Capítulo 30 - Voltando Pra Casa

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Dois dias depois...

Julia se recuperava bem. As visitas da família continuavam com a mesma frequência. Como sua acompanhante oficial no hospital era Rosalie, na noite seguinte Emmett precisou ir dormir em casa. Mesmo sua vontade sendo de ficar, ele teve que ir. Temeu pela noite das duas sem que estivesse por perto, para acalmar a filha caso voltasse a ter pesadelos. Contudo, Julia não voltou a ter pesadelos, ameaçava reincidir algumas vezes, mas Rosalie cuidava disso, velando seu sono, transmitindo todo seu amor e carinho.

Emmett aproveitava os momentos em que não estava com elas no hospital para resolver coisas do trabalho. Rosalie falava sempre que podia, ao telefone, com as meninas que trabalhavam para ela, em sua casa de festas infantil. Assim como Grace que mantinha contato frequente com o marido que ficou sozinho em San Diego. Sempre fazendo questão de lhe falar sobre a neta. Que sua filha realmente nascera para ser mãe. Prometeu ao marido, Ryan, que enviaria fotos de Julia por e-mail, para que ele a conhecesse, até que pudesse vê-la pessoalmente.

Como Emmett teve uma reunião de negócios na parte da manhã, iria ver a filha somente na parte da tarde, contudo, já havia falado com as duas por telefone logo cedo.

Depois de tomar banho e dar banho na filha, Rosalie estava agora esperando pelo médico, o Dr. Philip – Dr. Raposo como Julia o chama.

O café da manhã já tinha sido servido pela mesma copeira que vinha todas as manhãs. Levou apenas alguns minutos após sua saída para o médico chegar.

Julia gargalhava enquanto Rosalie fingia morder seus dedinhos da mão.

– Bom dia, Julinha – saudou o médico ao entrar no quarto. Olhando para Rosalie, completou. – Bom dia senhora McCarty. – Vejo que essa pequena está muito bem essa manhã. Nada de febre nas últimas quarenta e oito horas. Está respondendo bem a medicação via oral.

– Já chegô o doutô Aposo, mamãe – disse Julia, olhando do médico para a mãe. – Não pegue nada Aposo. Não pegue.

Rosalie sorriu e segurou suas mãozinhas dando um beijo estalado.

– Não, dessa vez estou comportado Julinha – afirmou o médico. – Prometo que não vou querer pegar nada.

– Não vai pegá nada?

– Não. Estou comportado hoje.

– Mas no oto dia você quelia té minha pepeta. Só que a mamãe condeu. Tá condidinha agola, viu Aposo – ela olhou novamente para Rosalie e sussurrou. – Não deixa ele vê a pepeta, mamãe. Não deixa.

– Tá bom, amor – respondeu Rosalie também em um sussurro.

– Ele é osado... Gota de pegá tudo – sussurrou Julia.

Rosalie arregalou os olhos em uma falsa expressão de espanto.

– Acho que vi uma chupeta cor-de-rosa bem ali – ele apontou para o travesseiro de Julia, onde a pedido dela, a mãe havia escondido a chupeta.

– Não tem pepeta cô-de-osa ali, Aposo.

– Tem sim – ele insistiu, olhando para o travesseiro.

– Tem nada – insistiu Julia, negando, agora apertando as duas mãozinhas sobre o travesseiro, entregando sem intenção.

– Tem certeza? – ele pediu.

– Bisoluta. Ceteza bisoluta. Mas não é um bicho que luta, tá bom? O papaizinho que disse, é só ceteza. Ceteza, certeza.

– Que bom, já estava me preocupando. Acho que me enganei mesmo, não tem nenhuma chupeta ali.

– Aham... Não tem – ela murmurou.

Minha Gotinha de AmorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora