Capítulo 29

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Subimos correndo no prédio. Entramos no apartamento e Brian já foi logo me abraçando e fazendo os dois caírem no chão.

— Seu idiota! – digo lhe empurrando e tentando me colocar de pé. — Caramba eu estou muito bêbada!

— Você pelo menos é alguém! – ele diz se apoiando em mim.

— Eu sei. – me afasto e vou até seu ipad sobre a estante. — Vamos ouvir uma música calma. Eu estou estressada.

— Não, você está bêbada.

— Isso, isso, isso. Bêbada! – coloquei qualquer música e comecei a dançar.

— Você é péssima de dança! – riu mas se desiquilibrou e caiu.

— Toma, trouxa! – digo rindo descontroladamente.

— Eu estou morto, me enterrem!

— Você é taoo estraga prazeres. – desliguei a música. — Vamos, levante. Eu vou te enterrar! – lhe ajudo a se levantar.

— Você é realmente uma boa esposa. – riu e me beijou. — Me enterra quando quero, o mundo não sabe o que está perdendo!

— Eu sou um exemplo de mulher, isso é fato! – digo cambaleando. — Você é pesado!

— É mesmo? Eu me sinto leve como uma pena. – sorriu jogando mais ainda seu peso sobre mim.

— Brian eu vou cair! – digo quando entramos em seu quarto.

— Eu vou sempre te segurar, não se preocupe. – riu me abraçando. Lhe empurrei e encarei seu quarto.

— Você tem um sabre de luz!!! – gritei animada e ainda cambaleando me aproximei e o segurei. Apertei um botão e uma luz laranja de néon se acendeu. — Morra Malfoy! – digo apontando o sabre para ele.

— Vai ser assim então? – se aproximou e pegou outro sabre com luz azul.— Morra Vader! – apontou o sabre para mim.

— Você declarou seu amor ao inimigo, merece ser punido! – começamos a lutar com os sabres acesos e ao mesmo tempo tentando nos manter em pé. Dois bêbados lutando com sabres de luz. Isso sim é uma verdadeira batalha nas estrelas.

— Eu não declarei meu amor ao inimigo!

— Declarou sim seu... seu alguma coisa! – tentei acertá-lo com o sabre.

— Não, eu sou o seu pai! – parou apontando o sabre para mim. —O único amor que eu tenho, é seu. – jogou o sabre em qualquer canto e se aproximou de mim.

— Não se aproxime intruso! – digo ainda apontando meu sabre para ele.

Serei teu à tua ordem, apenas chama-me de amor. – se ajoelhou no chão. Eu conhecia essa frase? Era de onde mesmo? Simpsons?

Juro solenemente não fazer nada de bom. – digo lhe apontado o sabre. Ele gargalhou se sentando na cama e eu o segui ainda com dificuldade.

— Brian, você gosta de mim? – me deito na cama.

— Não, mas posso fingir que gosto.

— Não quero, eu também não gosto de você. Só gosto por ser bonito.

— Eu também só gosto de você por ser bonita.

— Você disse que não gosta de mim.

— Eu disse que gosto.

— Quando disse que gosta de mim?

— Agora mesmo. Eu disse "Eu só gosto de você por ser bonita".

— Aaaa ta. – soltei uma risada. — Brian?

— Eu.

— Vamos ser felizes um dia?

— Vamos.

— Me promete?

— Não quero.

— Promete!

— Prometo.

— Agora me beija?

— Por que eu lhe beijaria?

— Porque você gosta de mim.

— Não gosto de você.

— Você disse que gosta sim.

— Quando que eu disse?

— Agora a pouco. – ele me olha e se aproxima colando seus lábios nos meus ficando sobre mim. Lhe afastei e lhe encarei, mesmo que minha visão estivesse desfocada. — Brian? Eu sou bonitinha e você é bonitinho.  Temos que ser bonitinhos juntos para ter bebezinhos bonitinhos e salvar o mundo.

— Não quero. 

— Mas eu quero.

— Tá, eu quero.

— Não, você disse que não quer.

— Eu disse que quero.

— Quando que disse?

— Agora mesmo, eu disse: "Eu quero".

— Então me prova que realmente quer. – ele riu.

— Tá. – ri de novo. E ele me beijou e dessa vez o beijo foi mais intenso.

Mãos aqui, mãos ali, beijos aqui beijos ali, as roupas foram  desaparecendo.

****

Acordei com uma dor de cabeça profunda. Percebi que ainda estava escuro lá fora. Olhei para o meu lado e não tinha ninguém. O que aconteceu? Eu estava nua. No quarto do Brian! Meu Deus! Me virei e o vi colocando sua roupa. Me sentei rapidamente na cama e me cobri com o lençol. O que foi que eu fiz? Ele se virou e me encarou. E assim ficamos. Um encarando o outro, em completo silêncio.

— Eu...– não sabia o que dizer. — Brian...– ele me interrompe.

— Shhh! – veio até mim e colocou o indicador nos meus lábios — Não fala!

— Mas...– ele me interrompe mais uma vez.

— Você tem que descansar e eu também.

— Brian...– tento em desespero.

— Anna, se acalma ok? Depois conversamos, vou paro AP do Daniel.

— Mas é muito tarde.

— Não se preocupa, até amanhã! – me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Assim que ouvi a porta do apartamento se fechar comecei a surtar.

— Qual é o meu problema? Mas que droga! – puxei meus cabelos em frustração. — Por que isso tinha que acontecer? Eu sou muito burra! Anna você é uma anta!! – gritei contra o travesseiro. Comecei a me debater na cama, até esquecer que ela tem fim e ir de encontro com o chão. — Ai!

Ainda no chão, vi o par de sabres de luz jogados. Não me lembro de nada, brincamos com isso?

Me aproximei e segurei um deles. Apertei um botão e uma luz azul de néon se iluminou. Bati com o sabre na minha testa.

— Anta acéfala! – continuei batendo com o sabre contra a minha testa seguidamente. A porta do quarto se abre e eu paralizo. Brian está me encarando com o cenho franzido.

— O-o que você ta fazendo aqui? Não ia sair? – digo quase me enfiando debaixo de cama.

— Eu só vim buscar minhas chaves. – diz as pegando sobre o criado mundo. Ele abriu a boca para falar algo mas o impedi.

— Você não viu nada! – ele afirma incerto e sai logo em seguida.

Desde quando eu sou tão irresponsável assim? Meu Deus, me leva ou eu vou sozinha!

Que vergonha alheia! Alcancei o auge dos micões. Quer um grammy de Anta do ano Anna? Eu dou!

Me joguei sobre a cama, custou muito mas o sono chegou.

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