Capítulo 51

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No dia 1º de setembro, finalmente era o primeiro dia em que Li Jin não precisava dar expediente na clínica.

Naquela tarde, ele aproveitou para praticar a caligrafia e fazer alguns exercícios de composição poética.

E, é claro, à noite, planejava deixar o tempo livre para cuidar cuidadosamente de seu fulang e pequeno mordomo, que havia sido negligenciado por tanto tempo.

Antes do Festival do Meio Outono, Li Jin e Chen Xiran aceitaram o convite de um aluno do Professor Huang para, no dia 3 de setembro, irem a um chá de flores fora da cidade, onde poderiam degustar chá, apreciar crisântemos e compor poesias.

Por isso, dez dias antes, o Senhor Song, notando que Li Jin e Chen Xiran já haviam aprendido a lidar com a métrica e as rimas, começou a ensiná-los a escrever poesia.

Quando se tratava de compor versos, Li Jin sentia-se completamente frustrado. Mesmo que este não fosse exatamente o mesmo mundo antigo de onde ele viera, muitas das poesias famosas que ele memorizara na outra vida nunca haviam sido escritas neste lugar.

Se quisesse, Li Jin poderia muito bem apropriar-se desses versos e ganhar reconhecimento.

Mas ele não pretendia fazer isso; conhecia suas próprias limitações em conhecimento.

Além disso, Li Jin nunca deu muito valor à fama e fortuna. Uma vida simples, mas não monótona, como a que levava agora no campo, era exatamente o que ele desejava.

Vale mencionar que, talvez devido à prática de poesia em sua vida passada, Li Jin agora se destacava em compor versos, muito mais do que Chen Xiran.

Diferente do início, quando ambos mal conseguiam formar um par de versos, agora ele estava à frente.

Assim, recentemente, Chen Xiran olhava para Li Jin com um certo ar de tristeza, como se estivesse sendo deixado de lado.

Eles combinaram que se deixariam ser criticados juntos pelo Senhor Song, mas como Li Jin de repente adquirira um dom para compor poesia?

Chen Xiran achava que, sempre que o Senhor Song propunha um tema e Li Jin franzia a testa, parecendo preocupado, seria finalmente a vez de serem "companheiros de infortúnio".

Porém, no fim, Li Jin escrevia versos que, por vezes, recebiam até elogios do Senhor Song!

Naquela noite, embora Li Jin tivesse chegado ao fim, ainda assim não ficou completamente satisfeito. O rapaz, embora tivesse boa resistência para o trabalho no campo, ainda não conseguia acompanhar o mesmo ritmo na cama.

Além disso, com a pele tão clara quanto porcelana, Li Jin sempre temia machucá-lo se usasse força demais. Da primeira vez, Li Jin foi tão intenso que fez o jovem desmaiar, e, ao final, na hora de limpá-lo, o rapaz nem teve reação alguma.

Desta vez, porém, Li Jin se conteve após a primeira vez e o carregou para ajudá-lo a expelir o que estava em seu corpo. Qin Muwen estava consciente e escondeu o rosto no ombro de Li Jin, sem querer olhar para a parte inferior de seu corpo.

Li Jin respeitou sua vontade; depois de ajudá-lo, limpou cuidadosamente o jovem antes de colocá-lo de volta na cama.

Sem roupa, Qin Muwen rapidamente puxou as cobertas para esconder as marcas vermelhas espalhadas pelo corpo.

Li Jin, por sua vez, relaxado, limpava-se sem reservas.

Antes, assumia uma postura formal de médico e evitava expor-se para o rapaz.

Mas agora, ele era marido, e os dois haviam feito o que de mais íntimo podia haver entre um casal; não fazia mais sentido manter esse recato.

Qin Muwen pensava em não olhar, mas, no fundo, seus olhos de damasco* observavam Ah Jin cuidadosamente.

O Cotidiano da Vida Rural do Transmigrado Li JinOnde histórias criam vida. Descubra agora