Capítulo 77

202 24 7
                                    




(Simone): Sou uma mulher que age na empolgação do momento.

(Soraya):Sei bem disso.

Seus olhos se estreitam e seus lábios se apertam.

(Simone): Eu tinha esse plano na manga já faz algum tempo — diz ela secamente.

Franzo a testa.

(Soraya):É?

Ela faz uma pausa, parecendo pesar algo mentalmente, e depois respira fundo.

(Simone): Um tempo atrás, quando eu tinha vinte e um anos, Linc encheu a mulher de porrada. Quebrou o maxilar dela, o braço esquerdo e quatro costelas, porque ela estava transando comigo. — Seus olhos endurecem. — E agora eu
descobri que ele pagou a fiança de um homem que tentou me matar, sequestrou a minha irmã e fraturou o crânio da minha esposa. Já chega. Acho que é hora de dar o troco.


Fico lívida. Puta merda.

(Soraya): Muito bem colocado, Sra. Tebet — sussurro.

(Simone): Soraya, é assim que eu ajo. Normalmente não sou vingativa, mas não posso deixar o Linc se safar dessa vez. O que ele fez com a Elena… Bom, ela devia ter dado queixa, mas não. Preferiu assim.
Mas ele realmente ultrapassou todos os limites com o Hyde. O Linc tornou tudo isso pessoal quando começou a perseguir a minha família. Vou acabar com ele, fazer a sua empresa quebrar bem debaixo do nariz dele e vender as partes para quem der a maior oferta. Vou fazer com que ele peça falência. — Puxa… — Além disso — Simone ri afetadamente — vamos faturar um bom dinheiro com o negócio.

Os olhos que eu encaro são cor de mel e estão em chamas, mas subitamente
se suavizam.

(Simone): Eu não queria assustar você — sussurra ela.

(Soraya): Você não me assustou — minto.
Ela levanta uma sobrancelha, achando graça. — Você só me pegou de surpresa — murmuro, e depois engulo em seco.


Simone às vezes é bem assustadora.
Ela roça os lábios nos meus.

(Simone): Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para manter você segura. Para manter a minha família segura. Para deixar este menininho em segurança
— murmura ela, e estende a mão sobre a minha barriga, acariciando delicadamente.

Ah… Minha respiração fica suspensa. Simone me encara, os olhos escurecendo. Seus lábios se abrem quando ela inspira e, em um movimento deliberado, as pontas dos seus dedos roçam meu sexo.


Puta merda. O desejo detona como um dispositivo incendiário, ardendo nas
minhas veias. Agarro sua cabeça, meus dedos se enfiando no seus cabelos, e o
puxo forte até minha boca encontrar a dela.




Ela leva um susto, surpreso com
meu ataque, e dá livre acesso à minha língua dentro de sua boca. Ela geme e
retribui meu beijo, seus lábios e sua língua famintas pelos meus, e durante um
instante nós consumimos uma a outra, perdidas em línguas, lábios e respirações
e a sensação mais do que doce de redescobrir um ao outro.



Ah, eu quero essa mulher. Já faz muito tempo. E a quero aqui, agora, ao ar livre, na nossa campina.

(Simone): Soraya  — fala ela, sem fôlego, em êxtase, e sua mão desliza pela lateral do meu corpo até a bainha da minha saia.

Eu me contorço para desabotoar a
camisa dela, e sou só dedos e polegares.


(Simone): Uau, Soraya… pare. — Ela se afasta, o maxilar contraído, e agarra as minhas mãos.

Cayendo en la Tentación III - Simone & SorayaWhere stories live. Discover now