M-A-M-A. G-I-R-L.
Mamas Girl.
Alicent Hightower amava todos os seus filhos... Amava, e ninguém poderia negar isso.
Contudo, ela sempre nutriu um amor especial por sua filha mais nova, Aemma Targaryen.
Aemma não se assemelhava nem agia como seus irmã...
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Passaram-se várias horas desde que a Rainha Alicent Hightower começou o trabalho de parto, ofegante e ansiosa, aguardando o momento certo para começar a empurrar.
Quando finalmente pôde iniciar o processo, os gritos e pedidos de alívio irromperam no ar enquanto ela dava à luz.
Solitária como sempre, não tinha ninguém ao seu lado, apenas cercada por damas de companhia e o Meistre.
Num momento que deveria ser de alegria familiar, Alicent encontrou-se imersa em tristeza ao dar à luz.
Receber mais um filho neste mundo, neste reino, criá-lo nos muros do Forte Vermelho, sabendo que não receberiam amor paternal.
Pelo menos, não do verdadeiro pai.
"Empurre, Vossa Graça!", incentivou o Meistre, tirando a Rainha de seus pensamentos sombrios. "Empurre!"
Após um profundo suspiro trêmulo, Alicent gritou por todo o Forte enquanto se esforçava ao máximo.
Este parto parecia ser muito mais difícil e menos suave do que os anteriores com Aegon e Helaena.
Com toda a dor e sofrimento, veio um alívio passageiro quando a dor diminuiu um pouco, o Meistre exclamando: "Um menino!", seguido pelos gritos do bebê.
Tentando recuperar o fôlego, Alicent observou enquanto uma das damas de companhia pegava seu filho recém-nascido e começava a limpá-lo com um pano antes de se afastar.
Estendendo os braços para pegar seu filho aflito, Alicent gaguejou e gemeu ao sentir a pressão se acumulando novamente.
"Minha Rainha?", a dama ao seu lado perguntou preocupada, enquanto Alicent colocava as mãos sobre o estômago.
Neste momento, o Meistre voltou entre suas pernas e gasped. "Gêmeos!", ele comemorou.
Gemendo, Alicent começou a se preparar para mais dor, cerrando os olhos para tentar aliviá-la.
No entanto, mais uma vez os abriu quando sentiu pouca ou nenhuma dor, vendo o Meistre segurando outro bebê em suas mãos com olhos arregalados.
"O que é isso?", Alicent perguntou assustada com a expressão do homem, sem ouvir choro do bebê, pensando que poderia estar morto e já começando a chorar com essa possibilidade.
"N-nada, Vossa Graça, é uma menina", o Meistre sorriu orgulhoso, entregando a criança a outra dama de companhia para limpá-la.
A dama de companhia deu um suspiro ao ver a menina e olhou para o Meistre com olhos arregalados, que apenas balançou a cabeça.
"O que está acontecendo? Ela está bem?", Alicent perguntou preocupada, observando as reações do Meistre e das damas de companhia à sua filha.
A diferença entre seu filho e filha nas reações dos outros e em seus nascimentos era evidente.
