Capítulo 23

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Pete


— Benz está planejando ir embora. Ele me contou ontem à noite quando cheguei em casa, e não sei se ele sabe de alguma coisa ou se estava me testando. Eles saíram para ir a algum lugar hoje à noite, ele não disse onde, mas algo está acontecendo, — explico, tentando trazer a conversa de volta para o motivo pelo qual vim aqui em primeiro lugar.

Essa explosão histérica exauriu meu cérebro. Simplesmente surgiu do nada. 

Foi como quando eu era mais jovem, como eu me agarrava a qualquer coisa que me fizesse sentir alguma coisa. Cheguei à idade adulta e Vegas está sofrendo o impacto. Era como se eu estivesse tendo um colapso, o medo de estar perdendo o controle sobre ele. Mas ele não é meu, porra. Por que não consigo entender isso?

— Eu sabia que deveríamos ter trazido os filhos da puta logo depois, mas Kinn queria esperar, — diz ele, depois faz uma pausa para pensar. — Ok, vou ligar para Kinn e dar o pontapé inicial.

— E quanto a mim? O que acontece comigo agora, Vegas? — Eu pergunto, e permito que a leve vulnerabilidade em minha voz apareça.

Ele olha para mim sem emoção, sem reação. É como se nada tivesse acontecido entre nós e é a primeira vez que sinto uma leve pontada de dor no peito. Não posso permitir, ele foi claro desde o início e esse é o meu problema.

Considerando meu comportamento esta noite, é algo que preciso melhorar.

Talvez manter distância ajude.

— Nada. Eu disse que se você ajudasse você seria livre, e você é.

— E quanto à outra coisa? — pergunto e ele parece confuso, como se estivesse tentando repassar todos os encontros que tivemos para procurar a pergunta que estou fazendo.

— Que coisa? — ele diz.

— Eu quero participar disso. Eu quero ser aquele que acabará com Benz. Esse era o acordo. — Ele bufa e isso me irrita pra caralho. —Não ria de mim, Vegas. Isto é minha vida! — Eu grito com ele.

Instantaneamente, todo o humor de seu rosto desaparece. Antes que eu perceba, ele me bateu contra a porta, me trancou e, porra, é incrível ter suas mãos em mim novamente.

— Você esqueceu seu lugar, corça. Eu matei por menos do que a sua atitude atual. Eu não fiz tal acordo, você apenas presumiu. — Ele relaxa a mão, mas com a respiração tão perto do meu rosto, sinto meu corpo ficar mole, como se ele fosse a única coisa que me mantém de pé. Eu mantenho meus olhos fechados. Não posso olhar para ele agora. É muito.

Uma risada rouca vibra perto do meu ouvido, os cheiros de seu charuto e loção pós-barba enchem minhas narinas, estabelecendo-se em minhas memórias centrais como seu perfume característico.

— Entendi agora, você quer um pouco de atenção, não é? Hum? É por isso que você está realmente aqui, — ele diz em voz baixa em meu ouvido. Está fazendo meu cérebro derreter. Sua voz carrega uma cadência hipnótica que me puxa para baixo, tornando difícil pensar.

To Kill YouWhere stories live. Discover now