XXIII

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Dessa vez eu revisei mas ignorem se tiver algum erro. Meu corretor é horrível mores🤞

Era difícil ficar em pé, mas precisava manter a postura. Minhas pernas ainda doíam, assim como meus quadris e minha região. Organizava a enfermaria com um pouco mais de lentidão devido ao estado que Konig me deixou na última madrugada.

Repassava mentalmente cada segundo. Podia até mesmo sentir suas mãos apertarem meus seios e seu pau me invadindo. Algo nessas memórias me deixou ainda mais fraca, um frio percorreu minha barriga e subiu por minha coluna. Relembrava cada frase, cada toque, cada sensação.

Eu realmente o amo? Me perguntava tentando distinguir desejo e amor. Konig me leva aos céus, me faz sentir emoções das quais eu nunca imaginei que fosse conseguir, me deixa segura, me aquece e também me come feito um deus do sexo. Balancei a cabeça, não Mia, você não o ama. Você está excitada, não apaixonada.

Mas, ainda sim sentia que parte desse desejo havia se tornado algo a mais. Não conseguia pensar em outra coisa que não fosse Konig. A tatuagem que cobria as costas, o corpo polido feito mármore, a força assustadora, suas mãos, sua face, seus olhos, a máscara que o cobria.

Quase me esqueci dos rumores e alertas sobre ele, e isso me fazia me sentir culpada. Culpada por perdidamente desejar alguém que fez mal a muitas pessoas no passado. Ele não fez nada demais, Mia. Konig tem os seus inimigos mas não faria nada tão grotesco.

Em meio a esses pensamentos o papel que Rod havia me dado ainda estava guardado, me instigando a discar o número escrito e perguntar de uma vez por todas o que realmente tinha acontecido.

Somos aliados, Mia. Rod é um desses envolvidos em escândalos. A voz de Konig martelava meu cérebro enquanto eu pensava se deveria fazer isso. Eu preciso saber o que Konig fez pra seguir nessa relação, pensava racionalmente, não posso compactuar com um assassino em série ou seja lá o que ele for.

Mas, ele havia dito sobre um futuro onde um "nós" existia e que não dependia do passado. Eu deveria me agarrar a isso mais do que qualquer coisa que Rod ou Jude pudessem me alertar.

Eu estava tão dividida, lutando com várias coisas ao mesmo tempo. Amor ou desejo. Fugir ou ficar. Ligar ou não ligar. Esse dualismo me matava.

- Mia? - uma voz feminina me tirou dos pensamentos.

- Major - disse me virando instantâneamente.

A mulher ajeitou a arma no colete e cruzou os braços a frente do corpo, revelando a força assustadora de seus biceps. Me senti intimidada e forcei pra me manter em pé. Ela estava suada, a face um pouco suja de pólvora provavelmente devido as horas exaustivas manuzeando armas de fogo, o cabelo preso para trás quase desvazendo o penteado porém continuava imponente. Não vacilava nem por um minuto.

- achei que estivesse surda - ela disse.

Engoli seco, já prevendo a bronca que iria levar. Todas as vezes que ela me aparecia eu pensava exatamente na mesma coisa: ela me odeia e por isso veio tirar satisfação de mim. Coisa que ela poderia muito bem fazer como um hobbie, afinal a sua patente a possibilitava esse tipo de diversão. Eu não a impediria, afinal só sendo suicida pra tentar contrariar uma mulher como a major.

- me desculpe, não percebi que a deixei esperando - expliquei.

- tem estado muito distraída - ela lançou um olhar suspeito.

- é o trabalho. Agora que meus horários mudaram e...

- guarde isso pra você, gracinha. Não sou psicóloga, sou sua superior.

Konig • COD [+18]Where stories live. Discover now