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Billie

-- Mamãe, eu nao quelo a eivilha -- Melinda diz olhando para S/n

-- deixa no cantinho do prato bebê, se não gosta não precisa comer, ok?-- S/n responde e posso ver seu irmão olhando para Melinda

-- já pensou em leva-la em um fonoaudiólogo? Acho que poderia ajuda-la -- Marcelo pergunta e posso ver S/n respirar fundo. Se tem uma coisa que incomoda ela é quando falam sobre a forma como nossa filha fala

-- eu acho que ela fala perfeitamente bem, isso não a incomoda, e eu consigo compreende-la, você não? Caso não consiga, tenho um contato de um oftalmologista muito bom -- S/n diz calmamente, nem parece que ela esta a um passo de manda-lo embora. Não é o primeiro comentário desnecessário que ele faz sobre algo -- aliás, para que exatamente veio?

-- eu... Queria vê-los e... Pedir sua ajuda

-- Com o quê exatamente? -- S/n pergunta, sua postura ainda defensiva, mas aberta a ouvir o que Marcelo tem a dizer. A tensão no ar é palpável, mas ela mantém a calma, dando a Marcelo a chance de explicar sua visita inesperada.

Marcelo parece um pouco desconfortável, talvez percebendo que seu comentário anterior não foi bem recebido. Ele limpa a garganta antes de continuar, escolhendo suas palavras com mais cuidado desta vez.

-- Bem, é que... Preciso da ajuda de vocês... S-Sei que são uma família um tanto influente na mídia, principalmente Billie... E eu abri um consultório odontológico...

-- E você estava pensando se poderíamos ajudar a divulgá-lo? -- S/n conclui por ele, já entendendo onde Marcelo quer chegar com a conversa.

Marcelo acena, um pouco mais aliviado por S/n ter captado sua intenção rapidamente.

-- Sim, exatamente. Eu sei que é muito pedir, principalmente depois de... bem, eu não fui exatamente o tio mais amável ou atencioso. Mas estou realmente tentando melhorar isso, e o consultório é muito importante para mim e para minha família.

S/n olha para mim novamente, buscando uma segunda opinião. Não é a primeira vez que utilizamos nossa influência para ajudar amigos e família, mas cada pedido como esse requer uma consideração cuidadosa.

-- Vamos pensar sobre isso, Marcelo. Não podemos prometer nada agora, mas entendemos a importância do seu pedido. -- digo, tentando manter um equilíbrio entre o desejo de ajudar e a necessidade de garantir que estamos tomando a decisão certa para todos os envolvidos. -- Talvez haja uma maneira de ajudar que se alinhe com os nossos princípios e também apoie o seu empreendimento.

Marcelo parece genuinamente grato por essa abertura.

-- Eu realmente agradeço isso, de verdade. E eu... Eu sinto muito se causei algum desconforto antes. Estou trabalhando para ser uma pessoa melhor, não apenas por mim, mas pela minha família também.

Com isso, a refeição prossegue, um pouco mais leve do que antes, agora que os assuntos mais pesados foram discutidos. Há uma sensação de que, talvez, essa conversa tenha aberto caminho para mais entendimento e apoio mútuo dentro da família.

(...)

-- amor, é seu irmão -- falo e S/n revira os olhos. Já estamos nos preparando para dormir

-- qual foi a última vez que ele ligou para saber se eu estava viva? Acho incrível que esse tempo todinho eu estive aqui, e simplesmente não me lembro dele me procurar para saber como eu estou. Ele soube que nos casamos por uma postagem no Instagram, soube que tinha sobrinhos por uma postagem no Instagram... Ele nem sequer sabia que eu estava fora do Brasil a quase quatro anos naquela época. Ele só veio saber por causa de uma droga de ligação pedindo ajuda! Ele só me procura nesses momentos

-- Eu sei, eu sei... -- digo, compreendendo a frustração de S/n. -- Mas talvez ele esteja tentando melhorar, talvez essa seja uma oportunidade para ele. Não estou dizendo que você deve simplesmente esquecer tudo o que aconteceu, mas talvez possamos ouvir o que ele tem a dizer. Se for outra coisa que só beneficie ele, podemos simplesmente dizer não. O que acha?

S/n suspira, claramente dividida. A dor e a frustração em seu olhar são palpáveis, mas também há um vislumbre de esperança, talvez a esperança de que as coisas possam mudar para melhor.

-- Tudo bem, vamos ouvir o que ele tem a dizer. Mas se for só mais do mesmo, eu juro que essa será a última vez. Não posso deixar que ele continue entrando e saindo da minha vida e da vida dos nossos filhos como se nada tivesse acontecido. -- S/n diz, sua voz carregada de determinação. Eu aceno, concordando com sua decisão.

-- Isso parece justo. Vamos estabelecer nossos limites claramente. E quem sabe? Talvez essa seja a chance dele de mostrar que realmente quer fazer parte da nossa família.

Com isso, S/n pega o telefone, preparando-se para ler as mensagens. O silêncio que se segue é carregado de tensão e expectativa, um momento decisivo que pode muito bem definir o curso de seu relacionamento com o irmão daqui para frente. Independentemente do resultado, estou aqui para apoiá-la, pronta para enfrentar o que vier ao lado dela.

New Ties (Billie/You) GpWhere stories live. Discover now