18. Quase

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POV Ana Carla

Ela chorou.

Por uma hora inteira em nossos braços , deitada em sua cama.

Eu até tentei deixar que Robert tomasse a frente daquela situação, mas Summer não me soltou.

Ficamos nos dois ali,um de cada lado, acariciando seus braços, acalentado a menina que repetia sem parar "minha mamãe não veio".

Cada vez que eu ouvia ela dizer aquelas quatro palavras a raiva crescia dentro de mim.

E eu não suportava me sentir daquela forma.

Robert não parecia estar melhor do que eu, com seu cenho franzido e maxilar travado ele balançava os pés impacientes.

Quando Summer finalmente caiu no sono e nos saímos do quarto ele olhou para mim, pegando a chave do volvo.

- Olha ela pra mim?- perguntou.

- Onde você vai?- Eu quis saber, sem me importar em ser indelicado porque já imaginava o que passava pela cabeça dele.

Robert ergueu as sobrancelhas.

- Isso não vai ficar assim.- ele grunhiu indo em direção a porta.

Mas fui mais rápida, me colocando a sua frente.

- Me dá licença.- ele pediu, todo tenso.

- Não dou. Você não vai sair daqui desse jeito.- bati o pé,  olhando para ele.

Robert soltou um suspiro consternado.

- Você viu o que ela fez com a Summer, não viu? Como pode querer que eu fique calado quanto a isso? Ela vai me ouvir...

Ele tentou passar por mim de novo, mas fui firme e o segurei, ignorando o tremor pelo olhar irritado que ele me lançou.

- Você acha que vai conseguir fazer ela se importar?- perguntei mantendo a frieza, encarando seus olhos azuis. Minha pergunta fez seus ombros caírem um pouco. Continuei:- Sabe o que vai acontecer agora? O mundo todo já está sabendo que a mãe da sua filha foi substituida pela babá, acha mesmo que ao sair daqui não vai encontrar pelo caminho ao menos um paparazzi pronto para te seguir e que ninguém vai ficar sabendo do teor da sua conversa com ela?

Sua expressão foi clareando conforme eu fui falando.

Sim, ele sabia que eu tinha razão.

Rebeca e Elisa não teriam como aplacar uma notícia envolvendo o nome de Suki. Não tinham poder para isso. Não era algo somente sobre o Robert.

Toquei seu rosto com carinho,continuando a falar:

- Eu sei que você está com raiva, eu também estou, mas a privacidade da Summer já foi invadida hoje quando a mãe não foi a escola, não faça com que isso vire um prato cheio pra esses abutres.

Robert apoiou as mãos na porta, uma de cada lado de meu rosto, os músculos tensos.

Ali, naquela posição, eu vi o quão grande ele era. Seu peitoral  definido, ombros largos... Ele exalava masculinidade, um leão pronto pra atacar.

Toquei seu queixo com meu polegar, subindo para seu lábio inferior, observando que era pouca coisa maior que o superior. Me inclinei, beijando sua boca devagar.

Queria que ele relaxasse um pouco.

Tirar toda raiva que parecia fluir dele como um campo de força.

Então deixei que ele me dominasse,  me permiti ser o seu filtro.

Robert me abraçou, afundando sua lingua em minha boca, me puxando pela cintura e caminhando comigo pela casa.

Ele entrou em seu quarto e sentou comigo em seu colo na ponta da sua cama,sua língua explorando minha boca com uma urgência.

Ao me firmar em seu quadril ele subiu as mãos pelas minhas costas, levando minha camiseta junto, me lançando um olhar surpreso ao ver que eu estava sem sutiã.

- Acho melhor a gente parar por aqui.- disse, beijando meu pescoço, sem tirar as mãos de mim.

- Por que?- passei minhas mãos em suas costas, rebolando em seu colo,sentindo ele duro embaixo de mim.

Robert respirou fundo, segurando meu rosto com uma não só.

- Eu estou com raiva...- disse beijando minha boca.- Não quero te machucar.

Mordi meus lábios, roçando sobre ele, as veias em seu pescoço saltaram quando ele tensionou o corpo e fechou os olhos.

- Eu sei que não vai.- sussurrei jogando meu cabelo para trás, deixando meus seios amostra para ele.

A verdade era que nem eu aguentava mais.

Estávamos a dias naquele chove e não molha, nos saciando com sarradas controladas e eu nem sabia porque já que Robert não me passava insegurança nenhuma.

Era sempre ele que parava o que estava bom, como se lembrasse que precisava pegar leve comigo,mas eu não queria que ele pegasse leve.

Então,decidida, sai do seu colo e fiquei de pé a sua frente abrindo o botão da minha calça e a tirei.

Robert arregalou um pouco os olhos, mas logo me puxou pela cintura me jogando na cama ao seu lado,sua mão passando delicadamente pela lateral do meu corpo, parando no elástico da minha calcinha.

- Você vai me matar desse jeito.- grunhiu apoiado no cotovelo, sua mão livre apertando meu mamilo.- Ou te matar... o tesão está me consumindo e a raiva também.

Gemi ao sentir seus dedos dentro da minha calcinha, deslizando sobre minha boceta molhada.

- Não vou me importar em morrer pelas suas mãos se for assim.- falei respirando pesado.

Robert riu, ainda muito tenso, puxando minha calcinha para baixo, tirando ela de mim.

- Mais uma pra minha coleção.- disse colocando no bolso.

- Não,senhor, pode me devolver!- lhe deu um beliscão no braço.-  Daqui a pouco não tenho mais nenhuma calcinha pra usar.

Ele riu de mim, lambendo minha orelha,seus dedos brincando comigo.

- Eu não vou achar ruim  ter você sem calcinha pela casa.

Eu ia responder, ia beija-lo,calar a sua boca e matar a vontade que estava me matando,mas...

- ROBERT,EU EXIJO UMA EXPLICAÇÃO AGORA!

Ele franziu o cenho para mim, olhando para a porta.

- Quem é?- perguntei porque para estar dentro de casa a pessoa tinha que ter a senha e ser muito próxima a ele.

Quando voltou a me olhar, sua face estava carregada de ódio de novo.

- Suki.

ROBERT PATTINSON | A BABÁ Onde histórias criam vida. Descubra agora