Confissões

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Fernanda e Pitel estavam sentadas no quarto, compartilhando um momento de conversa íntima enquanto o restante da casa estava ocupado em suas próprias atividades.

"Então você usou o quarto branco pra dar umas bitocas? Eu sabia que era tesão reprimido," provocou Pitel, com um sorriso malicioso nos lábios.

Fernanda suspirou profundamente, sentindo o peso das emoções pesando sobre ela. "Porra, Pitel. Eu tô sofrendo por amor aqui," confessou ela, sua voz carregada de tristeza e frustração.

Pitel inclinou-se para frente, olhando para Fernanda com preocupação em seus olhos. "Ei, eu sei que isso está te afetando profundamente. Mas você não pode deixar que isso te consuma. Você é mais forte do que isso, meu amor. Você vai superar, a s/n nem é tão bonita assim"

"Porra, não precisa mentir, né, Pitel? Aquela mulher é uma deusa grega, mas também é escrota e infantil pra caralho. Ela contou pra todo mundo da casa e no meio do ao vivo"

"E depois ainda beijou a Alane. Você viu como a bichinha ficou aérea? Foi uma cena impagável"

"Com amigas como você, não quero nem saber o que é ter inimigos" Fernanda reclamou, mas Pitel sorriu e a puxou para um abraço.

"Você realmente gosta dela, não é?"

Fernanda olhou nos olhos de Pitel, sua expressão revelando a complexidade de seus sentimentos. "Eu gosto, Pitel. Mas também odeio. É como se estivéssemos presas em um ciclo interminável de atração e repulsa. Às vezes, eu só queria poder me libertar desse sentimento."

Pitel apertou o abraço, transmitindo apoio silencioso pra mulher que tinha lágrimas caindo nos olhos.

"Eu não sou a melhor pra te dar os melhores conselhos, mas por que você não dá uma chance pra s/n? Vocês nem tiveram a oportunidade de entrar nesse sentimento"

"Eu não sei, Pitel. As emoções ainda estão tão recentes e tá doendo tanto, porra. Eu realmente odeio a s/n nesse momento" Fernanda disse secando as próprias lágrimas que insistiam em cair "Que porra, era pra eu estar de consolando, você que está no paredão"

Pitel abraçou a amiga com um sorriso pela sua mudança repentina e a sua tendência a xingar por qualquer coisa.

"Fofocar sobre a sua vida amorosa e caótica é muito mais interessante" Pitel brincou.

"Porra, a gente ia ter o nossos melhores momentos aqui dentro e não chorar pela s/n" Fernanda disse irritada "Eu odeio que ela é protagonista até nesse momento"

Como se o momento fosse combinado, o assunto das amigas acabou de entrar no quarto. S/n entrou no quarto com suas amigas, surpreendendo-se ao encontrar Pitel e Fernanda deitadas juntas, compartilhando um momento de conversa íntima. Ela hesitou por um momento, sem saber se deveria interromper, mas as remanescentes dos gnomos logo se deram conta de sua presença.

"Ops, não queríamos interromper," disse s/n, tentando disfarçar seu desconforto com a situação.

Fernanda se afastou da amiga rapidamente, tentando recuperar a compostura. "Ah, não se preocupe. Estávamos apenas conversando."

Pitel também se levantou, oferecendo um sorriso descontraído. "É, só colocando os papos em dia."

S/n assentiu, tentando disfarçar sua curiosidade e incerteza sobre o motivo da conversa das mulheres. "Ah, tudo bem então. Só queríamos pegar algumas coisas antes de sair."

"O quarto também é de vocês, não é?" Fernanda soou ácida.

S/n percebeu a pontada de hostilidade na voz de Fernanda e ficou momentaneamente desconcertada. Com um aceno rápido, s/n e suas amigas pegaram o que precisavam e saíram do quarto, deixando Pitel e Fernanda sozinhas novamente. Enquanto caminhavam pelo corredor, s/n não pôde deixar de se perguntar sobre o que as duas estavam conversando tão intimamente.

"Você acha que elas estavam falando sobre o que aconteceu entre nós?" perguntou s/n para as amigas com um olhar curioso.

Alane balançou a cabeça, incerta. "Não sei. Talvez estejam apenas conversando sobre o paredão ou algo do tipo."

Mas por mais que tentasse ignorar, uma sensação de insegurança e ansiedade começou a se instalar em s/n. Ela se perguntou se Fernanda estava compartilhando suas dúvidas e preocupações com Pitel, e se isso poderia influenciar a dinâmica entre elas.

Enquanto isso, no quarto, Pitel lançou um olhar de preocupação para Fernanda. "Você está bem, amiga?"

Fernanda suspirou, passando a mão pelos cabelos. "Não sei, Pitel. Tudo isso está me deixando louca. Eu só queria poder entender o que está acontecendo dentro da minha cabeça."

Pitel assentiu compreensivamente, oferecendo um sorriso solidário. Fernanda forçou um sorriso, sentindo-se grata pela presença e apoio de Pitel. Ela sabia que as próximas semanas seriam desafiadoras, mas estava determinada a enfrentar seus medos e incertezas de frente.

Enquanto o dia na casa continuava, s/n e Fernanda mal conseguiam tirar os olhos uma da outra, suas mentes repletas de pensamentos e sentimentos não ditos. A tensão entre elas era palpável, uma mistura de desejo e apreensão pairando no ar. Até que, à noite, minutos antes do ao vivo, s/n criou coragem e chamou Pitel para uma conversa.

Pitel, surpresa com o convite de s/n, concordou em conversar e as duas se dirigiram para um canto mais reservado da casa, longe dos olhares curiosos dos outros participantes, principalmente de Fernanda. Assim que se sentaram, s/n respirou fundo, reunindo coragem para expressar seus sentimentos.

"Pitel, eu sei que você deve estar pensando que eu quero falar sobre Fernanda, e eu realmente quero, mas primeiro preciso esclarecer algo contigo," s/n começou, deixando Pitel um pouco confusa. "Eu não seria tão egoísta de falar sobre isso, principalmente antes do paredão"

Pitel ouviu atentamente, sua expressão suavizando, enquanto s/n continuava. "Eu entendo que o meu surto de ciúmes afetou você também, e por isso, queria te pedir desculpas. Sei que não foi justo com você, mas naquele momento, estava tão tomada pelas emoções e agi de forma impulsiva e injusta."

"Eu acho que não é a mim que você deveria se desculpar," respondeu Pitel, sua voz suave e compreensiva. "Mas fico feliz em saber que você está disposta a resolver as coisas com a Fernanda. Só peço que tenha cuidado para não piorar as coisas e magoar minha amiga novamente. Dessa vez, não tomei providências porque não estava bem informada sobre o que aconteceu."

s/n assentiu, reconhecendo a preocupação de Pitel. "Eu prometo que farei o meu melhor, e vou precisar muito da sua ajuda também."

Pitel sorriu, trazendo um pouco de leveza para a conversa. "Só se eu for a madrinha do casal," brincou.

s/n riu, apreciando a descontração de Pitel. "Por mim, já estaríamos todos na igreja," brincou de volta.

"Bom, lá fora eu já vou arrumando a cerimônia pra vocês," disse Pitel, mantendo o tom leve da conversa.

"Vira essa boca pra lá, Pitel. Por mais que a gente tenha nossas desavenças, estou torcendo ao máximo para que você fique. Principalmente pela Nanda, ela precisa de você," s/n expressou, genuinamente preocupada com o bem-estar de sua amada.

Pitel sorriu, tocada pela preocupação sincera de s/n. "Obrigada, s/n. Significa muito para mim ouvir isso de você. Espero que o Brasil pense o mesmo."

s/n assentiu, sentindo um peso sendo aliviado de seus ombros ao ver a compreensão e apoio de Pitel. "É isso que precisamos, mais do que nunca, estar unidas e apoiar uns aos outros."

"Definitivamente," concordou Pitel, olhando s/n com gratidão. "E estou aqui para o que você precisar, especialmente quando se trata de reconquistar a Fernanda."

Com um sorriso de determinação, s/n agradeceu a Pitel pelo apoio, sentindo-se mais confiante para enfrentar os desafios que estavam por vir. Juntas, elas se levantaram e voltaram para o convívio com os demais participantes, prontas para que Tadeu chamasse a casa para o ao vivo.

"O que você estava falando com ela?" Fernanda perguntou em expectativa pra Pitel que deu os ombros e foi salva pela presença de Tadeu dando boa noite a todos.

Hidden Games  (Fernanda Bande/You)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora