Freen queria ir embora. Nem tinha feito uma hora que tinha chegado e achava que tinha passado por coisas demais. Estava com a Amanda entalada em sua garganta, não ficaria assim. Não seria humilhada gratuitamente! Deixou que Rebecca passasse em sua frente... Estava com tanta raiva, que desejava que ela tropeçasse naqueles saltos e batesse com a cara no chão, uma deformação no rosto perfeito seria um enorme presente para Freen.
Rebecca abriu a porta do quarto, e abriu caminho para Freen que entrou rapidamente. O quarto era luxuoso, como os demais cômodos da casa. Mas o que prendia atenção de Freen, não eram os móveis luxuosos, e sim a cama... Enorme e bem acolhedora, engoliu em seco ao pensar que teria que compartilhar a mesma cama com Rebecca.
As suas malas estavam empilhadas, e aparentemente vazias. Tudo indicava que a empregada tinha arrumado as roupas no closet. Nada mal. O lado bom de ser rica, não poder se preocupar com isso. A sua nécessaire com os seus produtos higiênicos e íntimos estava em cima da penteadeira.
Apenas um breve relato mental.
Virou-se para Rebecca que estava encostada á porta. Parecia que estava a analisando. Rapidamente, Freen se lembrou do que a fazia ter chamado a Rebecca para o quarto e não foi nada de atraente. Recordou-se de sua fúria.
— Desde quando me beijar faz parte do nosso "contrato"? — Freen a olhou irritada. Os seus olhos saíam faíscas enquanto falava. — E que história é essa de dormimos no mesmo quarto? Você não me disse isso! Nem cogitou a hipótese! — gritou. — E, aliás, quem é essa Amanda? — se aproximou de Rebecca. — Escute aqui! Eu não vou ficar recebendo desaforo dessa idiota e vou logo lhe avisando, não vou engolir bronca nem sua e nem de ninguém. Vai ter barraco e não me importo de descer do salto!
As narinas de Freen estavam inflamadas e sua respiração acelerada, a raiva saia dos seus pores, estava de frente á frente à loira. Os olhos se encontraram, chamas faiscaram.
Rebecca estava achando uma delícia vê-la assim, tão furiosa... Tinha algo em Freen que a deixava fissurada. Sua irmã tinha total razão ao dizer que a morena não fazia o seu estilo, porém, o seu corpo e a fome distinta que causa em si, dizia que sim, era ela o seu estilo. Gostava de mulher temperamental. Resolveu que tinha que provocar mais disso.
— Não fizemos contrato. — Rebecca sorriu, mostrando o seu sorriso perfeito. — E se me recordo bem, eu disse sem contato físico exagerado. Não acho que um beijo trocado seja uma grande invasão de privacidade. E sobre dormir no mesmo quarto reclame com a minha mãe, não tenho nada a ver com isso... — deu de ombros. — E a Amanda, não gaste o seu tempo e nem energia com ela, não vale a pena. Se ela lhe incomodar muito, me diga que eu falo com ela.
Freen deu uma risada sem humor.
— Vai falar com ela, como? Com sua expressão patética e apaixonada ao olhar pra ela? — disse com raiva. Estava blefando no apaixonada, mas odiou ter que assistir aquele momento encanto das duas. — Mesmo não sendo a sua namorada de verdade, não admito ser taxada como corna! Ouviu bem? Você me deve respeito!
Rebecca começou a se irritar, não se recordava nenhum desrespeito com a morena.
— Desde o primeiro momento, sempre a respeitei. Se quer tanto se passar por minha namorada, que faça por tal e deixe de ser tão apática principalmente quando faço carinho á ti. Não precisa sempre ficar com a cara de virgem assustada com um beijo ou um toque meu. Você nem convence a si mesma, imagina a mim ou os outros. — retrucou se recordando de Irin.
Freen fechou a cara, se antes estava irritada, agora sentia vontade de matar. Virgem assustada? Não mesmo. Isso era uma afronta.
— Não sou uma virgem assustada! — gritou pra Rebecca que arqueou a sobrancelha em sarcasmo. — Eu só não quero que me beije ou me toque, detesto quando faz isso! — mentiu na cara de pau.
— Mentirosa! — Rebecca falou um pouco mais alto, se desencostando da porta e ficando mais próxima de Freen. — Você quer sim, que eu te beije e que te toque, os seus olhos diz isso, o seu corpo diz isso... — abaixou o tom de voz, sentindo o desejo aflorar por estar tão próxima da morena. — Está vendo a maneira que o seu corpo se move para junto de mim? Como os seus lábios entreabrem? — encaravam-se firmemente nos olhos, não piscavam. — Posso até escutar uma vozinha dentro de ti implorando pelos meus lábios.
Feiticeira. Rebecca era isso. Uma feiticeira, porque Freen estava enfeitiçada por ela. Um pouco egocêntrica também, mas ela tinha razão em tudo, mesmo que não quisesse admitir. Viu a Rebecca aproximar mais o rosto e tocar os seus lábios macios nos dela. Era um paraíso, se Freen não tivesse irritada e ainda queimando de ciúmes pela cena que presenciou lá em baixo entre Rebecca e Amanda. Não seria um brinquedinho de ninguém!
E nesse pensamento que se afastou e esbofeteou o rosto de Rebecca, que a olhou bastante surpresa. A loira colocou a mão no rosto que estava vermelho e com marcas de dedos, um brilho de fúria clareou os olhos castanhos.
— Você está proibida de me beijar! — Freen gritou — Está muito equivocada em relação a mim e se você ousar em me tocar de novo, eu...
— Vai o que? — Rebecca gritou a interrompendo e também a assustava. A loira estava furiosa, deu um passo á frente, sua respiração estava tão acelerada que sua fala se partia um pouco. — Eu vou beijá-la quando bem entender e quando estiver com vontade, porque é isso que eu quero e é isso que você também quer! — foi se aproximando mais, e Freen foi andando para trás, sentindo-se ameaçada. — Paguei dez mil reais para que se passe como a minha namorada, e na frente da minha família é mais que sua obrigação de cumprir o seu papel. Se eu a beijar, retribuía e sorria no final, porque se não fizer isso. Eu a arrasto para esse quarto e farei tudo que eu tenho em mente com esse seu corpo delicioso. Está me ouvindo bem?
Freen andou tanto para trás que sentiu as suas panturrilhas baterem na cama, obrigando a parar. Á sua frente estava a Rebecca que tinha acompanhado os seus passos. Estava parecendo uma mulher primitiva, isso assustava e também excitava a Freen. Nesse momento, não duvidava nada de Rebecca, mas não daria o braço a torcer.
— Você não seria capaz. Eu a denunciaria como estupro! — disse Freen com o queixo erguido.
Rebecca deu um sorriso malvado, presunçoso. Segurou o queixo de Freen que estremeceu com o toque quente.
— Não é considerado estupro quando se é consensual.
— E quem disse á você que será consensual? — Freen perguntou a voz tremula.
— Isso...
Rebecca não terminou a frase porque os seus lábios captaram os lábios de Freen num beijo quente...
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Essas duas estão parecendo gato e Rato 😁
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Faz De Conta! { FreenBecky }
RomanceQuando a renomada empresária Rebecca Armstrong recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior: Festa em família. Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor de sua...