CAPÍTULO 23

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Park Jimin

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Park Jimin

Quase dois meses preso nessa merda de lugar, eu me sinto tão confuso e fora de sintonia comigo mesmo. Eu até que tentei confiar nas palavras do Jungkook, mas bem no fundo algo me dizia que ele estava mentindo para mim, aquela famosa intuição, que a maioria dos humanos tem.

Ele estava me bancando de tudo, até roupas novas e confortáveis mandou alguém comprar pra mim. E isso só me deu a certeza que eu estava virando seu bichinho de estimação, alguém que ele manteria preso a sua vista sempre.

Mas até os animais tem mais dignidade que eu, são levados para passear, enquanto eu definho lentamente aqui. E sinto que, a depressão está começando a bater na minha porta. Não tenho mais motivos para sorrir e me alegrar, mesmo Taehyung fazendo de tudo pra me animar.

Suas conversas são o que ainda me seguram nesse mundo, porquê eu cheguei a cogitar coisas que não deveria. Jungkook até instalou um chuveiro com água bem quentinha, tentando fazer a minha vontade, adaptando o lugar.

A televisão foi substituída por outra novinha em folha, mas nos jornais não se passavam nada sobre mim, ou sobre esse morro onde estou preso. Então, depois de tanto eu insistir, Jungkook cedeu a sua promessa de me levar a praia junto com os meninos.

E por esse motivo, estou aqui arrumando umas comidas saudáveis, como sanduíches naturais, para levarmos.

— Eu trouxe umas bebidas pra gente levar. — Taehyung disse ao passar pela porta da cozinha, colocando um culler térmico vermelho de tampa branca e fechada no chão.

— Me diz que aí tem álcool, por favor.

— Óbvio que têm, né. Até eu quero esquecer um pouquinho essa merda de vida. — Ele disse e eu acabei rindo.

Depois de alguns minutos, Hoseok surgiu nos chamando e informando que Jungkook já estava dentro do carro nos aguardando. Me apressei para embrulhar os lanches e guardá-los em uma bolsa térmica de mão, isso ajudaria a manter os alimentos quentinhos.

— Deixa que eu levo isso pro carro, Tae — Escutei Hoseok falando.

— Não, pode deixar que eu consigo, não está tão pesado assim. — Taehyung respondeu, se abaixando para pegar a o culler e depois gemeu com dor nas costas. — Quer saber, pode levar sim amorzinho.

Eu balancei a cabeça negando, rindo. Eles eram demais, parecia um relacionamento tão saudável e simples. Hoseok pegou o culler e nós fomos andando para fora de casa, a bolsa estando em minha mão.

Hoje optei por usar somente uma bermuda Jeans escura com a sunga azul por baixo, estava sem camisa devido ao calor que fazia. E quando fomos nos aproximando do automóvel, Jungkook me olhou de dentro do carro, sentado atrás do volante, com uma expressão nada boa e parecia desconfortável ao me ver sem a bendita camisa.

Estalei a língua no céu da boca e dei a volta, me sentando no banco do passageiro ao seu lado. Já Hoseok e Taehyung se sentaram nos bancos de trás, conversando baixinho como dois namoradinhos fofos.

— O quê é? Parece até que chupou um limão. — Falei com Jungkook, olhando para ele e me ajeitando no banco com a bolsa no meu colo.

— Você sabe que eu não gosto que saia sem camisa. — Ele disse e deu partida com o carro.

— Mas seu querer é irrelevante aqui, ainda mais quando se trata sobre o meu corpo. Isso é assunto meu, benzinho.

— Eu não vou discutir com você hoje.

— Ainda bem, pois estou com o humor meio ácido hoje. — Eu disse a ele.

Ele permaneceu quieto durante todo o trajeto até a praia, e eu não via a hora de chegar e ver aquela imensidão azul.

Mas aproveitei também para apreciar o caminho que fazíamos até lá, estava tanto tempo sem ver rua, que era incrível ver rostos novos, mesmo que rapidamente.

Cantarolei baixinho a música que tocava no rádio, era uma do Orochi, amor de fim de noite.

Deixa eu mudar essa nossa história hoje, vamos ser mais quê amor de fim de noite.. — Cantarolei.

Eu posso fazer tudo, ser melhor do que da última vez. — Taehyung continuou.

E fazer bem melhor do que seu ex um dia te fez —  Hoseok completou, olhando para o Tae.

Acabei rindo deles.

— Nossa, senti esse clima daqui, que indireta. — Falei rindo.

Bebe um uísque, fuma um Carlton, rebolando na piscina!

A nossa onda nunca acaba, nossa onda é infinita..

Continuavamos cantando, apenas o Jungkook que tinha a cara fechada e me lançava olhares as vezes. Ele estava vestindo uma bermuda branca, com a sunga preta aparecendo. Sem camisa, com uma correntinha de ouro ao redor do pescoço.

O diabo quando não vem em pessoa, ele manda o Jungkook. Com essa maldita pintinha embaixo do lábio inferior. E ele viu eu observando fixamente sua boca, então deslizou a língua por ela.

Engoli em seco, droga. Fazer greve de sexo não estava funcionando.

Ele estacionou o carro em uma das vagas e desligou o rádio, acabando com a nossa cantoria. Eu saí do carro depois deles e olhei ao redor, observando tudo.

— Segura aqui amigo, por favor. — Pedi para o Tae, entregando a bolsa térmica pra ele.

Me abaixei e tirei o chinelo, então assim do nada, sai correndo para colocar os meus pés na areia. Sentindo uma liberdade incrível, correndo em direção ao mar.

Como é que eles dizem? Liberdade cantou!

𝐍𝐚 𝐦𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐧𝐨 • 𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤Where stories live. Discover now