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— > comentem !!!

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> comentem !!!

SENTADO NO SOFÁ, OBSERVEI - os com uma mistura de irritação e desconforto, Maitê e Piquerez estavam ali, tão próximos que poderiam ser confundidos como velhos amigos, embora soubesse que se conheciam há menos de uma semana.

Era como se o universo estivesse conspirando para me deixar de cabelo em pé.

A alfinetada de Maitê reverberou em minha mente, ecoando como um sino sinistro.

"Então quer dizer que ele pode sair beijando outras, enquanto ela tem que ficar sentada assistindo?"

Seu olhar transbordava de raiva, como se estivesse prestes a incendiar tudo ao seu redor, era evidente que ela já estava na festa quando Yasmin me surpreendeu com um beijo, mas será que realmente testemunhou aquele momento, ou seria apenas uma espécie de Márcia Sensitiva?

Cada pensamento era como uma agulha perfurando minha mente, me deixando ainda mais inquieto.

O ambiente ao redor parecia distante, obscurecido pela tensão que pairava entre nós, era como se estivéssemos presos em uma bolha, onde só existíamos nós três e os conflitos que nos consumiam.

Com Yasmin ao meu lado, respirei aliviado ao ver Maitê se afastar do colo de Piquerez e sentar ao lado dele, ela estava claramente bêbada, seus movimentos vacilantes e o olhar distante entregavam sua condição.

Era um alívio vê-la longe de Piquerez, mas ao mesmo tempo, preocupante vê-la em um estado tão vulnerável, Maitê, com um sorriso no rosto, olhava diretamente para mim, seus olhos cheios de curiosidade e talvez algo mais.

No entanto, quando as unhas de Yasmin começaram a acariciar minha nuca, sua expressão mudou. Um leve franzir de sobrancelhas denunciou seu desconforto, e seus lábios perderam um pouco do brilho do sorriso anterior.

Ela continuou me encarando, mas agora parecia mais séria, como se estivesse processando algo em sua mente. Maitê pegou o shot de drink e virou-o de uma só vez, como se estivesse tentando afogar as próprias preocupações junto com a bebida.

Seus gestos eram um misto de impaciência e determinação, como se estivesse tentando escapar de alguma coisa, mesmo que temporariamente, o líquido desceu rápido pela garganta, deixando um rastro de ardência que contrastava com a expressão serena que ela tentava manter.

— Ei, galera, vamos lá para a sala de jogos! - chamou Veiga, empolgado.

— Sério? Agora? - perguntei, surpreso. - Quem joga videogame em uma festa dessas?

— Ah, vamos lá, Richard! Será divertido! - insistiu Scarpa, já se levantando do sofá.

— Concordo com o Scarpa, vamos lá dar uma pausa na festa e nos divertir um pouco! - Endrick se juntou à proposta.

Caso do Acaso - RICHARD RÍOS.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora