Capítulo 11

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Capítulo 11.

...

depois da conversa que tivemos, arthur deixou a mansão, alegando que precisava trabalhar.

ele não retornou para casa na hora do almoço, eu sabia que por mais disposto que estivesse a manter tudo como era antes, seu coração doía ao saber que os sentimentos não eram correspondidos.

decidi ligar para empresa, pediria a ele o telefone da psicóloga.

solicitaria um carro por aplicativo e eu mesma trataria do assunto.

"ivana, você pode passar para o meu marido por favor?". fiz o possível para transmitir o máximo de gentileza.

"ele acabou de me dispensar dona abigail, disse que queria ficar sozinho". "se a senhora quiser eu posso bater na porta e chamá-lo mas acho que vou interromper a conversa dele com a mulher que acabou de entrar antes dele me mandar ir embora".

o cinismo disfarçado de inocência daquela mulher me deixou realmente convicta de que arthur estava acompanhado por outra na sala.

"uma mulher?".

"sim, ela já esteve aqui várias vezes no tempo de solteiro dele, são bem íntimos, até fiz algumas reservas em restaurantes para eles jantarem quando a senhora não estava na vida do seu marido". "a senhora quer que eu bata na porta da Sala e chame ele?".

"sim, bata na porta e diga para ele me retornar por favor". ordenei.

eu estava extremamente confusa, queria entender o que se passava.

aquela pontinha de raiva começava a brotar dentro de mim, quando o telefone tocou.

"fala". disse ele.

"você está com quem dentro dessa sala?".

"amor, quer que eu vá lá fora pegar um café para você?". deu para ouvir a voz de pedro ao fundo da chamada.

"o pedro e a namorada dele".

hoje eu consigo rir dessa situação, mas No dia faltei querer matar a bendita secretária.

"a ivana me falou que você dispensou ela para falar com essa mulher, que você e ela são muito íntimos, que até já marcou jantarzinho para vocês dois".

tive a constatação de que fui ouvida quando o pedro deu crise de riso.

"pode perguntar para o meu pai quem é a vanda, os avós dela são amigos dele". "ela trabalha como investigadora e está ajudando a nos proteger em relação ao seu pai, jantamos juntos algumas vezes como amigos, acredita em mim, a vanda é como uma irmã para mim". "dispensei a ivana para ela não ouvir sobre você, só isso".

"o arthur, desculpa!". "eu não sei onde enfiar minha cara!". pedro já estava tossindo de tanto rir, enquanto a namorada o xingava de infantil.

"mas por que a ivana me falou que só tinha você e a mulher aí dentro?". eu acreditava muito na bondade alheia.

"porque tá doidinha para levar um cacetete na cara, vai conseguir já já". "arthur, traz ela aqui, eu quero ver!".

se fosse hoje eu não sairia da minha casinha por nada, a vergonha era enorme.

arthur me avisou que pediria um carro por aplicativo para mim, encerrando a chamada.

os olhares de julgamentos que foram direcionados a mim enquanto passava pela recepção da empresa não foram piores do que a vergonha que sentia.

"meu deus mulher, tadinho do meu patrão!". pedro brincou rindo.

Vanda era uma mulher alta, visivelmente forte, de cabelos loiros na altura dos ombros.

Fé e segredos.Where stories live. Discover now