CAPÍTULO 13

69 5 1
                                    

Copa Mundial de Quadribol, 30 de agosto de 1994

Alya abriu os olhos vagarosamente assim que sentiu os primeiros raios de sol tocarem seu rosto. Um leve bocejo escapando de seus lábios enquanto ela se sentava na cama. A loira esticou os braços, se espreguiçando enquanto calçava as pantufas, indo até sua bolsa e começando a procurar uma roupa fresca para vestir.

O dia estava quente mesmo que ainda fosse muito cedo então a garota optou por um vestido preto que ia até seus joelhos e ficava solto o suficiente para não incomodá-la. Rapidamente ela ajeitou suas tranças que haviam sido amassadas durante o sono e finalmente estava pronta para sair e respirar um pouco de ar puro.

O acampamento estava completamente silencioso, mesmo que algumas pessoas estivessem fazendo rondas de segurança. Nem mesmo os pássaros se atreviam a cantar sob aqueles destroços.

A garota soltou um longo suspiro, se sentando em um tronco de árvore que estava perto da cabana dos Weasley e deixou sua mente vagar para longe. Ela estava com uma sensação estranha desde a última noite, parecia que aquilo iria sufoca-la se não descobrisse do que se tratava.

Seus dedos começaram a batucar suas coxas de forma apressada enquanto ela se ajeitava naquele tronco, seus pelos se arrepiaram enquanto ela focava os olhos em um grande corvo que estava parado na árvore a sua frente. O animal a encarava profundamente enquanto ela franzia o cenho para o mesmo, que não demorou para parar aos seus pés.

— Ei, o que foi amiguinho? — ela perguntou, tentando manter a voz tranquila. O animal bateu com o bico em seu sapato e logo se pôs a andar para uma área de mata. Deixando a curiosidade domina-la, a garota se levantou e começou a segui-lo.

Seus passos eram cautelosos mas ainda faziam um barulho, que estranhamente parecia não incomodar o animal. Ela andou por longos minutos até parar em uma clareira, junto de um casebre abandonado, em um péssimo estado. O lugar parecia não receber ninguém a séculos.

Alya se assustou quando o corvo deu um grito repentino e então saiu voando de lá, deixando a garota olhando para aquela casinhola. Ela pegou sua varinha, a segurando firmemente em suas mãos enquanto se aproximava do local. Sua respiração ficou presa em sua garganta ao que ela levou a mão para abrir a porta, que fez um terrível barulho.

O local era ainda mais deteriorado que a casa dos gritos, o cheiro de mofo impregnava todo o local, o que causou alguns espirros na garota. Ela murmurou um feitiço baixinho para iluminar o local e ver se enxergava algo, mas o local era tão escuro que mal adiantou.

Ela ouviu algum barulho as suas costas, se virando rapidamente porém não conseguiu ver nada, sentindo seu coração palpitar de forma apressada.

— Olá? — ela arriscou, a voz em um leve tremor — Tem alguém aí? — ela não obteve resposta, mas um novo arrepio subiu por sua espinha.

Alya — uma voz assombrosa sussurrou, instantaneamente fazendo todo seu corpo doer. Ela sentiu uma pontada em sua cabeça e seus joelhos fraquejaram, a fazendo cair com as mãos segurando a mesma. Sua varinha voou para longe enquanto ela sentia seus olhos se encherem de lágrimas por causa da dor — Alya.

A cada momento seu corpo doía mais enquanto as coisas pareciam girar ao seu redor, as portas e janelas batiam violentamente enquanto ela sentia suas mãos formigarem. Em um segundo ela sentiu como se seu corpo estivesse explodindo, suas mãos soltaram sua cabeça e ela as apoiou no chão para que não caísse. Algumas gotas de sangue pingando no assoalho desgastado enquanto ela tentava se arrastar até sua varinha.

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐈𝐑𝐄𝐒𝐒 𝐎𝐅 𝐃𝐀𝐑𝐊𝐍𝐄𝐒𝐒 ʳᵒᶰ ʷᵉᵃˢˡᵉʸOnde histórias criam vida. Descubra agora