- Capítulo 15 - Como eu quero -

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"Diz pra eu ficar muda faz cara de mistério tira essa bermuda que eu quero você sério (...) Agora não tem jeito 'cê' tá numa cilada, cada um por si, você por mim mais nada..."

Como eu quero – Leoni / Paula Toller

Saímos do baile e fomos para a casa no alto da colina. Sentamos na varanda por causa do calor e conversamos durante um longo tempo, principalmente sobre o pub. O Edu estava satisfeitíssimo, conseguíamos casa cheia praticamente todos os dias desde a inauguração, as pessoas estavam bastante empolgadas com a novidade.

– Acho que está na hora da senhorita ir dormir... – Edu comentou depois de verificar em seu relógio que já eram mais de duas da manhã.

– E eu acho que vou dormir aqui hoje... – Comentei despreocupada, testando a reação do meu namorado.

– Hum? – Perguntou surpreso.

– Posso dormir aqui?

– Sério? – Indagou descrente.

– Por que não?

– Talvez porque você tem um pai bravo que não vai gostar nada, nada dessa história?

– E se eu disser que meu bravo papai está dormindo a essa hora, sonhando com lindos anjinhos, e quando acordar, terá certeza absoluta que a linda filhinha dele está na casa da Roberta, dormindo que nem um bebê? – Perguntei sorrindo.

– Nesse caso... – Ele disse me puxando porta adentro.

– Espera, minhas coisas ficaram no carro!

Ele pegou minha mochila e nós entramos na casa. Fui pegar um copo de água na cozinha enquanto ele trancava a porta e depois subimos para o quarto dele.

– Posso tomar um banho? – Estava incomodada com aquele clima quente e opressivo e queria tirar a maquiagem também.

– Claro, – ele respondeu – precisa de ajuda?

Lógico que essa brincadeira boba mexeu comigo bem mais do que deveria, e as minhas tentativas de evitar os amassos provavelmente iriam literalmente por água abaixo depois dessa provocação.

– Talvez. – Respondi sem disfarçar o nervosismo e segurei o cabelo no alto da cabeça, virando as costas para ele – Tira aqui meu colar, por favor?

Bastou à respiração quente dele e o toque de seus dedos alcançarem a minha nuca, naquela atmosfera altamente propícia, para que eu sentisse um espasmo de excitação pelo corpo. Eu ainda ia descobrir o que o Edu tinha para mexer comigo daquele jeito.

Ele retirou a joia, mas não se afastou, pelo contrário, depositou vários beijos de leve enquanto eu tentava me segurar em pé, meio tonta com aquele contato. Eu fui me virando aos poucos até as nossas bocas se encontrarem e nos beijarmos por algum tempo. Um beijo lento, íntimo, e nada tranquilo.

Meu coração batia desesperadamente rápido e eu interrompi o beijo, senão não saberia onde iríamos parar.

– Me empresta uma toalha? – Pedi me afastando de uma vez enquanto tirava os brincos.

Ele me entregou o cordão que ainda estava em sua mão e buscou uma toalha limpa para mim. Eu caminhei para o banheiro e ele me acompanhou.

– O que foi? – Perguntei querendo saber até onde ele ia.

– Vou te ajudar. – Respondeu sorrindo.

– A...?

– Tirar o vestido.

Novo Horizonte - AMOSTRAWhere stories live. Discover now