Recomeço - Gabigol

29° Episódio

Karol

Dia seguinte

Sabe um clima bosta? É o que tá aqui na casa do Gabi hoje.

Priscila tá passando muito mal, com bastante enjôo. Além de estar muito triste com a briga com o Matheus, que desde ontem não mandou notícia. E eu realmente tô preocupada dele ter dado perdido nela. E principalmente dela tá grávida, logo nesse momento de brigas entre eles dois.

- Gabi, vou na farmácia, tá? – digo ao entrar no quarto e ver meu noivo deitado na cama.

- Tá passando mal, Karol? – ele me olha preocupado.

- Não. A Pri que tá, aí vou comprar um remédio para ela. – sorrio.

- Quer que eu vá? – pergunta enquanto se senta na cama.

- Precisa não. Eu vou rapidinho. – sorrio e vou até onde ele está, dando um selinho rápido.

- Nada do Matheus? – Gabi me olha e eu nego. - Caralho, onde esse garoto se meteu.

- Não sei. Mas confesso que tô com medo dele ter feito merda. – digo olhando para ele. - Tipo, não quero ver a Priscila sofrer.

- Tomara que ele não tenha realmente feito merda. Se não, eu sou capaz de dar na cara dele. – Gabriel diz me olhando. - A Pri, é mó maneira.

- Então né. – sorrio fraco. - Torcer para ele só ter bebido a noite toda, e ainda tá dormindo.

- Vou tentar ligar para ele de novo. – Gabriel diz e eu assinto sorrindo e dando mais um selinho nele.

Pego minha bolsa que está em cima da cômoda, e saio do quarto. Vou novamente até o quarto da Priscila, e vejo ela deitada na cama, bem pálida e chorando muito.

- O que foi, Pri? – me sento do lado dela e aliso seu cabelo.

- Tô sentindo que o Matheus tá me traindo. – ela diz com seus olhos vermelhos.

- Não tá não. Ele só precisa de um tempo para ele. Daqui a pouco ele aparece. – dou um sorriso para ela. Na tentativa de confortá-la. - Vou lá comprar o remédio, vai querer mais alguma coisa?

- Teste de gravidez. – ela diz e coloca o travesseiro que o Matheus dormia no rosto. - Eu não posso tá grávida agora, Karol. – sua voz sai abafada, mas consigo entender.

- Calma, Pri. Lembra o que você falou para mim naquela época? – pergunto olhando para ela.

- Lembro. – diz tirando o travesseiro novamente do rosto. - "Você nunca mais estará só." – ela sorri fraco.

- Isso aí, pode tudo dar errado. Mas se você tiver esse bebê, tudo já deu certo. – sorrio para ela. - Você sabe tudo que eu passei, e sabe o quanto me mantive forte, por mim, e pela Cecília. E hoje falo com tranquilidade, a melhor versão que você pode ter na vida, é ser mãe.

- Ah, para porque se der negativo, eu vou chorar. – ela solta uma risada ainda chorando.

- Vou fazer o teste junto com você. Para te dar uma força. – sorrio para ela.