Capítulo 6: "GRITOS ARDIDOS"

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Começo a ouvir gemidos vindos do bosque, porém eles não parecem ser de prazer, mas sim de dor e sofrimento. Fico um tanto assustado, pois tudo está escuro, sendo apenas a lua a iluminar o bosque e o lago em minha frente. Desvio meu olhar para a direita, e vejo um amuleto no fundo do lago. As águas azuis fazem com que o amuleto brilhe misteriosamente debaixo d'água.

Consumido pela curiosidade e pelo estranho gemido que ecoava pelo bosque, aproximo-me cautelosamente do lago iluminado pela luz da lua. Meus olhos se fixam no amuleto que brilha misteriosamente no fundo das águas azuis. A sensação de que aquele objeto detém algum tipo de poder ou segredo se apodera de mim.

Sem hesitar, decido mergulhar no lago para recuperar o amuleto. A água gelada envolve meu corpo quando me lanço profundamente abaixo da superfície. Nado em direção ao amuleto, sentindo uma mistura de excitação e medo.

À medida que me aproximo, o brilho do amuleto se intensifica. Meus dedos se estendem para tocar o objeto, quando subitamente sinto uma força estranha me puxar para baixo. O gemido de dor que antes ecoava agora era ensurdecedor, ecoando dentro da minha mente.

Com todas as minhas forças, luto contra a correnteza e nado em direção à superfície do lago. Meus pulmões queimam por falta de ar, mas finalmente emergo, ofegante e tremendo.

Retorno à margem, minha respiração pesada enquanto tento processar o que acabei de experimentar. A sensação de que o amuleto guarda segredos sombrios e poderes desconhecidos envolve minha mente.

Eu começo a ouvir gritos e gemidos, sentindo-me cada vez mais perturbado. Decido jogar o amuleto em uma pedra próxima ao lago, fazendo-o se quebrar e, para minha surpresa, os gritos param. Sinto um alívio momentâneo, mas também fico intrigado com o que acabei de presenciar.

- Voz desconhecida: Olá?

- Sebastian: O quê!? Quem está aí!?

- Voz desconhecida: Desculpe-me, prazer, meu nome é Aaron.

- Sebastian: Meu Deus, estou enlouquecendo. Estou ouvindo vozes!

- Aaron: Bem, talvez você esteja um pouco perturbado, mas olhe para trás, vai ficar mais claro.

Curioso e um pouco temeroso, viro-me para trás e vejo um garoto com a pele azul e transparente, emitindo um brilho suave.

- Sebastian: Meu Deus, o que é isso!? - fico assustado.

- Aaron: O que foi? Pare de fazer escândalo, sou apenas um fantasma, nunca viu?

- Sebastian: Fantasma! Só posso estar sonhando, como você pode ser um fantasma? Fantasmas não existem? - digo gaguejando.

- Aaron: Claro que existem, assim como sereias, vampiros, lobisomens, bruxas, magos, necromantes e outros seres sobrenaturais.

- Sebastian: Tudo bem, mas como você se tornou um fantasma? Conte-me tudo, talvez eu possa acreditar. - digo, sentando-me no chão.

- Aaron: Meu nome é Aaron. Eu tinha 16 anos quando vivia no reino de Copas, onde eu era o bobo da corte. Minha mãe sempre me alertava para não me envolver com a família real, apenas para me divertir. Mas eu não a ouvi. Acabei me apaixonando pelo príncipe, e havia rumores de que a família real era composta por vampiros, mas eu ignorei esses boatos. Tivemos um encontro aqui, à beira deste lago, em uma noite de lua nova. Estava lindo. Ficamos juntos, e ele disse que me amava, e eu acreditei. No entanto, ele começou a tossir muito e a morrer, e eu entrei em desespero. Ele precisava de sangue, então eu cortei meus pulsos e minhas jugulares e dei todo o meu sangue a ele, mas ele me usou e, em seguida, aprisionou minha alma naquele amuleto que você quebrou e jogou no lago. Fiquei preso lá todos esses anos.

- Sebastian: Meu Deus, que história trágica! Sinto muito por tudo o que aconteceu com você, Aaron. É difícil de acreditar, mas aqui estou eu, conversando com um fantasma. Existe alguma forma de te ajudar?

- Aaron: Infelizmente, minha alma está presa a esse amuleto quebrado. Você já fez muito ao libertar-me dos gritos e gemidos que ecoavam, mas para que eu possa encontrar a paz, preciso que você encontre uma forma de me libertar completamente. Talvez haja um meio de desfazer a maldição que me prende aqui.

- Sebastian: Eu farei o possível para te ajudar, Aaron. Mas como posso desfazer essa maldição? O que devo fazer?

- Aaron: Eu não sei, mas algo que eu vou ter que fazer, vai ser te acompanhar até você me libertar.

- Sebastian: Como assim? Me acompanhar? - pergunto confuso.

- Aaron: Eu irei ser seu companheiro, até você me libertar.

Nessa hora, um barulho veio da mata, eu e Aaron ficamos frutados, o que poderia estar ali? Até que um pólen começa a subir, o lago começou a brilhar intensamente.

𝑪𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂...

DOMINADO POR UM VAMPIRO (GAY)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin