Capítulo 50

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Vanessa? Vanessa presa?

— Como assim pai? – perguntei perdida e em choque.

— Desculpe filha! – diz com a voz fraca.

— Pai! – ele desliga. — Brian, que diabos está acontecendo? Como assim a Vanessa foi presa?

— Contratei um detetive para investigar a Vanessa. – abri a boca em total surpresa.

Brina fez o que?

— O que? Mas, o que foi que descobriram? Por que ela foi presa?

— Falsidade ideológica. – o encarei sem entender. — Vanessa usou identidades falsas, seu nome é Fabíola. Ela é ex prostituta e tem duas famílias em São Paulo! – o encarei incrédula. — Ela veio para o Rio para dar o golpe em homens ricos, nessa o seu pai caiu.

— Não estou entendendo mas estou compreendendo. – Samantha diz.

— Eu sabia que aquela mulher não prestava, eu sabia! Mas agora...o meu pai, ele deve estar mal. Tenho que ir para lá! – digo tentando não me desesperar.

— Então vamos, eu te levo. – o encarei por um instante. Que merda eu ia fazer afastando Brian? — O que foi?

— Minha bolsa! – corri até o quarto e a peguei e logo voltei. — Pronto!

— Calma ai! O circo vai pegar fogo? – Samantha questionou.

— O que? – Brian perguntou sem entender.

— Vai ter treta? – ela insiste.

— Tchau, Samantha. – ele diz abrindo a porta.

— Espera! Eu vou com vocês. – saiu em desparada na frente de nós dois.

Entramos no carro e seguimos para casa do meu pai.

Minha cabeça está dando voltas e mais voltas. Meu pai. Vanessa. Brian. Oh Brian! O encarei e ele prestava a atenção no trajeto todo concentrado. Que burrada a minha! Ele fez tudo isso e eu fui capaz de trata-lo mal!

Por que ele tem que ser assim?

— O amor é lindo. – Samantha diz do nada no banco de trás. Eu sei que ela estava vendo eu quase babar pelo irmão dela. Desviei meu olhar para a janela. Ele está olhando para mim agora, tenho certeza. — Não fique tímida Anna, eu vi muito bem.

— O que? Viu o que? – me fiz de desentendida.

— Vamos fingir que eu não vi, mas eu vi. – decidiu e eu continuei a olhar para o outro lado da janela.

Não demorou para que chegássemos na casa que até  pouco tempo eu morava. Entrei correndo na casa.

Estava tudo muito mudado. Havia muitas coisas quebradas. Ao adentrar a sala, me deparo com meu pai caído e ao seu lado havia uma senhora desesperada que suponho ser a empregada, e um homem engravatado que acredito que seja o novo motorista segurando um celular no ouvido. Os dois me olham assustados mas o meu foco é meu pai.

— Pai! – gritei e corri até ele que estava com o punho machucado e uma garrafa de wisky na mão e com um corte em sua cabeça desacordado. Não pai! — Pai! – respirei fundo tentando manter a calma.

— Já chamei o resgate! – o homem engravatado informou.

— Por favor, me traga um pano limpo. – pedi e a mulher afirmou saindo correndo da sala. — Por que se mete nessas furadas? Por que simolesmente não pode ser uma pessoa normal como a de antes? Olha o resultado! – murmurei tentando controlar minhas lágrimas. Desfiz alguns botões de sua camisa com cuidado e chequei seus batimentos.

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