55 - capítulo

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Terminou. Finalmente. Só não tinha mais coisas acumuladas porque a Elisa era eficiente demais em seu serviço. Algumas decisões importantes foram tomadas. Rebecca estava pensativa. Que tinha que admitir que os dias que estava passando com a sua filha, aguçava uma vontade enorme de se estabelecer em sua terra natal. A ideia de voltar novamente para Rio Grande do Norte não estava sendo atrativa de anos atrás em que fugiu para lá. Adorava Natal. Era uma cidade linda, de pessoas muito educadas e amáveis, porém, nada se comparava em estar ao lado de sua família.

Tinha que pensar essa questão com cuidado. Principalmente financeira. Podia ter duas opções: Expandir o seu negócio, abri uma filial aqui em Recife e ficar tomando conta, indo algumas vezes para Natal... Ou passar o ponto de Natal, e tentar a sorte apenas em Recife. Sabia que se escolhesse a opção um, a Elisa iria continuar fazendo um excelente trabalho, assim como agora.

Estava entrando em uma fase mais família. Deveria ser a convivência com a Freen e Florence que instigou a sua vontade incubada de uma vida regada de amor. O que tinha dito a Freen mais cedo era verdade, tinha a Florence como uma filha. E não se importava de ser chamada de mamãe dois pela pequena. Estava muito apegada e pela primeira vez, não sentia medo disso... Sentia feliz!

— Agora vamos para uma questão que continua em aberto. — Elisa disse seriamente. Estavam conversando via Skype. — Freen Sarocha. — Rebecca fez uma careta. — Quando a mesma irá voltar? Eu sei que você há deu uma semana, mas as clientes estão infelizes!

— E creio que irão continuar. — a loira respondeu. — Acho que está na hora de direcioná-las para outras designers.

— Mais nenhuma é tão boa como a Freen! — Elisa disse com exasperação. Ela não gostava de admitir isso, mas a verdade não podia passar despercebida.

A Armstrong concordou. Não existia nenhuma mulher que seria boa o suficiente como a sua Freen. Tinha planos futuros para ela. Não queria que a Freen ficasse sendo uma simples designer em sua clínica. Certa vez, ela tinha dito que o seu sonho era abrir o seu próprio negócio, e por que não? Ela era muito capaz, competente e profissional.

— Por favor, Rebecca. Suspenda essa folga prolongada de Freen. Se você me dê autorização, ligo para ela.

— Não mesmo. Ela está indisponível.

Elisa se irritou. Odiava esse privilegio que a Rebecca dava para uma simples empregada. Isso instigava o seu pensamento que alguma coisa acontecia entre as duas.

— Desde quando está sendo tão boazinha com os subordinados? — Elisa a questionou.

Rebecca não gostou de ser questionada. Suas decisões não deveriam ser rebatidas. Nunca. Jamais. A única pessoa que estava deixando fazer isso era a sua namorada.

— Freen não é apenas uma subordinada. É a minha namorada, é a mulher que amo. Estranho seria se eu não fosse assim com ela.

Elisa ficou pálida.

— Sua na-namorada?

— Sim. — Rebecca deu um sorriso de estrela americana. — E estamos curtindo muito a nossa pequena férias para que eu abra mão de minha namorada para a mesma voltar á trabalhar. É quase um pecado, não acha?

— Vocês estão juntas? — Elisa perguntou com o queixo no chão. Não estava acreditando nisso.

— É claro que sim. A Freen voltará no momento em que eu voltar. Então, se eu demorar quinze dias, um mês, um ano... Ela também vai demorar. Alguma objeção sobre isso? — o tom de voz de Rebecca deixava bem claro que não queria escutar mais nada.

Faz De Conta! { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora