004

141 18 3
                                    







— podem ir.

Os guardas concordaram, saindo da cabana. Ulrika estava saindo também, mas foi chamada.

— Ulrika. Chame o Lincoln. Faz dias que ele não se apresenta. — Anya pediu.

— tá bem. — ela saiu da cabana e suspirou, tocando o ombro.

Ainda doía, mesmo com os remédios. Ela foi pra prisão primeiro, vendo Murphy com um olho roxo.

— não se comportou?

— seus amigos decidiram me agredir gratuitamente hoje de manhã. — ele resmungou.

Ela parou na frente da porta e ele a analisou.

— você tá machucada. O que aconteceu?

— seu povo atacou a vila vizinha. Anya nos mandou pra ajudar.

Ele se levantou, se aproximando da grade.

— eles atacaram? Não, isso não faz sentido. Clarke nunca deixaria.

— foi um ataque aéreo. Explodiu no céu com uma luz chamativa e depois caiu, a vila pegou fogo. — ela explicou e ele franziu o cenho.

— não, não deve ter sido um ataque. A intenção era outra.

— não importa. Caçadores saíram de madrugada pra espalhar armadilhas pela floresta.

Ele tocou as barras da grade, se aproximando mais.

— isso não faz sentido. Eles não tem armas, atacar primeiro os deixa vulneráveis.

— seu povo é idiota.

Ele negou. Era outra coisa.

— quando estiverem todos mortos, Anya decidirá o que fazer com você.

— pera aí, eu ajudei. Eu dei informações. — ele falou.

Ela deu de ombros.

— sinto muito, não há nada que eu possa fazer. A decisão cabe a Anya. — ela se afastou da grade e deu as costas, saindo da prisão.

Ela passou em sua cabana, trocando os curativos de seus machucados e pegando os frascos vazios. Esperava que Lincoln tivesse mais.

Ela foi pra caverna e depois de alguns minutos chegou, entrando. Assim que entrou ela percebeu que tinha algo errado. Quando chegou mais no fundo, ela viu.

— que merda é essa? — ela tirou a espada do cinto e Lincoln entrou na sua frente, a puxando pra longe da garota.

— abaixa a espada. — ele pediu.

— o que você pensa que tá fazendo?

Ele respirou fundo. A garota os olhava confusa, não entendia o que estavam falando.

— ela tava machucada, indefesa. Iriam mata-la.

— você deveria ter a matado.

Ele suspirou.

— confia em mim.

— confio em você, eu não confio nela. — olhou pra garota.

Ela parecia apavorada.

— eu conheço você, conheço o seu coração. Você não quer machuca-los.

A loira olhou pra ele e respirou fundo, colocando a espada de volta na bainha.

— e o que pretende fazer? Não pode devolver ela pro povo do céu agora que ela viu a caverna.

— eu vou cuidar disso, tá bem?

The White Wolf, Bellamy Blake - The 100 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora