CAPÍTULO 22

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Park Jimin

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Park Jimin


Os dias foram passando diante dos meus olhos, e mesmo que eu estivesse interessado nos afazeres de trabalho com Taehyung, ainda sentia muita falta da minha família e da minha prima.

Eu queria informá-los que estava bem, mas Jungkook sempre dizia que ele já havia feito isso, que era melhor eu não sair de casa nesse momento. Mas até quando?

Agora até o meu celular havia sumido. Eu tenho certeza que foi um desses homens que trabalha para ele, que roubou. Um iphone novinho dando sopa, quem não ia querer?

Agora eu estou aqui na sala de Jungkook, tentando ligar a televisão. Quando vou pegar o fio, percebo que está ruim. Então me levanto do chão que até então estava sentado, e caminho até a cozinha, cruzando os meus braços em frente ao meu corpo.

Jungkook estava cozinhando de costas para mim.

— O quê houve com a televisão?

— Como assim? — Ele perguntou sem se virar para mim.

— O fio está nitidamente cortado.

— Algum rato deve ter roído o fio então. — Ele me respondeu, cortando tomates em cima da pia.

— Tem ratos por aqui? Nossa, eu nunca vi. E nem quero ver. — Falo, murchando meus ombros.

Estou nitidamente triste e não consigo mais esconder isso, então resolvo desabafar com Jungkook.

— Sabe, eu não estou me sentindo bem, sinto falta dos meus pais e da minha prima. Eu queria muito vê-la, será que não dá pra trazer ela aqui?

— Eu entendo você, mas não posso deixar ela vir aqui, se não ela também vai saber da localização de onde as drogas são produzidas. E isso não é bom, Jimin.

— Então me leve até ela, Jungkook.

— Eu vou pensar no quê posso fazer sobre isso, tudo bem? — Ele falou lavando as suas mãos e depois as secando.

Formei um biquinho nos meus lábios, triste. Eu não ia chorar na frente dele.

— Tudo bem, então. — Respondi amuado.

— Vamos, não fique assim meu amor. — Ele se aproximou de mim, tocando minha cintura com uma de suas mãos, levando a outra até o meu queixo e o segurando entre os seus dedos.

— Não consigo não ficar triste. Eu quero a minha liberdade de volta, Jungkook. — Falo, ficando com os meus olhos marejados.

Então ele me abraça, encostando seus lábios na curva do meu pescoço, me dando um beijo simples, mas carinhoso.

— Acho que sei de uma coisa que pode te deixar mais contente. — Ele diz baixinho.

— O quê?

— Você por acaso gosta de mar?

— Mas é claro, pena que não posso ir, né. — Falei, apertando os meus dedos na sua camisa.

— Você pode sim, vou dar um jeito de te levar escondido. Se você quiser ir, é claro.

— Está falando sério? Eu quero muito sair um pouco dessa casa, são quase duas semanas preso aqui.

Me afasto um pouco para olhá-lo.

— Vou pedir ao Taehyung e ao Hoseok que vá com a gente, fique tranquilo.

Senti uma pequena chama de esperança para mim, então sorri para ele.

— Ah, obrigado! — Fiquei na ponta dos pés, dando um selinho demorado em seus lábios.

— De nada meu amor, tudo por você. — Ele disse e mordeu o meu lábio inferior, me puxando para um beijo.

Fechei os meus olhos, gostando daquele contato mais íntimo. Entreabri os meus lábios e deixei sua língua adentrar a minha boca, acabei gemendo baixinho e fui deslizando a minha língua pela sua.

Quando me dei conta, Jungkook segurou com ambas as mãos em minha bunda, apertando a carne por cima da bermuda clara que eu estava usando. Ele era sempre ousado e eu gostava disso.

Me afastei um pouco e abri os meus olhos, sorrindo para ele. — Jungkook, posso te pedir algo?

— Hm, sim. Eu te dou qualquer coisa. — Ele disse enquanto passava a pontinha do seu nariz pela minha bochecha.

— Compra um celular novo pra mim? Eu sei que você tem dinheiro e pode fazer isso.

— É realmente isso que você quer? — Ele me perguntou e foi se afastando do meu corpo, voltando a preparar a nossa janta.

— Claro, preciso ter contato com o mundo lá fora e saber das coisas. O Taehyung até me conta algumas coisas, fofocas dos famosos, mas sobre a minha situação ele não diz nada, mesmo quando eu pergunto tentando me informar.

— Eu vou pensar sobre isso, Jimin.

— Arrrg, sempre é assim! Quando é algo que eu quero você sempre tem que pensar primeiro. — Acabei gritando, indignado. — Eu vou meter meu pé daqui uma hora ou outra, Jungkook. Até parece que você e todo mundo aqui está mentindo pra mim.

— Não tem ninguém mentindo pra você.

— Não? Então me empresta o seu celular e deixa eu ver a notícia que você tanto fala que passou na televisão sobre mim.

— Meu celular tem coisas pessoais que você não pode ver. — Ele me respondeu.

— Jungkook, eu vou perguntar mais uma vez, você está mentindo para mim?

— Não!

— Tem certeza?

— Eu tenho, Jimin. — Ele nem se virou para me olhar.

— Se eu descobrir que tudo isso é uma mentira e você tá montando esse circo todo, para me manter prisioneiro, eu vou sumir da sua vida e nunca mais olhar na sua cara.

Vejo que ele tensiona o seu corpo e então me viro, indo diretamente para o quarto onde estou passando os meus dias e noites. Bato a porta atrás de mim e ando até a cama, me jogando nela.

Enfio o meu rosto no travesseiro e grito bem alto, com raiva e confuso.

E se ele realmente estiver dizendo a verdade e só quer me proteger?

Será que eu estou exagerando?

Eu deveria pedir desculpas por ter surtado?

Mas o fio da televisão foi cortado. Não teria como um rato entrar nessa casa e roer algo aqui dentro. Jungkook é muito nojento com essas coisas e não iria permitir isso.

E se ele mentiu pra mim esse tempo todo? Não. Pare de pensar isso, Jimin.

Jungkook diz gostar de mim e com certeza não faria uma coisa dessas.

𝐍𝐚 𝐦𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐧𝐨 • 𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora