𝐆𝐨𝐝'𝐬 𝐆𝐚𝐦𝐞

𝟶𝟺| 𝙽𝚘𝚝 𝚊 𝚝𝚛𝚞𝚎 𝚃𝚊𝚛𝚐𝚊𝚛𝚢𝚎𝚗

As notícias se espalharam de Pentos por todos os Sete Reinos sobre a morte de Lady Laena Velaryon, esposa do irmão do rei, o príncipe Daemon.

Ela morreu uma verdadeira morte de cavaleira de dragão após lutar por horas no parto, junto às chamas de seu dragão, Vhagar, o dragão mais antigo e maior ainda vivo.

Agora, toda a família está reunida em Driftmark. Havia os Velaryons, juntamente com os filhos de Daemon e Laena.

Então, havia os Targaryens, Viserys, Daemon e toda a parte da família Targaryen de Rhaenyra, e finalmente, a parte da família Targaryen dos Hightower.

Após o incidente com o porco, Rhaenyra mudou-se com sua família para Dragonstone e, após a morte do antigo Mão, Otto Hightower foi chamado de volta para servir o Rei.

Enquanto estavam no cais, observando Vaemond Velaryon falar, o tio de Laena, havia uma clara divisão na Casa do Dragão.

Todos ao redor estavam vestindo preto, enquanto a parte dos Hightower da família usava um verde escuro muito discreto, pouco perceptível ao sol.

Olhares eram trocados entre os membros mais velhos das famílias, todos passando olhares uns aos outros.

"Nos reunimos hoje junto ao mar para entregar a Lady Laena da Casa Velaryon às águas eternas, ao domínio do Rei Merling, onde ele a guardará por todos os dias que virão."

Vaemond falou em Valiriano, todos os Targaryen entendendo suas palavras, exceto Aemma, que nunca realmente compreendeu a língua.

Diziam que o Valiriano sempre era natural para os Targaryen porque corria em seu sangue, razão pela qual todos os outros ao seu redor entendiam tão bem, mesmo em tenra idade.

Isso sempre fazia Aemma pensar que não era uma verdadeira Targaryen por sua aparência, sem dragão ou pelo fato de ter dificuldades com a língua nativa deles.

Parecia que as únicas pessoas que não conseguiam entender eram aquelas que não eram Targaryen.

Os da família eram os Hightowers, Otto e Alicent, mas parecia que os filhos de Rhaenyra também estavam tendo a mesma dificuldade que ela.

"Enquanto ela parte para o mar em sua última viagem, Lady Laena deixa duas filhas verdadeiras na costa. Embora a mãe não retorne de sua jornada, todas permanecerão unidas pelo sangue. O sal percorre o sangue Velaryon. O nosso é espesso. O nosso é verdadeiro e nunca deve rarear."

Todos os adultos no funeral entenderam a mensagem que Vaemond estava tentando enviar ao olhar para Rhaenyra e seus filhos, questionando sua legitimidade.

Daemon surpreendeu a todos quando começou a rir incontrolavelmente no final das palavras de Vaemond, no funeral de sua esposa e mãe de seus filhos.

"Minha gentil sobrinha. Que os ventos sejam tão fortes quanto suas costas, seus mares tão calmos quanto seu espírito, e suas redes tão cheias quanto seu coração. Do mar viemos. Ao mar retornaremos."

Com essas últimas palavras de Vaemond, os cavaleiros ao redor do túmulo em forma de Lady Laena começaram a puxar as cordas que estavam envoltas nas laterais.

Isso fez com que o túmulo começasse a ser puxado para o mar, chegando à beira do penhasco e caindo no oceano ao redor de Driftmark.

Afundando nas profundezas, onde seu último lugar de descanso estaria junto com seus ancestrais.

"Não gostaria de brincar com seus irmãos, minha Flor?", Alicent perguntou à sua filha mais nova, olhando de Aemma para onde os outros três estavam.

Aemma decidiu ficar entre sua mãe, avô e Sor Criston em vez de ficar com seus irmãos.

"Prefiro ficar com você, enquanto Helaena está com seus insetos", Aemma argumentou.

"E Aemond?", Alicent então perguntou a ela, não querendo que ela perdesse nada.

"Irei até ele assim que Aegon o deixar", Aemma sorriu para sua mãe, que sorriu de volta, arrumando o cabelo da criança.

Conforme ficou mais tarde, Aemond foi até eles em vez de Aemma ir até ele, ambos cansados demais para brincar.

O sol começou a se pôr enquanto a lua surgia, outros começando a se recolher para dormir.

Aemond foi com Otto mostrar onde ele tinha visto Aegon pela última vez, ele que havia despejado seu valor em copos e os bebeu, agora caído inconsciente nas escadas.

Helaena já havia se retirado para a cama, levando seu novo inseto consigo para estudá-lo mais.

Aemma ficou segurando a mão de sua mãe enquanto se inclinava contra o corpo de Criston, quase adormecendo em sua presença reconfortante.

Viserys levantou-se e começou a mancar para fora da área do pátio onde estavam, sua bengala batendo no chão, parando ao lado de Alicent enquanto a olhava.

"Vou para a cama, Aemma", ele disse bruscamente a ela, Alicent se afastando quando ele disse isso, olhando através dele.

"Devo cuidar da Rainha Alicent, Vossa Graça?", Ser Harrold Westerling, o Comandante da Guarda Real, corrigiu seu rei.

"Não, Ser Harrold", Viserys empalideceu, começando a andar com sua bengala novamente para longe, enquanto Alicent o observava com dor nos olhos.

"Por que ele me disse isso?", Aemma expressou inocentemente em confusão, olhando para sua mãe e Ser Criston.

"Ele está doente, Flor", Criston falou cuidadosamente, não querendo estragar a jovem inocência dela por causa de seu pai. "Deixe-me levá-la para seus aposentos."

Criston estendeu a mão, já esperando que a mão pequena se agarrasse à sua. Aemma sempre gostava de ter contato físico com alguém, não importa o que acontecesse.

Então, levando-a para onde ela ficaria esta noite, Alicent agradeceu a Criston com um aceno de cabeça por ter inventado uma pequena mentira rapidamente para sua filha e depois a tirou da situação.

Ser Criston devolveu o gesto com respeito e confirmação de que sempre estaria lá para proteger ela e seus filhos, mas especialmente sua pequena flor.

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