Brenda para na entrada, sua respiração é lenta. O cheiro do seu perfume, suave e doce, embrulha meu estômago quase que imediatamente.
— O que você faz aqui? — pergunto de uma vez. Seguro a porta para criar uma muralha entre ela e meu namorado. Apolo não se opõe e se posta atrás de mim, coloca as mãos em meus ombros e faz movimentos suaves como uma bela massagem. Sinto isso como um lembrete do que aconteceu ontem com Leona e sei que ele não quer que isso se repita.
— Eu... — hesita. — Vim conversar com o dono da casa.
Seus olhos vão direto para meu namorado e sinto vontade de fechar a porta com brutalidade.
Apolo emite um som esquisito, suas mãos continuam aconchegadas em meus ombros.
— Bem, para a sua sorte, você está diante dele — diz ele sutilmente. — Mas acredito que você seja melhor do que isso, não é, Brenda?
— O que quer dizer? — Ela franze as sobrancelhas para ele. Parece que não existo entre eles.
Mordo o interior do lábio, furioso.
— Não aja como uma garotinha birrenta que não sabe se portar em uma conversa adulta. Sua mãe te deu educação o suficiente para isso.
Falar de Antônia faz com que Brenda se enrijeça. Isso dura por um segundo, mas vejo a tristeza passando pelo seu rosto como uma sombra, então ela sorri como se nada tivesse acontecido.
Brenda ergue a mão e a passa nos cabelos impecáveis, colocando os fios rebeldes inexistentes, no lugar.
— Eu estou um pouco nervosa... — Ela meio que engasga com as palavras, a voz tão baixa que enfrento dificuldades para ouvir. — Vir até aqui é um pouco...
— Então por que veio? — A corto como uma lâmina.
— Com licença, senhor. — Yelena chama ao fundo, sua voz séria reverbera nos meus ouvidos com força.
— Já volto — anuncia Apolo não sei se para mim ou para a "convidada".
Suas mãos saem dos meus ombros, mas não me sinto leve, ao invés disso sinto como se meu corpo pesasse mil quilos. Gostaria era de pesar a minha mão na cara da moça diante de mim.
Brenda não me olha.
— O que você quer, Brenda? Pode falar — indago entredentes. — Não está mais feliz com o seu namorado?
— Nós não somos... — Hesita de novo.
Franzo as sobrancelhas.
— Não?
— É sobre o Carlos que quero falar com vocês.
Fico calado, minha mão na porta já começando a ficar dormente por causa da força.
Ela não diz nada e nos encaramos como dois idiotas. Sei que ela está fazendo de proposito. Não confio nessa garota!
Apolo volta, sinto sua presença antes que suas mãos retornem para meus ombros, amaciando-me.
— Eu vim falar sobre o Carlos — informa para ele.
— O que temos a falar sobre o Carlos? — questiono.
— Ele saiu ontem dizendo que viria aqui. — Seus olhos permanecem presos no meu namorado.
— Ele esteve aqui, sim, mas não demorou — responde Apolo, baixo.
Suas mãos me deixam leve de novo.
— É que ele não voltou, então vim até aqui pra saber se vocês sabem de alguma coisa... — Sua voz mansa me surpreende mais do que a informação.
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GUIANDO O PRAZER (+18)
RomanceQuando tudo parecia estar indo bem, Apolo e Alexandre descobriram que na verdade era apenas o começo. Seus problemas haviam apenas começado e agora terão que lidar com coisas ainda maiores, pois o destino tem seus próprios planos para suas vidas. Se...