Trancada

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MADELAINE SMITH

Esse capítulo contém violência sexual e gatilhos*

Um lixo, era como eu me sentia. Achei que o Negan já tinha ultrapassado todos os limites que existem, agora me tratar como uma prisioneira foi o pior deles.

Já faz horas que eu tô aqui, chorando, com frio, e com medo, ele não descobriu que ajudei a Sherry e o Dixon a fugir, mas acha que eu tô sendo fraca.

Fraqueza pra ele, é ser bondoso, ter humildade e não sair matando todos como ele faz.

Não posso deixar de ter a minha humanidade intacta, é o que me lembra a minha mãe, ela era gentil, nunca foi egoísta, e com certeza não aprovaria nada do que o marido dela faz.

(...)

Creio que já se passou 2 dias que estou aqui, aquele loiro insuportável trouxe um copo de água, por dia.

Estou com fome, e com sono, não conseguir pregar o olho aqui, ontem o Dwight me trouxe uma roupa de prisioneiro, e sinceramente preferia morrer, a roupa fede e é super quente.

Trabalhei hoje lá fora reunindo aqueles zumbis, no sol quente sob o olhar daquele psicopata, pela primeira vez não tinha um sorriso em seu rosto, ele estava de cara fechada e me olhando atentamente, não conseguir encará-lo meu ódio por ele podia aumentar e eu podia fazer uma besteira.

Já decidi o tempo que estou aqui que vou fugir, não posso ir pra muito longe ainda quero ver a derrota dele de perto, mas aqui não dá mais.

(...)

Mas um dia nessa cela e acho que vou enlouquecer não comi nada até agora e fico fraca a cada segundo que passa.

Escuto passos e sei que meu martírio chegou. A porta é aberta e o loiro aparece.

- Eae herdeira tá confortável ? - Aquele cópia fajuta debocha, mas eu não respondo sei que isso o deixa mas irritado - Nem um bom dia? Péssimo pra você, tá uma chuva terrível lá fora, mas o chefe mandou somente você arrumar os zumbis hoje.

Ele fala com mais deboche na voz e me puxa pra fora da cela, vai me empurrando até chegarmos lá fora.

Assim que as portas são abertas eu vejo a chuva cair intensamente lá fora, e os zumbis mais agitados, trovões cortam o céu e o loiro me empurra pra chuva.

Vou até os zumbis e arrumo um a um deles, a chuva só aumenta eu estou ensopada, e cansada já faz horas que estou arrumando esses zumbis e esse loiro de uma figa diz que estão errados.

Escuto a porta se abrir de novo, mas não me viro, tenho um pressentimento ruim de quem seja.

O loiro me chama dizendo que o serviço terminou e me puxa pra dentro, sinto o olhar dele sobre mim, mas não solto nem sequer uma palavra.

Sou trazida pra essa cela de novo, agora com mais frio do que posso administrar, meu corpo inteiro treme e meus dentes batem um no outro.

Escuto passos pesados, e já prevejo quem é, a porta é aberta e revela o homem que eu costumava chamar de pai.

- Tá aqui sua comida, será a única coisa que você vai comer até se passar 3 dias novamente.

A Filha Do Inimigo - DARYL DIXONOnde histórias criam vida. Descubra agora