12 - capítulo

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Rebecca dirigia lentamente, olhava as numerações das casas. Procurava a casa de Freen. Depois de um quilômetro, finalmente a encontrou. Apesar de ser relativamente pequena, era uma casa agradável. Ao menos por fora. Buzinou. Tinha informado por whatsapp que estava se aproximando.

A porta da casa se abriu e Freen surgiu com duas malas enormes que as deixou na rua e voltou para dentro da casa. Rebecca saiu do carro e deu á volta, parando do lado das malas. De duas, uma: Ou a Freen tinha muita roupa, ou ela não sabia como arrumar uma mala.

Freen retornou com objetos que deixaram a Armstrong bastante confusa: Um andador fechado, e um carrinho de bebê; Ela se arrastava até chegar próximas as malas. Deu um breve sorriso para Rebecca e colocou os objetos escorados na mala. Voltou para dentro de casa.

O cérebro de Rebecca estava queimando neurônios, tentando entender o que não precisava de explicação, quando Freen retornou com uma criança em um braço e uma cadeirinha na outra mão. O choque foi instantâneo.

Ela tinha uma filha pequena!

Criança... Oh, meu Deus. Rebecca sentia terror de criança. Nunca se dava bem com elas, sempre as achavam insuportáveis e melequentas. O seu histórico não era nada bom, meio que ficou traumatizada depois que o seu afilhado arrancou um sinal de carne de suas costas com a unha. Ela o desconsiderou como afilhado e desde então, se mantém bem distante de qualquer criança do universo.

E aí surge a Freen com uma criança... Era bastante aterrorizante.

— O que isso aí? — Rebecca perguntou com o cenho franzido apontando para a menina.

Freen colocou a cadeirinha em cima das malas e olhou torto para sua patroa.

— É uma criança. — respondeu o óbvio e revirou os olhos. — A segure, por favor, preciso fechar a minha porta e colocar a cadeirinha no banco detrás do carro.

— Não... Eu não... — antes mesmo de completar a sua frase, a criança foi colocada em seus braços.

Rebecca não sabia muito bem como segurar, então, segurou a menina com os dois braços. O que foi uma péssima idéia, já que a criança ficou de frente para ela, cara á cara. As duas se encararam, Rebecca olhava Florence como se fosse um ser de outro mundo, e Florence a olhava com curiosidade.

Tinha que admitir que a menina era linda... Branquinha como flocos de neve, com grandes olhos castanhos, e uma boquinha muito fofa. E as bochechas? Adoráveis! Os cabelos tão lisinhos, que a bandana com uma rosa estava quase deslizando. Ela era fofinha... Opa... Rebecca começou a ficar em pânico porque a menina levantou os seus bracinhos curtos e tocou em seu rosto com as mãos gordinhas. Ela tinha aquele típico cheirinho gostoso de bebê.

Visualizou seu rosto mentalmente, em busca de qualquer espinha ou sinal que pudesse ser arrancado, mas se lembrou que sua pele era impecável, fazia tratamento de pele em sua clínica. Mas, para a sua surpresa, Florence começou a balbuciar palavras estranhas e abriu um sorriso com apenas dois dentes. Uma parte do coração de Rebecca se derreteu com aquele sorriso tão aberto.

— Ela gostou de você. — Freen disse com um sorriso ao terminar de fechar a sua porta.

Rebecca olhou desconfiada para Freen. A morena apenas sorriu e foi se ocupar em colocar a cadeirinha no banco traseiro do carro.

— Você vai demorar muito? — perguntou Rebecca. A menina estava começando a babar e ela não queria que aquela baba tocasse em seu corpo.

— Não... Só tenho que prender essa cadeira aqui... — Freen falou abafada com metade do corpo inclinado dentro do carro.

Rebecca estava dura, os seus olhos acompanhavam as gotas de babas deslizando pelo queixo pequeno da menina e deslizando do queixo para a blusinha branca que a mesma vestia.

— Não pode ser mais rápido? Ela está babando! —  disse aterrorizada.

Freen levantou a cabeça e viu a cena, deu um suspiro cansado em seguida. Estava mais que nítido que Rebecca não tinha nenhum tato com criança. Então, agilizou a prender a cadeirinha, e foi ao socorro de sua patroa.

Florence virou-se para a mãe e estendeu os braços, Freen a pegou, depois foi até a bolsa com estampa de princesa e tirou uma fralda de dentro, limpando a baba de sua filha.

— Pronto. Limpei a baba, pode a segurar novamente e abrir os porta-malas? Tenho que colocar as coisas no porta-malas. — Freen voltou a se aproximar.

— Não! — Rebecca quase gritou, fazendo com que a Freen apertasse os olhos para ela. — Eu coloco tudo nos porta-malas, não se preocupe com nada.

Rebecca correu para o seu carro e acionou o botão que abria o porta-malas, então, foi colocar as malas e outras coisas dentro do carro, sob olhar surpreso de Freen.

............... 


O primeiro contato de Becky cm a pequena Florence. Parace que nossa Armstrong tem medo de bebês Kkkkk

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora