Capítulo XIX

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Já faziam semanas que Giulia e Bill tinham voltado para a casa com a pequena Lyz, eles estranharam que depois da visita catastrófica da família Kaulitz ao hospital simplesmente a mãe dos meninos insistia várias vezes por dia em recomeçar.

Suas palavras eram sempre as mesmas: ela queria o perdão.

Por mais que Giulia apreciasse a iniciativa e ficasse feliz em saber que mesmo sendo tão pequena, Lyz havia conseguindo descongelar o coração machucado da avó, ela e Bill decidiram que por agora eles evitariam o contato, ambos queriam guardar todas as energias possíveis para a adorável Lyz.

— Oi... — Bill fala sem jeito quando entra na casa e vê Giulia sentada em uma almofada no chão enquanto amamentava a bebê que já dormia em seu colo. — Eu trouxe o nosso jantar. — Ele balança uma sacola e procura qualquer outro lugar para olhar que não seja Giulia.

— Obrigada. — Giulia fala sorrindo. — Eu só vou colocar ela no berço e já venho jantar com você. — Ela se arruma, afastando a Lyz lentamente do seu seio e arrumando a sua roupa.

Bill segura bebê que dormia profundamente enquanto a garota se levanta. — Se quiser pode ir tomar um banho, eu coloco ela no berço. — Ele sorri e a garota concorda subindo as escadas.

A aparência da Giulia agora era uma mistura de cansaço, com felicidade e saudade, uma saudade que o rapaz sabia que ele nunca ia poder curar por ela, por mais que ele quisesse. Ele sobe as escadas ainda ninando a bebê em seu colo e a coloca delicadamente em seu berço e fica ali por alguns minutos observando a menininha que mesmo dormindo parecia explorar o mundo, ou o que conseguia em sua volta.

Ele ficou tão encantado admirando o sono dela que não percebeu a presença da Giulia o encarando da porta do quarto.

— Achei que só eu gostava de ver ela dormindo. — Ela se aproxima e para ao lado do Bill apoiando a sua cabeça em seu braço.

— Não. — Ele sorri. — Acho que ver ela dormindo é uma das minhas coisas preferidas do mundo.

— Sim. — Ela levanta o seu olhar encarando o Bill. — Será que ela entende?

— Que somos babões e rendidos por ela? — Ele fala fazendo uma careta. — Espero que não, porque se ela for igual o Tom, ela vai tirar proveito disso.

Giulia ri mais alto do que desejava, mas para ao ver a Lyz se mexer no berço e um pequeno bico se formar em sua boca tão pequena. Imediatamente Bill e ela mudam as feições, uma mistura de orgulho com emoção.

— Vou só pegar a babá eletrônica, se quiser ir descendo. — Giulia sai do quarto e Bill encara o berço uma última vez antes de sair.

O rapaz desce pegando dois pratos e colocando as embalagens com comida na mesa, até que Giulia entra no cômodo, usando uma camiseta velha de alguma banda que era impossível de decifrar qual era, pois a estampa já tinha saído por completo, e uma calça de pijama xadrez.
O corpo da garota ainda não tinha voltado ao que era antes, seu quadril ainda estava largo, sua barriga não estava chapada, seus seios ainda estavam o triplo do que era antes, mas para ele, ela nunca esteve tão bonita.

— O que temos hoje? — Ela sorrindo ao puxar a cadeira.

— Comida chinesa. — O rapaz fala aí abrir as embalagens. — Do seu restaurante favorito.

— Você é o melhor. — As palavras quase não saem da boca dela de tanto que ela saliva ao ver a comida. — Ah, a sua mãe ligou hoje. — Ela o encara. — Disse que você não atendeu as ligações dela e ela ficou preocupada.

Ele faz um careta e se senta ao lado dela. — Eu ainda não quero conversar com ela. — Ele responde evitando encarar Giulia, então encara o vídeo da babá eletrônica que estava apontado diretamente para a Lyz que dormia.

The love for your life │ KaulitzWhere stories live. Discover now