21. A Culpa é Sua

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JENNIE POINT OF VIEW


Mal consegui dormir durante a noite.

Depois de Lalisa me convidar – praticamente mandando – eu encontrar com ela, minha ansiedade praticamente gritou, me pegando de jeito pelas próximas vinte e quatro horas.

Passei boa parte da manhã observando os ponteiros do relógio, esses que sinceramente pareciam não se mover. Já o professor parecia bastante preocupado em aplicar uma revisão para uma revisão para uma prova futura, e adivinha? Sim, eu não dei um pingo de atenção. Assim que o sinal tocou, recolhi minha mochila e fui a primeira a sair da sala – provavelmente da escola também –, indo em direção a rua dos fundos.

Não foi difícil identificar o carro da diretora, ele estava estacionado entre outros carros, mas se destacava por ser inteiramente pretom. Me aproximei em passos lentos, pensando verdadeiramente no que aconteceria se eu saísse correndo e largasse todo esse papo de "precisamos conversar".

Já era tarde demais quando segurei na maçaneta da porta, abrindo-a em seguida e entrando no veículo. Ao me sentar no banco do passageiro, abracei minha mochila fortemente, esperando que ela dissesse algo. O silêncio foi cortado quando a mais velha se virou e disse de forma simples.

— Coloque o cinto, por favor.

Soltei a mochila no chão do carro, virando-me para alcançar o cinto ao meu lado e o colocando rapidamente enquanto ela começava a dirigir.

Meu Deus, eu nunca havia colocado um cinto tão rápido.

[. . .]

Durante todo o trajeto, fiquei em silêncio, minha mente a mil por hora. O que será que ela queria conversar comigo? Me expulsar da escola?

A ansiedade tomava conta de mim, enquanto tentava manter a calma e não deixar transparecer o nervosismo. Estou tão nervosa que mal consigo respirar. Sinto o coração batendo descompassado no peito, enquanto o carro de Lalisa avança pelas ruas. Não consigo parar de pensar no que pode acontecer na casa dela. Será apenas uma conversa ou algo mais? O medo se mistura com a ansiedade, e me sinto completamente perdida nesse turbilhão de emoções.

Tento me manter calma, mas é difícil. A cada curva que o carro faz, meu estômago se revira. O silêncio entre nós é ensurdecedor, e o calor parece sufocante dentro do carro. Sinto como se estivesse presa em um pesadelo, sem saber o que me espera no final.

Quando finalmente chegamos a um apartamento, meu coração está a mil. Saio do carro trêmula, sem saber o que fazer. Será que devo entrar? Será que devo fugir enquanto tenho a chance? As dúvidas e o medo me consomem, mas uma parte de mim sabe que não posso fugir para sempre.

— Vem... — Ela sussurrou, me guiando até o elevador.

Entrei no ascensor e a vi apertar um dos botões, selecionando o andar. O tempo dentro da cabine de metal foi curto, mas cada segundo ao lado dela foi agoniante, fazendo com que eu me sentisse uma boneca que apenas a seguia e obedecia sem mais nem menos. Assim que as portas se abriram, ela saiu andando, e como dito por mim antes, eu a segui, pensando honestamente em gritar e pedir socorro por algo que eu nem se quer sabia se estava em perigo ou não.

Chegamos a uma porta relativamente maior que as portas convencionais, ela a destrancou e suspirou, abrindo-a em seguida e me dando passagem para entrar, assim o fiz, olhando em volta de todo o espaço.

Não poderia ser diferente.

Lalisa obviamente morava na cobertura. Como eu soube disso? Assim que entrei, olhei para as enormes janelas que davam acesso a uma varanda totalmente vazia com vista para praticamente toda a cidade. Haviam poucos móveis e algumas caixas no canto da enorme sala, eu suspirei, ouvindo a porta logo atrás de mim ser fechada.

Sweet ‐ Jenlisa G!PWhere stories live. Discover now