Ciquenta Cinco

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LIDIANE

De verdade? Nunca mais saiu com esse traste do Alessandro,inventei de pedir pra ele me dar bonde pra mim e pras meninas pro baile pra nenhuma de nós precisar ir de moto táxi pra evitar gastar dinheiro e pra também já agilizar meu lado aproveita que ele já iria também né,aí quando chego aqui ele coloca piranha junto comigo dentro do carro,tiração !

Mais não vou falar nada não até porque é capaz deu sair como errada,sem contar que o carro é dele né, mais tá suave.
O melhor remédio é o desprezo.
Observei a mulher que ele tava pegando e não era tão feia por sinal,se não me engano já havia visto ela algumas vezes aqui na favela,ela tava com um olhar de sem graça porém de cabeça erguida na postura.

Enfim resolvi voltar pra cidade de Deus já tava me sufocando ter que ficar o dia todo parada sem fazer nada naquela vila Kennedy,não já lá seja chato mais prefiro mil vezes aonde eu nasci aqui na cidade de Deus,sem conta que tava com muita saudade da minha rotina diária e das meninas(o). E também a discussões com minha mãe só resultou nisso e me ajudou a voltar pra cá ,e vim pra ficar ! Não pra ficar pulando de galho em galho que nem macaco,indo pra vila kennedy depois voltando pra cá,haja pique né,tô fora disso.
Ainda mais pelas patifarias do Alessandro de ficar invadido favela e causando invasão nas deles também,ele é complicado demais cara,depois ainda que falar da minha personalidade.

Assim que eu chegamos no pagode do Laércio que tava já bombando de gente eu desci rápido acompanhada das meninas e dos viados,já entrando e sendo atração do local.
Comprimentei algumas clientes que vi no caminho e paramos numa mesa fazia e logo após fizemos o nossos pedidos.
Tadeu: Hum,teu irmão de mona nova ,nunca vi ele com mulher - se pronunciou e eu neguei com a cabeça.
Lidiane: muda de mona igual muda de roupa e maior cafajeste é porque vocês não tá ligados.

Paulinha: mais eu nunca vi ele com ninguém- falou num tom óbvio. - talvez ele não goste de expor né,ele já é bem rígido e fechado na dele.
Thi: e mais pelo jeito agora é impossível fugir das más línguas, trouxe a mona pra cá pro pagode - Disse olhando na direção da mesa do meu irmão que tava cheia de bandido enquanto a mulher permanecia nas pernas dele com uma cara de poucos amigos.
Paulinha: já já rola um babado daqueles, porque ninguém nunca viu ele com ninguém né,mais tarde vou até atualizar o feed do meu Twitter

Lidiane: e mais agora vamos focar aqui... e tu tiana ,porque tá calada aí fazendo a linha da Katia- me pronunciei vendo ela só de canto observando tudo ao redor do pagode.
Tiana: tô normal Lidiane,só tô desfalcada dessa papo porque não tenho oque opinar ,não conheço nenhum dos dois. - respondeu fazendo pouco caso e o Tadeu olhou bem pra cara dela e ela percebeu e virou o rosto voltando a olhar ao redor do pagode
Lidiane: ue ,conhece sim ! Daquele dia que ele ia te batendo lembra? Que tu catou e bateu naquela loira puta. - falei me referindo a briga do salão.
Paulinha:aí esse dia foi babado.. - falou enquanto ria.
Tiana: aí,nem fica me lembrando dessas coisas ,pelo amor de Deus! - falou num tom de enojada e percebi que nossos pedidos haviam acabados de chegar.

Comecei os trabalhos bebendo horrores naquele pique,já desci um licor 53 purinho já animar e começar a noite daquela forma que mereço. Fiquei sambando ao som do pagode que tocava ao vivo e tava um climinha gostoso e favorável,chamei a Paulinha pra ir no banheiro comigo e usei,sai da cabine e logo após lavei minha mão e quando me virei pra sair me deparei com quem menos eu esperava ver essa noite ,bem parado no corredor do banheiro fumando de cabeça baixo e boné enterrado na cabeça,se eu não conhecesse a raça diria que era um gostoso.

Quando o diabo não vem manda secretário né? Essa frase nunca fez tanto sentido nesse momento, mais enfim
Passei pelo maridão que levantou o olhar permanecendo de cabeça baixa e me olhou com olhar frio e calculista,aqueles de arrepiar mesmo. Mais evitei e fingi que nem havia visto,até sentir um mão segurar meu braço me impedindo de continuar andando,olhei pro meu braço e me virei pra ele que me olhava com o mesmo olhar ainda preso em mim.
Lidiane: tem como larga meu braço por favor? Ou iremos ter que resolver na marra?- respondi num tom ignorante e ele soltou um ar de riso como se não ligasse.
Maridão: posso falar contigo não cara? Só pra esclarecer os bagulho,vou fazer nada contigo não garota.
Lidiane: que papo ?troca com psicóloga,eu tô ocupada no momento,e você também já deixou tudo esclarecido quando me mostrou que era casado.
Maridão: para de k.o cara,só vamo aí lidiane ,cheia de marra tu - falou num tom impaciênte e Observei a Paulinha que ficou parada alguns metros distante da gente esperando uma atitude minha enquanto nos olhava.
Lidiane: não tô afim,nem hoje é nem mais nunca! Me erra ,porque você tem mulher! - falei num tom firme me soltando dele que permaneceu no mesmo lugar negando com a cabeça e bufando.

Pode fazer carrão,me ter denovo que não vai! Nem de homem comprimido eu gosto ,ainda mais o qual eu pego uma vez e já me traz problema,tô fugindo desse tipo e de qualquer outro tipo semelhante e esses.

SALMO 91[M!]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora