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PIQUEREZ

Liguei para minha mãe porque ela pediu para conversar com a Cecília. Fiquei imensamente feliz por ela demonstrar interesse em conhecê-la. Mas tive receio de estar cobrando demais da Cecília.

Enquanto as duas conversavam, eu ficava feito bobo ouvindo a conversa.

Quando elas desligaram, falei pra são paulina que minha mãe gostou dela e ela disse que estava bem nervosa, mas não deu para perceber, ela disfarçou muito bem.

Me aproximei dela e lhe dei um beijo na testa.

– Gracias por ter falado com a mamá. – digo.

– Não precisa agradecer, ela é maravilhosa. – Cecília fala.

– Agora vamos almoçar? – a chamo.

– Claro, uruguaio. – ela responde.

Saímos do chalé até o restaurante e encontramos algumas famílias que também estavam indo para o mesmo lugar.

Ouvimos burburinhos em relação a minha presença, mas ninguém nos parou, e também não tiraram fotos nossas. Ao menos, não que eu tivesse visto.

Chegamos ao restaurante, escolhemos uma mesa do lado externo porque dentro o barulho era alto.

Um garçom veio nos atender e falou quais eram os pratos disponíveis. Só tinha um prato com carne e outro com peixe.

Nós optamos pelo prato com peixe, era risoto com salmão.

– Amanhã quero passar o dia inteiro deitada. – Cecília fala e eu rio.

– Que preguiça é essa? Aprendeu com o Berlim? – pergunto.

– Foi o passeio de bicicleta, me cansou.  – ela responde.

– Você precisa se exercitar, princesa. Considere entrar na academia, mesmo que não seja para malhar comigo. – eu falo.

– Parece que vai ser o jeito. Vou procurar uma academia lá perto de casa para treinar antes de ir trabalhar ou então quando chegar. – ela fala.

– Você vai gostar tanto que não vai querer faltar um dia. – eu digo.

– Se eu não gostar, vou cobrar de você. – ela brinca.

– Pode cobrar. – digo.

– Espero que o remédio faça efeito logo, não estou aguentando a dor nas pernas. – ela reclama da dor.

– A gente almoça e volta para o chalé. Eu faço massagem e depois coloco uma compressa. – digo.

– Está bem. – ela concorda.

Realmente estava doendo muito, a expressão de dor era visível no rosto dela.

Torci para o garçom trazer logo os pratos, para voltarmos. Mas o lugar estava cheio e pelo jeito eram poucos funcionários para atender a demanda.

Esperamos mais trinta minutos e finalmente fomos servidos. A apresentação do prato estava bem atrativa, espero que o gosto esteja igual.

– O peixe está uma delícia. – Cecília elogia.

– Sim. – concordo.

– Valeu à pena esperar. – ela diz rindo.

– A dor diminuiu? – pergunto.

– Um pouco, acho que o remédio está começando a fazer efeito. – ela responde.

– Ainda bem, já estava preocupado. – digo.

– Não se preocupa, vai passar logo. – ela fala.

Quando terminamos, eu paguei a conta e a gente saiu do restaurante.

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