Capítulo 14

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Capítulo 14.

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comuniquei a vanda tudo que ezequiel me disse relacionado a minha irmã, que por sua vez inteirou a polícia da situação.

"a ficha criminal desse tal de ezequiel é muito extensa?". expressei minha curiosidade.

"o suficiente para ele passar um bom tempo na cadeia, mas é recuperável, basta querer".

"por mais que me doa muito saber que meu neto será filho de um criminoso, pelo menos esse rapaz cuida bem da minha filha". foi a vez de minha mãe.

"mônica, eu tô disposto a dar todo o conforto possível para alicia, qualquer coisa você pode contar comigo". arthur pronunciou.

"apoio para ela não vai faltar, já avisei a mônica que ela também terá todo o meu amparo financeiro e paterno". foi a vez de jeremias.

"se esse rapaz se dispusesse a pagar pelos crimes e cuidar da mulher e do filho seria ótimo, é bom darmos essa opção a ele, apoiarmos ele caso queira mudar de vida e realmente sair do crime".

"duvido que ele queira, são todos iguais". apesar da conversão, lucrécia possuía ainda alguns resquícios daquele desequilíbrio em relação ao irmão e a outras pessoas.

Ela se esforçava para dedicar tempo a deus, embora fosse visível que algo parecia prendê-la.

"isso vai ficar a critério dele, vamos dar as opções, caso não queira é só afastar a alicia e o bebê ". vanda concluiu.

"bom, só quero anunciar que amanhã eu e a abigail nos mudamos para o apartamento, finalmente nos declaramos". o sorriso adolescente no rosto de arthur me deixou corada.

tudo aquilo ainda era muito novo para mim.

antes éramos amigos, a partir daquele dia teríamos certas intimidades, seríamos reconhecidos Pelos mais próximos como um casal de verdade.

nossa família começaria a esperar por filhos e etc.

"então quer dizer que agora eu posso me considerar sua sogra". minha mãe sorriu.

"sim senhora". brincou arthur. "o pedro se forma semana que vem, já avisou que conseguiu um emprego como nutricionista em uma empresa que indicaram a ele, de qualquer forma ficaria sem motorista então é melhor me adiantar".

"então agora eu vou parar de chamar você de senhor e te chamar de cunhadinho favorito". brincou pedro.

"você é ridículo!". retrucou arthur.

"eu não entendo o motivo da mudança de casa, vocês não vão se adaptar aquele apartamento, sem contar que a abigail não saberia lidar com". arthur interrompeu o pai suavemente, pondo uma das mãos em seu ombro.

"ei, fique tranquilo que eu vou ficar bem, ela tem contato direto com a minha terapeuta e toda a minha equipe médica, qualquer coisa Eu garanto que ela lhe avisa". meu marido afirmou para tranquilizar o pai.

"mas meu filho, eu não sei porque vocês querem ir embora".

"nada especial pai, só chegou o momento de eu seguir a minha vida, como todo mundo faz". "eu não vou mudar de cidade e muito menos de país, só vou para o apartamento, o senhor pode me visitar lá e eu venho aqui quando puder".

"eu quero compensar toda minha negligência do passado, com você longe vai ser mais difícil". paulino esclareceu.

"olha pai, eu sei que o senhor errou muito comigo, nós dois somos homens e eu não vou passar a mão na sua cabeça como se nada tivesse acontecido". "mas vamos esquecer o que passou, esse é o momento de nós olharmos para frente e o senhor se libertar dessa culpa secreta que não lhe deixa em paz".

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