CAPÍTULO 14

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Park Jimin

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Park Jimin


Fiquei parado por quase um minuto, perplexo, observando o caminho pelo qual Hoseok fugiu com a polícia em sua cola. Ele era realmente doido.

Não demorei mais tempo naquele beco estreito, segui o caminho contrário, aquele que Hoseok indicou. Sai em frente a umas casas com muros deteriorados e rabiscados, sujos pelo tempo. E as casas pareciam inabitáveis.

Até que um homem careca, barbudo e de grande porte físico saiu de uma das casas. A grande arma em sua mão me fez arregalar os olhos, e ele me olhou confuso, dando um passo à frente em minha direção.

- Oi. - Falei temeroso.

- Você tá querendo comprar o quê?

- Na verdade o Hoseok me disse pra vir andando nessa direção, que era caminho para a casa do Jungkook. - Passei os dedos na minha nuca, meio constrangido pelo olhar observador do homem em meu corpo.

- Vou confirmar com o chefe sobre você e se tu pode passar, loirinho. Qual teu nome?

- Me chamo Jimin.

Então ele se virou de costas para mim e entrou novamente na casa.
Me deixando de pé no beco, sozinho.

Comecei a pensar sobre todas as merdas que vinham acontecendo na minha vida. Tudo havia mudado. Meus pais eram dois hipócritas mentirosos. Um chefe do tráfico estava atrás de mim, me querendo para ele, e até matou um homem por minha causa. Eu sempre fodia com tudo.

Pouco tempo depois o homem careca e barbudo voltou, sua expressão não era nada boa quando me olhou novamente de cima a baixo.

- O chefe mandou eu te levar até ele. Vamos logo. - Ele falou e virou as costas para mim, entrando novamente na casa.

Sem outra opção apenas concordei com um aceno de cabeça e o segui porta a dentro. Passamos por um corredor extenso, o lugar por dentro era bem melhor do que a parte de fora, não havia mofo e a pintura das paredes pareciam recentes.

Quando olhei para o lado, havia uma sala onde alguns homens estavam sentados com luvas nas mãos, mexendo em alguns saquinhos transparentes e pareciam embalar aquela coisa. Provavelmente eram drogas. Fiz uma careta e voltei a olhar para frente, seguindo o barbudo.

Pelo visto atravessamos a casa toda e chegamos do lado de fora. Era um quintal enorme com várias plantações no chão de terra fresca, quando olhei para cima vi uma arquitetura muito bem planejada. Parecia como uma estufa.

- Ei, é por aqui moleque curioso. - Ele me chamou e eu passei a sua frente, virando para a direita e então mais no fundo pude observar uma casa, parecia simples mas era bem cuidada.

- Ele está aqui? - Perguntei apertando meus dedos no tecido da minha camisa.

- Sim, pode entrar e se comporta. - Ele abriu a porta para mim e meio impaciente indicou para que eu entrasse, e assim o fiz.

A porta se fechou atrás de mim num baque. E agora eu estou em meio a uma sala não muito grande, mas pelo visto confortável. Havia um ar condicionado no cômodo e o ambiente estava gelado, um sofá retrátil de três lugares perto da parede, uma mesinha média de centro em frente ao sofá. Uma estante com uma televisão desligada em cima dela.

O aroma de comida sendo preparada chamou a minha atenção, fui caminhando até o próximo cômodo e me deparei com a cozinha. Parei de andar assim que cheguei a porta, ficando com o corpo tenso ao ver Jungkook de costas para mim, usando o fogão como uma pessoa normal.

- Se eu estiver incomodando posso voltar depois sabe. - Falei, apontando meu dedo para trás de mim, receoso.

- Não ouse sair da minha casa sem a minha ordem, Jimin. - Jungkook nem ao menos me olhou, ele ainda observava a panela e ia mexendo com uma colher de madeira grande. - Nós temos uma conversa pendente, e eu ainda estou irritado.

- É que eu sou o dono da minha própria vida. E sua atitude está sendo injusta, não é porquê você sente atração por mim, que pode agir dessa forma e achar que manda em mim. - Falei de uma vez o quê estava entalado na minha garganta.

- Se você mora no meu morro, então sim, eu mando em você. Porquê eu mando em tudo aqui. - Ele desligou o fogo com certa agressividade e se virou para mim, eu não conseguia decifrar a expressão que estampava seu rosto nesse momento, mas não era nada boa.

- Você tá sendo um idiota, Jungkook.

- E você é um sem noção por estar em um site vendendo fotos e vídeos daquele jeito. Tu não tem amor próprio, caralho?! - Ele disse, batendo com a mão em punho na pia, e eu acabei pulando para trás no susto.

- Você pode me dizer por quê caralhos tá fazendo isso? É pelo dinheiro ou apenas pra se amostrar? - Ele me perguntou e eu corei de vergonha.

Escolhi ficar quieto diante das suas palavras, porquê realmente não tinha um motivo específico, a não ser chamar a atenção dos meus pais. O quê eu consegui de uma forma nada boa e me fodi no processo, acabando por estar aqui agora.

- Você não consegue nem responder a porra da minha pergunta. Parece um menino mimado, que sempre teve tudo o quê quer e mesmo assim faz essas cagadas pra chamar atenção. - Ele falou e foi se aproximando de mim, eu travei no lugar.

- E o Hoseok? Cadê ele? Ele.. - Tentei mudar de assunto, não queria mais falar da minha vida com esse homem.

Seus olhos se estreitaram para mim de uma maneira nada boa. - Por quê você está tão interessado nele? Por acaso agora ele tem sua afeição?

- O quê?! - Dei um passo para trás e ele deu outro para frente, se aproximando mais. - Não, eu fiquei preocupado com a perseguição dos policiais, queria saber se ele estava bem ou se foi preso.

- Ele conseguiu fugir mas foi baleado. - Percebi seus olhos observando bem o meu rosto, tinha a certeza que com aquilo, ele queria saber se eu estava realmente interessado no amigo dele.

Não consegui segurar a risada e acabei gargalhando com essa contestação.

- Você gostou da notícia? - Ele me olhou intrigado.

- Oh, não, é que eu percebi uma coisa sua. Você está com ciúmes de mim com o Hoseok.

- Não tem porquê eu ter ciúme de vocês dois. Tu é meu e ele sabe disso!

- Possessivo demais, credo!

- Você não viu nada ainda, meu bem. - Ele segurou com a mão na minha cintura e aproximou o rosto do meu.

𝐍𝐚 𝐦𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐧𝐨 • 𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤Where stories live. Discover now