A loira não ouvia direito, um apito agudo em seus ouvidos enquanto via a boca da mulher se mover rapidamente.
Não conseguia entender. Estava tudo muito confuso.
— corra pra longe.
Foi tudo que entendeu antes de ser empurrada em direção a floresta. Ao longe ela viu os guerreiros se aproximando com espadas e arcos, alguns com tochas.
Perigo.
Sua mente gritava, tentando se orientar e se mover. Quando ela ouviu um grito, seu corpo pareceu ativar. Ela viu o fogo tomando conta da casa, os gritos vinham de dentro. Elas ainda estavam lá. Uma lágrima desceu pelo rosto dela e ela virou as costas, correndo pra dentro da floresta com a espada firme na mão.
Não podia ceder.
Precisava ser forte.
Precisava sobreviver.
Sobreviver pra vingar sua família.
Sua aldeia.
E ela iria.
— os batedores voltaram — Indra falou assim que Ulrika saiu do quarto.
A loira ainda estava desorientada pelo sono, mas a olhou atenta.
— são pessoas.
— vindas do céu? Isso é possível? — ela se aproximou e se sentou na mesa, olhando pra mulher que descascava uma maçã.
— agora é. Anya vai fazer uma reunião pra decidirmos o que fazer com eles — Indra explicou.
— mas eles são perigosos? São uma ameaça?
A mulher a olhou séria.
— são invasores e devem ser punidos.
— mas não sabemos se são peri — ela se interrompeu.
Indra fincou a faca na mesa, o suficiente pra mais nova se calar e abaixar o olhar.
— sua aldeia foi dizimada por invasores.
Ela não precisava lembra-la disso, Ulrika sonhava com aquele dia todas as noites.
— não vamos esperar acontecer o mesmo conosco. Vamos atacar primeiro.
— o que ordenar senhora — a loira respondeu.
A mulher suspirou ao ouvir o "senhora". Ulrika respondia assim quando entrava no papel de guerreira.
— Ul — chamou pelo apelido e a loira levantou a cabeça pra olha-la. — estamos fazendo o melhor pro nosso povo.
— eu sei, mãe.
A mulher concordou e voltou a cortar a fruta, estendendo um pedaço pra loira, que aceitou e agradeceu.
— vá para o treino, te chamarão pra reunião.
A loira concordou e se levantou, colocando o pedaço da fruta na boca e pegando as botas e a espada, indo até a porta da cabana. Ela colocou as botas e saiu em seguida, indo até a parte em que treinavam.
— é sua vez Cruz — ela rodou a espada na mão ao adentrar o círculo, vendo o rapaz dar passos pra frente e fazer o mesmo.
— se eu conseguir atingi-la, vai sair comigo?
— se conseguir — ela desafiou e ele riu, avançando.
Ela desviou facilmente dele, batendo com o cotovelo em suas costas. Ele tentou ataca-la quando ela estava de costas, mas ela ouviu o pé dele derrapando na terra, seu cinto fazendo barulho e sua respiração entre cortando. Ela girou quando ele se aproximou, o vendo cambalear pra frente e a olhar irritado.
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The White Wolf, Bellamy Blake - The 100
FanfictionO lobo branco Bellamy não sabia exatamente o que estava fazendo. Desde que pousaram na terra, ele fez tudo pra que a Arca acreditasse que estavam mortos. Tudo para que as consequências de suas ações não o levassem a morte. Agora ele repensava isso...