Pillow Toy

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Jeongguk estava determinado a deixar o conforto do seu dormitório na Columbia College para visitar a sua família em Busan, Não fosse por um passaporte perdido e a insistência de Jimin pra que recuperasse o seu travesseiro, ele não teria se deparado com Kim Taehyung — seu crush e colega de quarto —, utilizando o travesseiro de forma não convencional e completamente inusitada.

No fim das contas, valeu a pena ter perdido o seu passaporte e esquecido o travesseiro.


✨🌙✨




Eu conseguia ouvir os cacos do meu coração se quebrando, assim como eu conseguia ouvir minha mãe me xingando muito por telefone quando ela me ligasse perguntando onde caralhos eu estava.

Meu voo tinha partido e eu sequer poderia pedir para embarcar no próximo voo, porque o burro esqueceu o passaporte. Agora... onde?

Grunhi sozinho com as malas em minha volta.

— O próximo voo direto para Busan é só amanhã e nós não temos assentos vagos, senhor — a atendente ditou sem ânimo. — Temos um outro voo, mas ele para em Berlim, Washington e Japão.

— Não vai adiantar de nada se você não buscar seu passaporte, Jeon — Jimin murmurou as minhas costas. — E o seu travesseiro.

— Obrigado, moça — murmurei sem humor para a atendente, puxando as minhas malas com a ajuda do Park. — Eu vou ouvir um monte da minha mãe.

— Ah, que é isso, cara. — Ele riu, deixando um soco de leve em meu braço. — É só falar pra ela que preferiu passar as férias aqui, sei lá, trabalhando?

— Jimin, já faz dois anos que eu não vejo minha família — resmunguei ao que andávamos lado a lado para fora do aeroporto. — Nas férias anteriores eu realmente estava trabalhando para juntar dinheiro o suficiente para, ironicamente, não ter de trabalhar essas férias e poder ir para lá.

— Bom, você pode falar a verdade, então. Diz que esqueceu o passaporte. E o travesseiro.

— Qual a sua cisma com o travesseiro? — perguntei, olhando para o mais velho. Jimin me ajudava a colocar as malas de volta no carro.

— Não é cisma — ele bufou. — É impossível dormir em uma cama que não é nossa, você sabe. — Concordei, mas não totalmente. Se eu tenho sono, eu simplesmente durmo. — Imagina dormir em uma cama que não é sua e ainda por cima sem o seu travesseiro — falou como se aquilo fosse a coisa mais horrível do mundo, com direito a tremelique. — Deus me livre.

Entramos no carro e eu, relutante, liguei para minha mãe — sorte a minha que ela não estava em casa. Meu irmão mais velho, Junghyun, atendeu e riu muito da minha cara por ter esquecido o passaporte, dizendo que ele não ia ser o garoto do recado. Ou seja, teria de ligar mais tarde e enfrentar a fera, mamãe, pelo telefone de qualquer maneira.

Quando ainda estávamos no colegial, eu e Jimin resolvemos que iríamos nos empenhar nos estudos para conseguir bolsas para as melhores faculdades do mundo. Com a ajuda de nossos professores, estudamos feito dois loucos para tentar qualquer uma das grandes faculdades da Liga Yve. Nossas famílias eram amigas e até certo ponto nos apoiaram também, pelo menos até nós dois recebermos as cartas de aprovados para a faculdade de Columbia. Havíamos conseguido e nossos pais entraram em choque.

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