*Capítulo 53*

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PV: Yoko

*Levantando-se da cama, vejo minha mamã ficar completamente atordoada com minhas perguntas, isso só comprova de que ela era realmente era a jovem filha bastarda de um mafioso russo, até porque não seria tão difícil responder se não estivesse envolvida pelo sangue.*

-Mamã.- Yoko

*A chamo, obtendo nenhum resultado de resposta, percebo que ela está sussurrando algumas coisas sem sentido, coisas que não entendo muito bem, confesso que nunca havia visto minha mamã assim.*

-Mamã.- Yoko

*Chamando pela segunda vez ela sai de seu transe, olhando para mim de uma forma que nunca imaginaria me olhar antes, com medo e uma mistura de raiva.*

-Porque me fez essas perguntas?? Não tenho nada haver com eles.- Alana

-É porque Pietro trouxe as filhas do senador para cá, ao meu pedido, elas me contaram uma história que me deixou intrigada com sua origem.- Yoko

-Essa história é de uma certa garota, filha bastarda do maior mafioso russo que se perdeu quando ele matou todos na casa dela por uma paixão problemática??- Alana

-Sim, se a senhora sabe isso quer dizer que essa garota que se perdeu no dia naquela trágica noite era você?? Não era??- Yoko

-Não, está enganada.- Alana

-Mamã, preciso saber, toda essa história forma o quebra cabeça do seu passado, até porque você nunca disse sobre meus avós.- Yoko

-Yoko, não dizer sobre seus avós vou uma decisão minha.- Alana

-Porque?? O que eles te fizeram??- Yoko

-Esqueça essa história, não vai ganhar nada querendo investigar algo que não vai te levar onde quer.- Alana

-A senhora tem medo, não é?? Tem medo de que se eles descobrirem sobre você, possam vir atrás de todos, que possam fazer os mesmos atentados no passado, confie em nós, na sua família, ninguém vai condenar.- Yoko

-Aquela garota está morta, ninguém vai encontrá-la, sei que está investigando isso para ajudar seu namorado, mas pense bem Yoko, se essa sua investigação prejudicar nossa família ou o futuro dos meus netos, não vamos te perdoar, mexer no passado enterrado de alguém é como revirar a cova, isso é um aviso.- Alana

*Com essas palavras, mamã sai do meu quarto batendo a porta com força, o barulho foi tão nítido que deve ter escutado no andar de baixo.*

-Não vou desistir tão fácil assim.- Yoko

*Preciso planejar algo para confirmar essa história, além de ter a reação ansiosa da mamã, preciso de provas concretas, como um teste de DNA, mas para isso teria que ficar cara a cara com meu suposto avô, única pessoa que poderia me levar a ele seria o Abraik, e para encontrá-lo Liam teria que me levar até ele, óbvio que meu namorado nunca algo assim.

Passo quase uma hora andando de um lado para o outro pensativa, até me esqueço sobre a festa de hoje.

Escutando risadas do lado de fora da casa, ando até a sacada, vendo meus irmãos brincarem com meus sobrinhos, ver esse tipo de cena acalma um pouco meu coração e posso refletir em paz.

Qualquer passo em falso, toda essa felicidade e momentos bons serão destruídos em uma só tacada, por isso, preciso conter minha curiosidade. Aceno para eles assim que me vêem na sacada.

Desculpa Liam, mas vou ter que ler o diário do Noah sem você, ando até minha escrivaninha, abrindo a gaveta e retirando de lá o caderninho.

Começo a ler cada parte de forma importante, não deixando passar nada, nem mesmo as palavras rabiscadas em errado, Noah descreve seus medos, tristeza e ansiedade sobre liderar a máfia e se tornar um ótimo líder, todos eram rígidos com ele, que bom que apesar de toda aquela rigidez não destruiu o coração gentil dele, a medida que vou lendo me conecto com uma parte desconhecida dele, até chegar na parte mais sensível, quando conheceu a garota amada.

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