoa supersticiosa e começar a surtar, mas era inegável que algo de cunho sobrenatural estava acontecendo, internamente você sabia muito bem disso. E sabia também, que ele tinha algo haver com tudo aquilo.

Tudo havia se iniciado quando ele entrara pela porta do seu local de trabalho, aquele maldito e gostoso monge. Será que ele tinha te amaldiçoado? Mas por que você? Não que você acreditasse em pragas ou coisas do tipo, mas tudo parecia tão conveniente, todos pareciam estar aos pés daquele homem misterioso, era como se ele fosse o próprio Siddharta Gautama renascido na era moderna, de maneira muita mais assustadora e sexy, claro.

Se você estivesse certa e ele tivesse feito algo direcionado a sua pessoa, qual era o propósito disso? O que exatamente 'Geto' queria logo com você?

Enquanto ponderou sobre, nem percebeu quando estava caminhando através das ruas movimentadas de Tokyo de volta para casa, em um bairro especialmente quieto. Seus passos eram lentos e seus olhos se mantinham na estrada, ao entrar em um dos becos que usava para cortar caminho quase sempre, o único poste da rua começou a piscar de maneira dramática. Você soltou uma risada irônica.

— Que conveniente. — Você murmurou para ninguém em específico, continuando a andar, até que naturalmente, a luz do poste queimou, deixando seu caminho iluminado somente pela luz da lua. Seus lábios soltaram um longo suspiro enquanto você abaixava os olhos para bolsa, onde começou a procurar o telefone para iluminar pelo menos a fechadura da própria porta e não acabar ficando presa do lado de fora ou algo do tipo.

Foi quando, enquanto pegava seu telefone em mãos, você congelou. Havia alguém parado atrás de você. Podia sentir sua presença imponente cobrindo a luz da lua. Algo que fez com que você deixasse seu telefone cair. Era inverno, então o ar estava gelado e dolorosamente silencioso, suas orelhas se arquearam quando escutou uma respiração nas suas costas.

Você ficou alguns segundos sem se mover e então, simplesmente se abaixou para pegar seu telefone. Foi quando você o escutou.

— Primata teimosa. — Embora sua voz tivesse um tom lantente de maldade, ainda era uma voz que soava levemente suave, o que tirou um pouco do medo que você teve naquele momento.

Lentamente, você virou o rosto e o corpo para o lado contrário. Seus olhos pousaram primeiro no que estava ao seu alcance, a vestimenta azul escura com detalhes em dourado. Seu corpo instintivamente deu dois passos para trás enquanto seu rosto se ergueu na direção de onde o dele estava.

Seus olhos se arregalaram gradualmente quando viu um sorriso de canto nos lábios dele, os olhos felinos e escuros de Geto te encarando na noite escura debaixo de um poste queimado. Brilhando como um leão em uma mata escura caçando um cervo. De uma forma quase irônica, era a primeira vez que ele viu você.

— Eu sabia. — As duas frases deixaram seus lábios e foram carregadas pelo vento gélido até os ouvidos dele, como se fossem ditas de maneira que só ele pudesse escuta-las. — Você me amaldiçoou.

O sorriso dele cresceu ainda mais, deixando a ambientação ao redor de vocês ainda mais sinistra. Você engoliu um seco enquanto tentava se manter firme.

— Você diz como se tivesse plena e total certeza disso.

— Porque eu tenho. — Você firmou o corpo no chão enquanto apertava o telefone entre os dedos nervosamente, olhando para Geto e sua feição enrijecida, apesar de um sorriso nos lábios, ele tinha um olhar enigmático enquanto olhava para você. — Eu não sou ingênua, tudo sobre você é perigo eminente. Nada do que aconteceu nas últimas semanas tinha acontecido anteriormente na minha vida, não até você entrar pela porta do restaurante. Todo mundo de repente diz que a resolução dos meus problemas é procurar você, qual o propósito disso?

Ele gargalhou de maneira exasperada, encostando o ombro no poste enquanto te encarava de maneira mortal.

— Eu poderia... Não, eu deveria mata-la só por se atrever a falar comigo dessa maneira, acho que um maldito espírito amaldiçoado não merece tanto a minha atenção assim, vamos acabar logo com isso. — Você congelou, ele ergueu e esticou a mão em sua direção por alguns segundos. Seus olhos se fecharam enquanto esperava o impacto, algo que que te matasse bem ali ou um sentimento de alívio, não sabia dizer.

Mas nada aconteceu.

Seus olhos se abriram e quando você o encarou novamente, ele parecia mais surpreso que você. Geto então riu, erguendo os dedos para os fios do próprio cabelo.

— Que coisa interessante, muito, muito interessante.

— Que coisa interessante, muito, muito interessante

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BORN TO DIE • Suguru Geto.Onde histórias criam vida. Descubra agora